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“Se os jovens se sentem mal é porque os adultos falharam”. Entrevista com Massimo Recalcati

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27 Mai 2025

Na época da desilusão cultural, da queda dos pontos firmes, dos monstros sagrados, das fronteiras desmoronadas, da consciência ética, do renascimento woke e da definição a todo custo, parece que as novas gerações estão tendo dificuldades para encontrar seu lugar na sociedade real e têm a tendência de viver individualmente na teia global e interconectada que as enreda. Em meio a dependências cada vez mais virtuais, narcisismo, crises de identidade, redução do indivíduo a “perfil” e busca por curtidas sem qualquer significado profundo, é fácil se perder e se confundir. É fácil não entender e, no caso da diferença entre gerações, a incompreensão é um clássico.

A entrevista é de Giulio D'Antona, publicada por La Stampa, 26-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Massimo Recalcati (que será convidado do Festival Internacional de Economia, mas também é promotor do Moby Dick Festival de Noli) dedica parte de sua própria experiência e de sua atividade psicanalítica justamente a desenredar os novelos geracionais. Para entender o desconforto e levantar hipóteses sobre suas causas e soluções.

Eis a entrevista.

O que é hoje o mal-estar juvenil?

Há duas formas predominantes. A primeira se manifesta na desregulação pulsional, na tendência a obter prazer imediato, em uma liberdade que gostaria de excluir qualquer experiência de limites. Esse mal-estar se manifesta emblematicamente nas dependências patológicas: alcoolismo, uso de drogas, bulimia, vício em Internet, por exemplo, e nos comportamentos flagrantemente transgressivos, como o recurso à violência, os comportamentos ilegais e assim por diante.

A segunda assume as características do retraimento social, do isolamento, da rejeição de vínculos. Esses são os garotos e as garotas que abandonam a escola, abandonam o trabalho e se entocam em suas casas, que se tornam refúgios diante da vida. O impulso competitivo, o estar perenemente em competição, leva muitos jovens a se recusarem a fazer parte deste mundo.

É uma autodefesa?

Digamos que implica o recurso a uma pulsão securitária que impele a fazer prevalecer a segurança, a defesa das fronteiras pessoais, a autoproteção, diante do risco que a natureza ingovernável da vida comporta. Essa tendência tem se acentuado nos últimos anos como efeito de uma desestabilização mais geral da ordem da realidade. Basta pensar na Covid, na crise econômica e nas guerras. O comprometimento do futuro favorece sempre o incentivo da pulsão securitária. É uma forma de soberanismo psíquico.

Controle de si mesmos, na prática?

Desenvolvido em excesso, sim.

Isso tem a ver com o aumento da consciência de gênero?

Não há dúvida de que a vida sexual não é mais oprimida por tabus morais. Isso permite maior liberdade e consciência dos direitos. Mas é exatamente essa legítima liberdade que corre o risco de alimentar a confusão e a desorientação.

A fluidez pode confundir?

Não em si, mas não sei até que ponto a chamada fluidez da identidade sexual possa ser um ganho ou a manifestação de um desconforto. Se no passado a liberdade sexual costumava ser reivindicada contra a repressão da moral, hoje se reivindica a liberdade de decidir a identidade do próprio sexo. Trata-se de uma segunda grande revolução sexual. Para a psicanálise, entretanto, a identidade sexual é sempre o resultado de uma escolha inconsciente. Não deveríamos perder de vista esse elemento central.

As revoluções muitas vezes se originam de opressões anteriores.

Esta, que também se manifesta por meio da primeira explicitação do desconforto, ou seja, a busca compulsiva da gratificação imediata, deriva do fato de vivermos na época da dominação incontestável do que Lacan chamava de 'discurso do capitalista'. Esse discurso sustenta a ilusão de que a salvação está no consumo do objeto. Por isso coloca à disposição de forma ilimitada qualquer tipo de objeto para suprir nossa falta. Na realidade, a astúcia desse discurso consiste em fazer com que os objetos sempre criem novas pseudocarências. Uma paciente minha costumava dizer: ‘Vou ao supermercado para ver o que me falta’. Nesse caso, o objeto não supre a falta, mas a eletrifica, reduzindo-a à dimensão convulsiva de uma demanda contínua por novos objetos. Pasolini foi o primeiro a ver os efeitos catastróficos dessa ‘mutação antropológica’.

Ou seja?

A tendência da sociedade em direção ao mundo homogeneizante do consumismo. A escravidão confundida com a ilusão de sermos senhores. Era 1974 e isso impressiona quando pensamos no futuro.

As novas gerações veem o futuro?

Elas percebem sua dramática incerteza. O que deixamos em herança para elas? Falta de trabalho, de perspectiva, um planeta saqueado e reduzido ao colapso, guerras cruéis, lutas religiosas, mitos falsos ligados ao sucesso individual e ao lucro. Não fomos capazes de transmitir a elas uma herança viva. Nós lhes deixamos um corpo morto para arrastar por aí. Elas têm todos os motivos para se sentirem desorientadas. O desconforto das novas gerações nunca pode ser separado do fracasso das velhas.

A psicanálise pode ajudar?

O denominador comum do desconforto da juventude contemporânea é a dificuldade de desejar, a perda do nexo profundo que une o desejo à vocação. Embora os jovens vivam em um tempo inédito de liberdade em massa, em muitos deles a vida não parece ser animada pela força do desejo. Isso é o que chamo de marca neomelancôlica do mal-estar contemporâneo. Na festinação perpétua, no turbilhão espetacular dos mitos do consumo e da imagem, o esforço de desejar mostra a verdadeira face do discurso do capitalista. Sob a obrigação da diversão desenfreada, do acúmulo de curtidas, do cultivo narcisista do próprio perfil, na apatia frívola do gozo, esconde-se a face triste de um sujeito melancólico, separado de seu desejo.

E então?

E então, sim, mas é preciso redescobrir o impulso em direção à aspiração.

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