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12 Julho 2025

"Não há fórmulas. Ninguém pode te dizer como respirar novamente. Mas uma coisa é certa: quando tudo falta, tu não estás sozinho. Mesmo que não o sintas, mesmo que não entendas, há uma Presença que permanece."

O artigo é de José Carlos Enríquez Díaz, publicado por Ataque al Poder, 09-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O que resta quando não há mais nada? Quando a vida desmorona e não há respostas. Quando as mãos estão vazias e a alma se sente ainda mais vazia. Quando a dor não pode ser explicada, quando o silêncio pesa mais do que qualquer palavra, surge uma pergunta que me mantém acordado à noite: onde está Deus quando não me resta mais nada?

Há momentos em que até mesmo rezar parece inútil. Não porque não se crê, mas porque não se tem mais forças para crer. É esse lugar árido e sem sentido, onde até mesmo o teu corpo parece carregar a tristeza. É o lugar escuro da alma, onde o mundo se torna distante, o futuro irrelevante e o presente um fardo que dificulta a respiração. Henri Nouwen, no "O Curador Ferido", afirma que só quem sofreu pode curar. Que o próprio Deus cura não do alto, mas a partir da ferida. Do abandono da cruz. Do "por que me abandonaste?", a oração de quem não aguenta mais. Deus não escapa à dor humana: ele a habita.

Nas pinturas de Picasso, especialmente em seu Período Azul, tudo é eco de um vazio: rostos contorcidos pela dor, figuras encolhidas pela tristeza, tons frios como a solidão. Era a linguagem da alma partida, expressa em linhas e pigmento. Porque, quando a alma desmorona, busca expressá-lo mesmo que não tenha palavras. Às vezes, a beleza nasce das profundezas da ferida.

Romano Guardini, um pensador do sagrado, afirmava que há sofrimentos que não têm explicação nem solução. Que a vida, por vezes, se apresenta como um mistério cru. Nesses momentos, mais do que respostas, o que se precisa é não fugir. Manter a calma. Olhar para a frente. Não para compreender, mas para ser. Essa é uma forma profunda de fé: não aquela de quem domina o mistério, mas a de quem ousa adentrá-lo.

E é ali, nesse lugar vazio, que — às vezes sem saber como — algo novo começa a nascer. Não com um estrondo, nem com milagres, mas como uma brisa suave. Uma pequena luz que não se impõe, mas que também não se apaga. Uma ternura que timidamente surge à beira da alma partida. Deus nem sempre vem restaurar o que foi perdido, mas vem revelar-nos algo que antes não podíamos enxergar. Talvez, quando nada mais resta, resta Deus em uma outra forma. Não como um fácil consolo, mas como uma presença discreta. Não como alguém que apaga a dor, mas como alguém que a atravessa contigo. E, mesmo que pareça impossível, esse Deus, que parecia ausente, começa a falar das profundezas do próprio vazio. Não com discursos, mas com uma misteriosa companhia que começa a te reconstruir de dentro para fora.

Aceitar o vazio não significa se render. É uma forma de abertura. É permitir que o que está quebrado tenha seu tempo para se transformar. Porque mesmo na terra mais árida, uma flor inesperada pode florescer. O silêncio mais amargo pode preparar o terreno para uma palavra nova. E o vazio deixado pelo que foi perdido pode se tornar espaço para o eterno.

Não há fórmulas. Ninguém pode te dizer como respirar novamente. Mas uma coisa é certa: quando tudo falta, tu não estás sozinho. Mesmo que não o sintas, mesmo que não entendas, há uma Presença que permanece.

Invisível, mas firme. Silenciosa, mas certa. E é lá, precisamente quando tudo parece acabar, que a coisa mais verdadeira começa: uma vida baseada não no que tu tens, mas no que tu és; não no que tu possuis, mas no que te sustenta. E isso, em última análise, é Deus: não um amuleto, não uma solução, mas uma Presença que não desaparece, mesmo quando tudo parece estar desparecendo. Como diz o profeta Oseias: "Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei... Eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração” (cf. Os 2,14).

E ainda: "Quando Israel era menino, eu o amei... Fui eu quem o ensinou a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou. Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor” (Os 11,1, 3-4).

Deus não quer filhos frágeis, mas almas maduras. E, às vezes, a dor é a escola onde o amor maduro cresce.

Quando nada mais resta... tudo ainda resta. Porque resta Deus.

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