Tarifaço e a frase chocante de Trump: "Todos na fila para beijar minha bunda"

O presidente americano, em discurso no jantar do Comitê Nacional Republicano, vangloria-se em público e afirma que líderes estrangeiros estão implorando para que ele encontre um acordo: "Farei tudo, senhor", diz ele, imitando-os.

A informação é publicada por La Repubblica, 09-04-2025.

"Esses países estão nos ligando, estão me bajulando, estão morrendo de vontade de fazer um acordo. 'Por favor, senhor, vamos fazer um acordo, farei qualquer coisa, senhor'". Com essas palavras chocantes, ontem à noite, o presidente americano Donald Trump zombou dos países que, segundo ele, estavam ligando para ele para iniciar negociações sobre tarifas, depois que os Estados Unidos tomaram medidas punitivas sem precedentes, até mesmo contra aliados históricos. O presidente se gabou de supostos apelos de líderes internacionais, em pânico com as tarifas que Trump chamou de "lendárias". Ele fez os comentários durante um discurso no jantar do Comitê Republicano do Congresso Nacional, em Washington, provocando risos entre os membros de seu partido.

Contra os rebeldes no partido

Em seu discurso, Trump também quis enviar uma mensagem clara aos republicanos que nos últimos dias expressaram temores sobre as consequências econômicas e políticas de suas ações. "Venceremos as eleições de meio de mandato e teremos uma vitória esmagadora, estou confiante disso", disse ele, apontando para o pequeno grupo de republicanos no Senado e na Câmara que estão apoiando uma iniciativa bipartidária para um projeto de lei que permitiria ao Congresso deixar as tarifas expirarem após 40 dias. "Vejo alguns rebeldes republicanos, alguns caras que querem se exibir e dizer: 'Acreditamos que o Congresso deve negociar', mas deixe-me dizer uma coisa: vocês não negociam como eu negocio", continuou o presidente.

Trump também se gabou de ter tido os primeiros "100 dias mais bem-sucedidos da história deste país", aparentemente esquecendo as quedas globais do mercado de ações após o anúncio das tarifas, as convenções republicanas furiosas e um enorme protesto nacional contra seu governo poucos dias antes. Para muitos líderes, a Casa Branca nem se deu ao trabalho de retornar as ligações para agendar conversas, informou a revista Politico na terça-feira. Além disso, as autoridades de Trump ainda não indicaram quais concessões específicas estão buscando. Uma realidade que, portanto, parece muito diferente daquela alardeada pelo presidente.

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