A lista de jornalistas mortos continua em crescimento. Artigo de Edelberto Behs

Foto: Wikimedia Commons | IDF Spokesperson's Unit

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15 Abril 2025

Nos três primeiros meses do ano foram assassinados dez jornalistas; 99 continuam desaparecidos, 54 são reféns e 558 estão presos. A pesquisa é da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) que também publicou um levantamento completo da situação de profissionais da imprensa verificada em 2024.

A informação é de Edelberto Behs, jornalista.

Neste ano, as forças armadas israelenses foram responsáveis pela morte de um terço dos profissionais, de um total de 54. Desde outubro de 2023, 145 jornalistas foram mortos por Israel, incluindo pelo menos 35 alvejados ou assassinados durante a cobertura dos acontecimentos em Gaza.

O relatório da RSF sobre a situação em 2024 aponta as quatro maiores prisões de profissionais no mundo: China, com 124 detidos, incluindo 11 em Hong Kong; Birmânia, 61; Israel, 41, e Bielorrússia 40.

O México se destacou, em 2024, como o país com o maior número de desaparecimentos, com cinco profissionais, representando 30% dos casos. A Síria aparece com três desaparecidos, Mali outros três, a República Democrática do Congo com dois, o mesmo número na Palestina e no Iraque. A Nicarágua teve um profissional desaparecido no ano.

Mais de 700 jornalistas receberam apoio emergencial da RSF em 2024. A organização alocou 70% dos fundos para reassentamentos temporários ou exílios permanentes de profissionais, permitindo que buscassem refúgio de ameaças de morte, prisão ou represálias físicas.

Profissionais da imprensa do Afeganistão, da Rússia, do Irã, da Birmânia e do Sudão, onde a repressão à imprensa foi particularmente virulenta em 2024, foram os que mais pediram suporte técnico ao RSF.

A organização internacional dos jornalistas propõe a introdução de um visto de emergência para profissionais em perigo, a garantia de acesso aos programas de reassentamento e proteção individual, e uma legislação que reconheça perseguidos como refugiados.

Uma atividade em baixa, com profissionais sendo xingados, perseguidos, tripudiados, assediados, assassinados, mas cada vez mais importante para a sociedade democrática. No decorrer do ano, aquela lista macabra certamente aumentará.

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