27 Mai 2025
Ataque é o 6º registrado na região nos últimos seis meses; indígenas apontam impunidade como um dos fatores para a escalada da violência.
A informação é publicada por ClimaInfo, 26-05-2025.
Indígenas do povo Parakanã relataram um novo ataque de pistoleiros fortemente armados na Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu (PA), no último sábado (24/5). Segundo as vítimas, os agressores dispararam contra moradores, mas ninguém ficou ferido. Este já é o sexto ataque registrado no território em menos de seis meses, evidenciando a escalada de violência na região.
Em fevereiro, os indígenas já haviam realizado denúncia, apontando fazendeiros locais como possíveis mandantes dos ataques. Porém, segundo declaram, nenhuma prisão foi realizada. A falta de prisões e a recorrência dos ataques aumentam a tensão no território, pressionando o governo a agir com maior rigor.
Vídeos gravados pelos indígenas mostram a presença da Força Nacional e da Funai no local após o ataque. De acordo com os relatos, os atiradores estavam equipados com metralhadoras e armas de grande calibre, possivelmente contratados por invasores que tentam ocupar a área. Apesar da mobilização das autoridades, nenhum suspeito foi capturado durante as buscas realizadas nas aldeias Caré e Tekatawa.
O Ministério da Justiça detalhou que a Força Nacional deslocou equipes até a região das aldeias Caré (também chamada Cacaueira) e Tekatawa, na TI Apyterewa, para apurar a denúncia de ataque armado, mas não encontrou os invasores no local. Em nota, o órgão destacou que as operações de segurança na área têm sido intensificadas, com maior presença de agentes e patrulhamento contínuo, visando garantir a proteção dos indígenas e a manutenção da ordem pública.
No entanto, os Parakanã seguem pressionando por medidas mais efetivas das autoridades, argumentando que os esforços atuais não têm sido suficientes para coibir a onda de invasões e violências repetidas contra seu território, que já registra seis ataques nos últimos seis meses.
g1, AC 24horas e Folha do Progresso repercutiram a reincidência dos ataques à Terra Indígena Apyterewa.