19 Dezembro 2024
O povo curdo na Síria, que lutou para libertar o país dos guerrilheiros do Isis (Daesh), está agora na mira das milícias jihadistas. Portanto, há o risco de uma grave crise humanitária.
A reportagem é de Luca Liverani, publicada por Avvenire, 13-12-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Enquanto a Europa fecha preventivamente suas fronteiras para os refugiados que poderiam vir da Síria, um apelo à comunidade internacional, à sociedade civil e às mídias de massa vem do Uiki Onlus (Escritório de Informações do Curdistão na Itália), da Rede Kurdistan Italia e dos jornalistas da Rete NoBavaglio. “É preciso uma informação livre que conte a história da nova crise humanitária na Síria - pede o documento - e que a comunidade internacional intervenha para evitar que a população curda sofra ataques e violências. Centenas de milhares de civis estão fugindo da guerra, a população curda corre o risco de ser massacrada pelas milícias jihadistas contra as quais já lutou no passado. É preciso uma intervenção da comunidade internacional para interromper a escalada da guerra e para que as mídias possam relatar livremente o horror que se abate sobre o povo curdo. O deslocamento de centenas de milhares de pessoas poderia levar a uma catástrofe humanitária”.
O apelo foi apresentado em Roma, na sede da Fnsi. Enquanto isso, sobre o fechamento das fronteiras de vários países da UE, incluindo a Itália, a “Mesa Asilo e Imigração” - que representa mais de 20 realidades - intervém para expressar uma “forte preocupação”: “Nenhuma disposição – afirmam eles - prevê uma suspensão generalizada e sem limitação temporal do exame do pedido de proteção internacional”.