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24 Outubro 2024

O capítulo 25 do Evangelho de Mateus, o capítulo sobre as obras de misericórdia, era sua bússola. O mandato de Cristo - “tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” - era a marca registrada de seu pensamento. A opção pelos pobres era a sua preocupação. Ontem à noite, terça-feira, 22 de outubro, Gustavo Gutiérrez, teólogo e religioso dominicano considerado o “pai” da Teologia da Libertação, morreu no convento de São Domingos em Lima, no Peru. Ele tinha 96 anos. Uma vida longa, passada estudando, pensando, refletindo, falando e muitas vezes lutando. Lutando por um pensamento teológico que às vezes era criticado ou visto com desconfiança, mas que, como ele afirmava, tinha raízes apenas no Evangelho. Essa Boa Nova e sua mensagem transformadora de que no primeiro lugar estão os pobres, os últimos, os simples.

A reportagem é de Salvatore Cernuzio, publicada por L'Osservatore Romano, 23-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Foi ele quem cunhou a expressão “opção preferencial pelos pobres”, mais tarde incorporada ao Magistério da Igreja como um caminho fundamental para viver a fé. De fato, João Paulo II reconheceu “que a opção preferencial pelos pobres não é exclusiva nem excludente, mas é firme e irrevogável”.

Muitas lembranças reaparecem nessas horas sobre esse homem que “pequeno como era, com sua pequenez foi capaz de nos anunciar o Evangelho com força e coragem”, como escreve o arcebispo de Lima, o cardeal eleito Carlos Castillo Mattasoglio, em uma nota de condolências. Muitas também as imagens que voltam à memória, a começar por aquela simbólica de 11 de setembro de 2013, quando Gutiérrez celebrou a missa em Santa Marta junto com Francisco, que era papa há cerca de seis meses. Os dois, lado a lado, no altar da pequena capela na Domus vaticana.

“Obrigado por seu testemunho”, foi o que Gutiérrez disse ao pontífice argentino, como confidenciou em uma longa entrevista para o ‘L'Osservatore Romano’, publicada em 11 de setembro de 2013. Na mesma entrevista, o dominicano esclareceu as diretrizes de sua teologia, “cheia de recursos” porque seu centro - a pobreza - estava “sempre ali, sempre mais urgente”. E não se trata de “pobrelogia”, explicava ele: “É necessário esclarecer que o termo pobreza é complexo, pois existe a pobreza real, que diz respeito à situação de quem não conta nada, de quem é insignificante, por razões econômicas, mas também por cultura, língua, cor da pele, ou porque pertence ao mundo feminino, que está entre os mais penalizados”.

Por ocasião do 90º aniversário do religioso, nascido em 1928 em Lima, o Papa Francisco lhe enviou uma carta, destacando seu “serviço teológico” e agradecendo-lhe por seus “esforços” e sua maneira de “interpelar a consciência de cada um, para que ninguém fique indiferente ao drama da pobreza e da exclusão”. Na referida nota, o Arcebispo Castillo Mattasoglio assinala que Gustavo Gutiérrez “acompanhou a Igreja por toda a sua vida, permanecendo fiel nos momentos mais difíceis, lembrando-nos sempre que o verdadeiro pastor deve cuidar de suas ovelhas, especialmente das pobres”. “Agradecemos a Deus”, acrescenta o prelado de Lima, “por ter um sacerdote teólogo fiel que nunca pensou em dinheiro, luxos ou qualquer coisa que pudesse fazer com que se sentisse superior”.

Inúmeras obras foram escritas pelo teólogo nas últimas quatro décadas, começando pela principal Teologia da Libertação, publicada em 1971. Nela, ex-estudante de medicina e literatura no Peru, depois de psicologia e filosofia em Leuven, na Bélgica, e ainda de teologia na Universidade Católica de Lyon, em Roma e Paris, teorizava uma libertação política e social, ou seja, a eliminação das causas imediatas da pobreza e da injustiça; uma libertação humana, ou seja, a emancipação de marginalizados e oprimidos; uma libertação teológica do egoísmo e do pecado. A dor social da América Latina, os ensinamentos do Concílio e, como mencionado, a constante referência ao Evangelho animavam essas reflexões, que depois foram explicitadas em numerosos outros livros. Um dos últimos foi Ao lado dos pobres: Teologia da Libertação (Paulinas), publicado em 2013 em parceria com o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Ludwig Müller.

Teólogos, vaticanistas e estudiosos saudaram o livro como um fato singular: uma obra em parceria entre um dos principais expoentes da Teologia da Libertação e o prefeito daquele ex-Santo Ofício que, justamente sobre essa corrente, se expressou com duas instruções na década de 1980. Entre os dois havia, no entanto, uma amizade de longa data, bem como uma preocupação comum com o desenvolvimento da economia mundial e da teologia europeia. Eles mesmos explicaram isso em Roma, em uma apresentação lotada na Via della Conciliazione, onde o dominicano falou de uma “Igreja Samaritana”, síntese da ideia de serviço tomada emprestada da parábola do Bom Samaritano, cara ao Papa Francisco. Uma parábola que, disse o teólogo, leva à reflexão sobre “Quem é o meu próximo?”, mas também sobre “Quem se tornou próximo?”. Müller, por sua vez, compartilhou o percurso que o levou a ter uma sensibilidade especial para o tema da pobreza: desde sua humilde origem em Mainz, passando por sua experiência nos anos 1980 em meio a pessoas sem comida, água, roupas e cuidados médicos, até o episcopado em Regensburg, com muitos padres vindos de países pobres de todo o mundo. Experiências a partir das quais o cardeal amadureceu a convicção de que a ação da Igreja só pode ser de evangelização, mas também de libertação.

E foi o próprio Müller quem entregou um comentário às mídias do Vaticano sobre a morte daquele que ele define como “um dos maiores teólogos deste século”. “Ele é o pai da teologia da libertação no sentido cristão, não apenas no sentido sociológico, ideológico, político, mas integral”, afirma o cardeal alemão, “isso está presente e permanece na reflexão teológica da Igreja”.

Outra lembrança cheia de afeto e estima vem do cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, arcebispo emérito de Huancayo, que passou seus últimos tempos com Gutiérrez. “Eu o achei muito calmo, porque ele me disse que passou por momentos difíceis, mas que estava sereno e cheio de esperança. Ele se sentia uma pessoa inspirada, dizia que tinha valido a pena ter trabalhado e feito tudo o que fez na vida”. Barreto também relata uma anedota: “Um dia ele estava muito fraco, em um determinado momento eu espontaneamente tirei minha cruz peitoral e a coloquei em seu peito. Ele ficou confuso no começo, depois sorriu. Eu não fiz isso como um privilégio, mas como uma expressão do que ele, por lealdade à Igreja, sofreu por dentro. Ele viveu a paixão de Cristo na Igreja com insultos, negações.... Portanto, essa cruz é um sinal de ressurreição”.

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