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Filme 'Oh, Canadá' toma a coragem de afrontar o senso comum do cinema. Comentário de Inácio Araujo

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07 Junho 2025

"Além da construção cheia de bifurcações, "Oh, Canadá" acrescenta algo essencial a essas obras notáveis: a ideia de que um homem nunca é apenas ele mesmo. Ele carrega um lado claro e um escuro, tem a luz, mas também sua sombra."

O comentário é de Inácio Araujo, publicado por Folha de S.Paulo e reproduzido por André Vallias em seu Facebook, 05-06-2025.

Eis o comentário.

Em sua constante guerra de atrito contra o facilitário do cinema comercial, Paul Schrader nos lança com "Oh, Canadá" em questões tão antigas quanto relevantes. A pergunta central aqui pode ser: o que é a vida de um homem? Não é a primeira vez que ela aparece como mote de um filme — houve "Cidadão Kane", por exemplo.

A evidente diferença é que desta vez é o próprio personagem, o documentarista Leonard Fife, que busca revelar sua história e, com ela, mostrar aos seus próximos quem ele é. E, assim, Schroeder viaja entre as luzes e as sombras da existência de um homem.

Fife é um herói, o homem que se negou a lutar no Vietnã e fugiu para o Canadá. No entanto, ele experimenta sua vida como uma farsa — uma imitação da vida, como diria Douglas Sirk — e quer fazer um depoimento sobre ela, em que pretende revelar a verdade. Fife acredita que diante da câmera qualquer pessoa diz tudo. Acredita que ele também poderá dizer, pois entende do assunto, dado que é um famoso documentarista.

Temos então diante de nós um homem que teve a coragem de abandonar o seu país e que também fez uma carreira de sucesso graças, entre outras coisas, a um documentário em que denunciou sinistras experiências com armas biológicas feitas por militares dos EUA. Mas, como um homem nunca é uma coisa só, cabe a pergunta — não só a nós, espectadores, mas sobretudo a ele, personagem —: será Leonard tão herói assim? Afinal, ele não foi tão valente diante do comitê de alistamento obrigatório, como se verá no filme.

Estamos aqui num território de Tolstoi, de seu "A Morte de Ivan Illitch". Também Leonard Fife está perto de uma morte dolorosa, e é então que revisa sua vida e decide contar aquilo que nem Emma, vivida por Uma Thurman, sua mulher, sabia.

Fife se vê, diante da câmera, testando a sua teoria sobre a magia da câmera como o lugar em que o homem se revela por inteiro e diz o que nunca diria em outra circunstância — com exceção da psicanálise, de onde tomou emprestada a teoria. Por isso, convoca um colega para filmar o depoimento em que pretende dar conta de seus segredos.

São segredos ou escolhas? É ao narrar sua vida que Leonard revela que se tornou famoso devido a uma filmagem meramente casual. A fama logo se transforma em um posto de prestígio como professor e, em seguida, lhe permite dissertar sobre o tema da verdade.

Fife acredita, entre outras coisas, que a imagem confronta a realidade —como se fosse uma luta, uma batalha. Ao mesmo tempo, o filme inteiro mostra que as escolhas de um homem são quase sempre ambíguas, têm sentidos diferentes, por vezes opostos. O que fazer com eles? Assumir um sentido? E o que fazer com os outros?

No caso de Leonard, suas escolhas foram sempre confortáveis. Engravidou uma moça, mas nunca nem foi ver o filho que ela teve. Quando recebe a visita desse filho, continua a desconhecê-lo. Quando é celebrado como grande documentarista por estar no lugar certo, filmando a esmo, e ter captado um evento importante, aceitou o que outros lhe diziam.

Sim, era o cara que deixou seu país para não lutar na guerra: um herói antibélico. Ou, secretamente, seria um mero covarde? A verdade tem várias faces, não raro contraditórias, talvez convivendo entre si.

Schrader, que roteirizou o clássico "Táxi Driver", tem a coragem de afrontar o senso comum do cinema, onde os heróis são heróis e ponto. Está implícito que despreza a mania de procurar heróis por toda parte, mas talvez dificulte a vida de seu espectador. Pede dele muita atenção.

Com isso, em vez de fazer simples flashbacks de volta ao passado, mistura não raro figuras de presente e passado. Assim, podemos ver Richard Gere na pele do velho Leonard conversar na cama com uma amante dos tempos de juventude. Pouco depois, Leonard reaparece, mas é o jovem Leonard, papel de Jacob Elordi.

Cada pessoa convive com seu passado — o tempo está longe de ser linear. Mas "Oh, Canadá" nos joga no labirinto de um homem, o que não facilita a vida do seu espectador e pode mesmo, é de temer, afastá-lo do filme.

Leonard Fife não é, afinal, tão diferente dos outros protagonistas que Schrader costuma dar a ver: são seres complexos, contraditórios, em geral machucados e em busca de alguma luz sobre si mesmos. Com isso, ele nos deu seus mais recentes trabalhos — "Fé Corrompida", "O Contador de Cartas", "Jardim dos Desejos".

Além da construção cheia de bifurcações, "Oh, Canadá" acrescenta algo essencial a essas obras notáveis: a ideia de que um homem nunca é apenas ele mesmo. Ele carrega um lado claro e um escuro, tem a luz, mas também sua sombra.

Fife vive seu passado com culpa, mas o filme nos mostra que ninguém é uma coisa só: acerto e erro, coragem e covardia são próprios do humano. O heroísmo é apanágio dos personagens de cinema.

Ficha Técnica

Filme: Oh, Canadá.

Quando Estreia: quinta (5) nos cinemas.

Elenco: Richard Gere, Uma Thurman, Jacob Elordi.

Produção: Estados Unidos, 2024.

Direção: Paul Schrader.

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