22 Abril 2025
Papa Francisco assumiu a causa indígena e recebeu com cordialidade e amizade seus representantes e seus defensores
A nota foi elaborada pelo Conselho Indigenista Missionário - Cimi, 21-04-2025.
Radiado pela luz da Páscoa, na segunda-feira da Pascoela, no dia 21 de abril de 2025, o Papa Francisco foi chamado para fazer a sua passagem para Casa do Pai. Nessa passagem ele reafirmou a razão de sua esperança que ele transmitiu em sua vida: a ressurreição.
Francisco era o Papa da Igreja como “um lar de solidariedade”, de uma Igreja de descida e saída. Ambos, descida e saída fizeram dele o Papa do encontro, do encontro com o povo simples em praça pública e nas periferias do mundo. Lá aconteceram também seus encontros com os movimentos populares, os povos indígenas e suas lutas por justiça e paz, por terra, teto e trabalho.
Durante a abertura do Sínodo da Amazônia, em janeiro de 2018, na cidade de Puerto Maldonado (Peru), diante de representantes de povos indígenas de toda a região, Francisco alertou: “provavelmente, os povos indígenas nunca estiveram tão ameaçados em seus territórios como hoje”. E ainda na exortação Querida Amazônia, quis registrar a palavra de lideranças indígenas que descreviam a Amazônia como uma “região de territórios roubados”.
Papa Francisco com presentes do povo Awajún durante Sínodo da Amazônia. Foto: Miguel Arreategui Rodriguez/Repam
Por fim, em junho de 2023, Francisco respondia em carta à Aty Guasu – Grande Assembleia Guarani, fazendo votos para que o clamor dos Guarani “seja ouvido pelas autoridades competentes a fim de que a esperança renasça em seus corações”.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifesta hoje a sua dor e gratidão. Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco assumiu a causa indígena e recebeu com cordialidade e amizade seus representantes e seus defensores. Lhes deu coragem para não deixar cair a esperança e para encontrar caminhos de fraternidade universal na Igreja e no mundo.