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17 Julho 2025

"O gesto de receber o Senhor diretamente na boca é posterior, um desenvolvimento devocional que, embora legítimo e belo, nasceu em um contexto específico: como uma resposta catequética a movimentos que negavam a Presença Real de Cristo na Eucaristia", escreve Mauro Nascimento, doutorando em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP/Capes) e membro efetivo da Academia de Letras de São João del-Rei/MG.

Eis o artigo.

Vivemos um tempo paradoxal na vida da Igreja. Enquanto as portas se abrem para um mundo sedento de sentido, um vento gélido de fundamentalismo sopra de dentro, muitas vezes disfarçado de zelo pela tradição. Uma prática emergente, impulsionada por influenciadores digitais e um clima de "guerra espiritual", tomou forma: a caça ao abuso litúrgico. Sob a bandeira de uma suposta ortodoxia, neocatólicos - alguns recém-chegados do protestantismo, outros formados por algoritmos - erguem tribunais virtuais para "ensinar o padre a rezar a missa". No processo, trocam a correção fraterna pelo escândalo, e a unidade pela beligerância.

O epicentro de muitas dessas batalhas é a forma de receber a Sagrada Comunhão. Para este novo zelo, a comunhão na mão é um ultraje, um sinal de frouxidão e desrespeito. Exige-se o retorno à comunhão na boca e de joelhos como única forma verdadeiramente piedosa e "tradicional". Contudo, a honestidade intelectual nos obriga a voltar à fonte de toda a Tradição: a Última Ceia. Os Evangelhos são unânimes ao descrever Jesus que "tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a seus discípulos" (Mateus 26, 26; Marcos 14, 22; Lucas 22, 19). Neste gesto fundador, Cristo, o Sumo Sacerdote, partiu o pão com Suas próprias mãos e o distribuiu diretamente nas mãos dos Apóstolos, no contexto íntimo de uma ceia. Foi este o ato que a Igreja primitiva procurou imitar. A prática dos primeiros cristãos, testemunhada de forma inequívoca pelos Padres da Igreja, confirma esta Tradição original. São Cirilo de Jerusalém, no século IV, ensina com clareza poética:

"Quando te aproximares, não caminhes com as mãos estendidas ou os dedos separados, mas faze com a esquerda um trono para a direita, que está para receber o Rei; e logo, com a palma da mão, forma um recipiente; recolhe o Corpo do Senhor, e dize 'Amém'" (Catequeses Mistagógicas V, 21).

O gesto de receber o Senhor diretamente na boca é posterior, um desenvolvimento devocional que, embora legítimo e belo, nasceu em um contexto específico: como uma resposta catequética a movimentos que negavam a Presença Real de Cristo na Eucaristia. É, portanto, um costume acidental e contextual, não uma norma essencial da Tradição Apostólica. Afirmar que as mãos são "impuras" para tocar a Hóstia Consagrada levanta uma questão inevitável: seria a língua, que tantas vezes profere juízos e palavras vãs, mais pura que as mãos que trabalham e servem?

Aqui reside o perigo de um cristianismo que, como adverte o Evangelho, "coa o mosquito e engole o camelo" (Mateus 23, 24). Dogmatiza-se o costume, o acidental, e esquece-se o essencial. A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), o documento que rege a celebração da Missa, não é um manual de regras inflexíveis, mas uma "instrução pastoral e ritual". Seu objetivo é guiar os fiéis a uma participação "consciente, ativa e plena, de corpo e espírito". A IGMR enfatiza que a Missa é a "ação de Cristo e do povo de Deus", um povo sacerdotal que aprende a oferecer-se a si mesmo. A própria existência de edições atualizadas do Missal, que permitem o uso da língua vernácula, testemunha que a liturgia é uma tradição viva, capaz de se adaptar para um maior bem espiritual dos fiéis, e não um fóssil intocável.

Ironia das ironias, muitos desses "fiscais da liturgia" citam o documento Redemptionis Sacramentum para justificar suas denúncias. No entanto, leem-no seletivamente. Sim, o documento adverte contra abusos e reafirma o direito dos fiéis a uma liturgia celebrada segundo as normas. Mas seu propósito último é "preservar a dignidade e a santidade da Eucaristia", não fornecer munição para guerras paroquiais. Um verdadeiro abuso é aquele que contradiz as normas da Igreja e fere a fé. Um sacerdote que segue as rubricas aprovadas pela Santa Sé - que permitem a comunhão na mão - não está em abuso. O verdadeiro abuso talvez seja o escândalo da divisão, a quebra da caridade e a presunção de julgar publicamente os ministros ordenados, atos que ferem diretamente a natureza da Eucaristia como sacramento da unidade.

É neste ponto que a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 25-37) se torna uma luz cortante. Um mestre da Lei, perito em regras e preceitos, pergunta a Jesus o que fazer para herdar a vida eterna. A resposta é simples: amar a Deus e ao próximo. Querendo justificar-se, ele pergunta: "E quem é o meu próximo?"

Jesus responde com uma história. Um sacerdote e um levita, homens do templo, peritos na liturgia e na lei, veem um homem espancado à beira do caminho e, para não se contaminarem ou simplesmente por indiferença, "seguiram adiante, pelo outro lado". Eles cumpriram, talvez, suas obrigações rituais, mas falharam no teste essencial do amor. Foi um samaritano, um herege aos olhos dos judeus, quem viu, "sentiu compaixão", e cuidou do ferido.

A pergunta de Jesus reverbera até hoje: "Qual dos três foi o próximo?" A resposta é óbvia: "Aquele que usou de misericórdia". E a ordem de Cristo é direta: "Vai e faze a mesma coisa".

Não estaremos nós, em nosso zelo por uma liturgia "perfeita", agindo como o sacerdote e o levita? Preocupados com a "mosca" de um gesto litúrgico, passamos ao largo do "elefante" do Corpo de Cristo ferido pela discórdia, pelo julgamento e pela falta de misericórdia. Gastamos nossa energia em contendas sobre posturas e rubricas, enquanto o irmão ao nosso lado está caído, necessitando do óleo e do vinho da compaixão.

A Eucaristia é o sacramento do amor, o vínculo da caridade, o centro da vida cristã que nos une como um só Corpo. Promover a divisão em nome dela é a mais trágica das contradições. Que o Senhor nos dê a graça de sermos mais samaritanos e menos fariseus; que nossa principal preocupação seja a de nos aproximarmos do altar e do irmão com um coração contrito e cheio de amor, pois é essa a adoração que agrada a Deus. O resto, por mais belo que seja, é secundário.

Leia mais

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