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A direita festiva é global e a esquerda perdeu a ousadia. Artigo de Thomás Zicman de Barros

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19 Agosto 2025

Ao redor do mundo, a extrema direita transformou a transgressão em combustível político. A esquerda, que já foi sinônimo de contestação, parece ter esquecido como quebrar regras, e paga o preço por isso.

O artigo é de Thomás Zicman de Barros, analista político, publicado por Rfi, 18-08-2025.

Eis o artigo.

A rebeldia virou de direita? Essa é a pergunta e o título do livro do jornalista e historiador argentino Pablo Stefanoni, radicado em Paris.

Traduzido para o português pela Editora da Unicamp, o livro já tem alguns anos. Hoje, a pergunta soa menos como um enigma e mais como um diagnóstico precoce.

Stefanoni estudou Javier Milei muito antes de ele se lançar candidato à presidência argentina, quando ainda era um bufão de programas de auditório convertido em deputado. E fez isso num momento em que, após a vitória de Biden contra Trump, muitos se deixaram levar por um otimismo enganoso: acreditavam que a “onda de extrema direita” havia sido contida e que a história voltaria a seu fluxo “normal”.

Stefanoni escapou dessa miopia porque percebeu o surgimento de uma estética política que desafiava não só as instituições, mas também quem, por séculos, detinha o monopólio da contestação: a esquerda.

A esquerda, historicamente, foi a força que ousava romper convenções, questionar hierarquias e expor as formas invisíveis de dominação. Era a esquerda quem quebrava tabus, desafiava a moralidade (e o moralismo) para expor a nu as injustiças.

Nos anos 1960, a turma do Pasquim cunhou a expressão “esquerda festiva”, combinando boemia e política. Nas últimas décadas, no entanto, esse ímpeto transgressor foi se perdendo. A esquerda se tornou conservadora, quiçá “careta”: ao invés de questionar as regras, passou a multiplicar códigos de como se portar, de como falar e, com isso, perdeu o seu vigor.

Em 2014, um famoso colunista brasileiro defendia a necessidade de uma “direita festiva”. Sem saber, estava traçando um programa para a década seguinte, de tamanha força que foi muito além dos desejos do próprio autor.

A transgressão, o ato de quebrar regras, falar o proibido, ridicularizar o que é tido como sagrado, tem um apelo visceral. A psicanálise ajuda a entender por quê: todos somos atravessados por faltas, angústias e frustrações. É comum projetar nelas a sensação de que existem regras sociais nos controlando.

Na transgressão existe uma promessa de gozo. É o triunfo da vontade do homem branco viril: a fantasia de poder fazer o que quiser, quando quiser, sem limites. E os incomodados que se mudem, para Cuba, de preferência! Essa promessa é sedutora, e o crescimento do discurso masculinista também bebe dessa fonte, sobretudo quando aparece embrulhada em discursos que se apresentam como “corajosos” e “politicamente incorretos”.

Mas não se deve esquecer: a transgressão de extrema direita não emancipa ninguém. Muitos de seus militantes acreditam – com certa razão – que, por décadas, suas ideias foram tabu e suas vozes informalmente silenciadas.

Antigas formas de dominação

É inegável que as mudanças sociais e midiáticas recentes deram espaço a quem estava na periferia do debate. Mas para quem, exatamente? Não estamos falando aqui de discursos emancipatórios, democráticos, que questionam hierarquias sociais para ampliar direitos. O discurso transgressivo da extrema direita não abre espaço para novas liberdades, mas apenas reforça antigas formas de dominação. A quebra de tabus, nesse caso, serve para justificar a violência contra minorias, corroer direitos e aprofundar desigualdades.

Sim, essa rebeldia tem limites. Às vezes a extrema direita dá passos maiores do que as pernas. A tomada do Capitólio em Washington, assim como o ataque à Praça dos Três Poderes em Brasília, foram tão transgressivos e violentos que afastaram mais gente do que atraíram. Por isso, alguns conservadores falam na necessidade de uma paradoxal extrema direita “moderada”, na necessidade de “normalização”, como seria o caso de Giorgia Meloni, líder neofascista italiana que hoje se apresenta como gestora responsável.

Mas é preciso lembrar que normalização não é só a extrema direita parecer mais palatável: é também o centro se deslocar para a extrema direita, alterando o nosso referencial do que é “normal”. É o que vemos quando a direita espanhola incorpora o discurso do Vox, quando os gaullistas franceses ecoam ideias de Marine Le Pen, ou quando partidos como o trabalhista britânico e os social-democratas dinamarqueses endurecem suas posições migratórias para competir com seus adversários à extrema direita.

Se esses outros partidos rumam à extrema direita é porque a sua força original não está na normalização, mas na transgressão. É isso que lhe garante energia e atração populista, sobretudo num contexto em que cada vez mais gente se vê precarizada.

A precarização não é só econômica: ela é simbólica. A crise das formas tradicionais de vida social, como os sindicatos, e o triunfo de uma cultura individualista furtam dos cidadãos instrumentos simbólicos para a ação coletiva.

Em outras palavras, deixam muita gente sem voz. Nessas circunstâncias, os discursos e performances transgressivas da extrema direita encontram eco no desejo de muitas pessoas por mudança e, sobretudo, por reconhecimento. Exatamente por isso, adotar uma postura defensiva e bem-comportada não basta para enfrentar a realidade.

É preciso recuperar a dimensão transgressora, ousada, “ofensiva”, “festiva”, que um dia foi bandeira da esquerda: aquela que desafia a ordem não para oprimir, mas para ampliar a liberdade, a igualdade e a dignidade de todos.

A pergunta de Stefanoni continua em aberto: se a rebeldia mudou de lado, a esquerda vai ter coragem de reconquistá-la?

"A rebeldia tornou-se de direita? ", livro de Pablo Stefanoni (Editora Unicamp, 2022).

Leia mais

  • “A extrema direita conseguiu implantar a ideia de que as elites são de esquerda”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • Uma grande desordem sob o céu. Artigo de Pablo Stefanoni
  • “Há algo nessas novas direitas de retorno do reprimido”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • “A esquerda hoje tem medo de ser acusada de utópica”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • “A direita está travando sua batalha cultural antiprogressista”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • “As novas direitas expressam insatisfações e raivas de parte da sociedade”. Entrevista com Pablo Stefanoni
  • A ascensão da extrema direita. Artigo de Alejandro Pérez Polo
  • Esquerda deve ter estratégias de comunicação para vencer extrema direita, diz pesquisadora
  • O problema da esquerda. Artigo de Manuel Castells
  • O pobre de direita afundou a esquerda? Artigo de Thomas Milz
  • Eleições mostram esquerda diante de enigmas que podem devorá-la. Artigo de Rodrigo Nunes
  • 10 teses sobre a extrema-direita do século XXI. Artigo de Vijay Prashad
  • Extrema-direita: 50 tons de cinza e um desejo de transgressão. Artigo de Joseph Confavreux e Ellen Salvi
  • Extrema-direita distorce conceito de liberdade com o objetivo de consolidar seu projeto autoritário. Entrevista especial com Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros
  • Sobre a liberdade... Artigo de Iael de Souza
  • O que a extrema-direita produz para o mundo é uma nova utopia. Entrevista especial com Michel Gherman
  • Compreender a nova direita para poder combatê-la. Artigo de Raúl Zibechi
  • O espectro da extrema-direita. Artigo de Liszt Vieira
  • A extrema-direita está muito forte e tudo está ruim. Artigo de Sarah Babiker

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