20 Junho 2024
Em um novo episódio da iniciativa “Construindo Pontes”, nesta quinta-feira, 20-06-2024, às 14h, horário de Roma, o Papa Francisco escutará estudantes universitários da Ásia-Pacífico em uma sessão de escuta virtual, transmitida pelo YouTube. Como já fez com estudantes universitários dos EUA, da África e do Sul da Ásia, o Papa ouvirá as reflexões nascidas de pequenos grupos, buscando discernir caminhos a seguir com base em preocupações sociais comuns.
A reportagem é de Luis Miguel Modino.
Mais uma vez, os organizadores são a Loyola University Chicago, o Institute for Pastoral Studies, o Hank Center for Catholic Intellectual Heritage, o Office of Global and Community Engagement, em parceria com a Pontifícia Comissão para a América Latina da Santa Sé. Os colaboradores incluem a Secretaria Geral do Sínodo, o Dicastério para a Comunicação, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, o Dicastério para a Educação e a Cultura e o Dicastério para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares.
Os participantes são estudantes de universidades parceiras: Ateneo de Manila University (Filipinas), Australian Catholic University (Austrália), Fu Jen Catholic University (Taiwan), Sogang University (Coreia do Sul), Sophia University (Japão) e Universitas Sanata Dharma (Indonésia). Estudantes de Cingapura, Timor Leste e Papua Nova Guiné também participarão.
Houve 12 grupos de trabalho que se reuniram nos últimos meses para discutir vários tópicos. Participaram alunos de Teologia, Psicologia, Administração, Física, Direito, Ciência da Computação, Química, Filosofia. Um representante de cada grupo participa do encontro virtual com o Papa, em uma iniciativa inspirada no chamado de Francisco à sinodalidade, com a qual a Loyola University Chicago organizou um primeiro evento em fevereiro de 2022, com estudantes dos EUA, um segundo em novembro do mesmo ano, com estudantes da África subsaariana, e o terceiro com estudantes da Índia, Nepal e Paquistão, em setembro de 2023.
São jovens que se encontram a partir de seu compromisso com a Igreja e a sociedade. Por meio de um processo de escuta, diálogo e discernimento em torno de preocupações sociais comuns, eles são convidados para um diálogo com o Papa Francisco, no qual poderão compartilhar com ele as experiências e esperanças de seu grupo.
Considerando as diferenças entre povos e culturas, o evento Building Bridges (Construindo pontes) busca gerar locais de encontro autêntico, preocupação e discernimento mútuos, além de liderança e trabalho compartilhados. A partir daí, ele quer capacitar esses alunos e apoiar sua capacidade de construir pontes e relacionamentos duradouros que levem à compreensão mútua, à compaixão e à solidariedade. Da mesma forma, usar essas pontes e as relações para discernir e trabalhar juntos, agora e no futuro, soluções e projetos concretos para a sustentabilidade ambiental, a justiça econômica e o desenvolvimento humano integral.
Não se trata, como diz o Papa, de "cair em discussões inúteis e improdutivas", mas de discernir para agir. Sendo uma expressão de sinodalidade e uma incorporação intencional das instituições católicas romanas de ensino superior para responder ao chamado do Papa Francisco para ser uma Igreja sinodal, o evento não faz parte do programa oficial do Sínodo 2021-2024.
Um encontro que faz uma opção preferencial com os estudantes, centralizando as experiências, perspectivas, sabedoria e vozes de diversos participantes. Também faz uma opção preferencial por aqueles que estão nas periferias e nas margens, aqueles que sofrem com o desemprego, a pobreza, a violência e a poluição ambiental, e aqueles que estão imersos, estudam e trabalham pela justiça nessas áreas. Ele busca reconhecer aqueles que estão à margem da sociedade e raramente têm a liberdade e o acesso à plataforma necessários para oferecer suas opiniões, visão e esperança.
Um encontro que é mais do que com o Papa, é entre os alunos, como base para a construção de pontes. Para isso, o encontro e o diálogo com o Papa Francisco podem fortalecer, afirmar e orientar, mas o protagonismo pertence aos jovens.
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