19 Março 2025
O primeiro-ministro de Baden-Württemberg, Winfried Kretschmann (Verdes), não consegue entender a política de pessoal da Igreja Católica. "Se parássemos de recrutar novos membros para o Ministério de Estado ou para o Partido Verde, pensaríamos dia e noite em como poderíamos mudar isso", enfatiza ele no livro "Por que ser cristão hoje?", publicado na segunda-feira. Mas aparentemente ninguém na igreja está realmente chateado com a grave escassez de padres. "Nessa situação, dizer 'prefiro não ter padres do que padres sem celibato ou ordenação de mulheres' é incompreensível para mim", disse Kretschmann.
A reportagem é publicada por Katholisch, 18-03-2025.
Nesta antologia, o católico professo explica a razão de sua fé cristã. "A encarnação de Deus é um evento de época. Com ela, Deus se tornou realidade de forma radical. É por isso que sou cristão", explica Kretschmann. Esse enraizamento lhe dá força, especialmente na vida política, porque a fé o liberta: "Se eu fracasso como político – e isso é de se esperar – então não fracasso diante de Deus." Além de suas realizações, ele é aceito diante de Deus. "Isso é o que liberta."
Kretschmann explicou que, para ele, a fé tem um valor agregado real: pessoas religiosas são consideradas mais contentes, o que também tem algo a ver com os serviços religiosos: "Eles são caracterizados por nós darmos graças a Deus. Dar graças nos torna mais contentes. Você percebe tudo o que lhe foi dado." Mas ele não está familiarizado apenas com a oração de agradecimento: em geral, ela é mais uma "oração comunitária", mas em situações particularmente flagrantes, onde as coisas são particularmente difíceis umas contra as outras, "às vezes envio uma oração de reclamação".
Na antologia "Por que ser cristão hoje?" 21 cristãos protestantes e católicos dão suas respostas pessoais à questão do que os sustenta em suas vidas. Para a teóloga protestante Margot Käßmann, a fé é política. O político Wolfgang Thierse relembra como era católico na RDA e por que a fé significa esperança para ele.