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A ordem econômica mundial está desmoronando. Artigo de Álvaro García Linera

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17 Mai 2024

“Não são apenas as grandes instituições econômicas defensoras da velha ordem global liberal que constatam a sua lenta fossilização, mas também as elites políticas ocidentais que aparecem para justificar esta nova onda soberanista”, escreve Álvaro García Linera, ex-vice-presidente da Bolívia, sociólogo, professor titular de Sociologia e Ciência Política da Universidad Mayor de San Andrés, em artigo publicado por Página/12, 16-05-2024. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Os lamentos do prestigiado semanário econômico conservador The Economist prosseguem. Na edição de 9 de maio, dedica pesquisa, tinta e abundante frustração para comprovar o que qualificam como o “lento desmoronamento da ordem internacional liberal” que predominou por 40 anos.

O rosário de queixas começa com a paralisia da Organização Mundial do Comércio (OMC), considerada até recentemente a porta-estandarte e guardiã do globalismo mercantil. Há 5 anos, as representações das grandes potências deliberadamente ficaram acéfalas, deixando ao “livre-arbítrio” dos governos rejeitarem a abertura de seus mercados.

Nas páginas seguintes, esmiúça a sucessão de “desglobalizações” que proliferaram no mundo, começando pela guerra tarifária, não só entre a China e os Estados Unidos, mas, agora, também entre a União Europeia (UE) e a China, que, preveem, recrudescerá nos próximos meses. A UE está prestes a impor impostos elevados para impedir a presença arrasadora dos carros elétricos chineses, que são mais eficientes e mais baratos do que os da pesada indústria europeia.

Por sua parte, o governo do Reino Unido acaba de impedir que empresários chineses comprem uma fábrica de chips e, engolindo a retórica do livre mercado, decidiram, por “segurança nacional”, vendê-la a investidores norte-americanos, claramente menos competitivos.

Como se não bastasse, o candidato Trump, que ameaça os estadunidenses com um “banho de sangue”, caso não vença as eleições, anunciou que aumentará as taxações aos produtos chineses, de 25 para 60%. Para não ficar para trás, Biden acaba de aumentar os impostos de importação de carros chineses em 100%. A liberdade de comércio já não atrai votos. Hoje, é o “made in USA” que faz isto.

Ao “ultrajante” aumento global dos regimes estatais de regulação e controle dos investimentos estrangeiros, The Economist incorpora, com sóbria resignação, os gráficos reveladores do declínio do comércio mundial, da retração dos capitais transfronteiriços e, inclusive, do comércio de serviços.

Abatido diante desta queda da ordem global liberal, o semanário enumera duas outras medidas desta catástrofe inevitável. A primeira, a acelerada divergência de preços dos mesmos bens, em países diferentes. A tão esperada utopia de um mercado único planetário, com um preço etiquetado, é esmagada pela realidade de um mundo fragmentado por mercados regionalizados e por lealdades geopolíticas nas quais cada país impõe politicamente a diferença de preços. E a segunda, o ressurgimento de “políticas industriais”, ou seja, dos subsídios estatais para criar empresas, privadas ou estatais, em solo nacional, a fim de garantir a “soberania” e a “autonomia” nacionais nestas áreas.

Curiosamente, e a propósito desta “tragédia” da ascensão do “nacionalismo econômico”, o FMI publicou a pesquisa The return of industrial policy in data – 2024. Parece que a retórica da “alocação eficiente de recursos do mercado” só se mantém agora para os incautos e, diante do inevitável, o FMI faz sugestões para subsídios “eficientes” que não “agravem” ainda mais a geofragmentação.

Enumera que, enquanto em 1990 as ações de política industrial não chegavam a 70, e eram apenas em países periféricos, em 2023, ocorreram mais de 2.500 intervenções de políticas industriais no mundo que, esta é uma joia linguística do FMI, “discriminam” interesses estrangeiros. E o pior é que estas medidas não são lideradas por países marginais, engolidos por populismos desenfreados, mas pelos baluartes do capitalismo moderno: Estados Unidos, Europa e China, que agora competem em subsídios com as chamadas “economias emergentes”.

Ao final, o FMI se inclina para um tipo de ordem global híbrida, na qual o protecionismo e os subsídios seletivos na indústria sejam combinados com liberalizações da relação salarial e do investimento estrangeiro “amigo”.

Contudo, não são apenas as grandes instituições econômicas defensoras da velha ordem global liberal que constatam a sua lenta fossilização, mas também as elites políticas ocidentais que aparecem para justificar esta nova onda soberanista. Não foi um comunista anacrônico que mandou o livre comércio para o “inferno”, mas, sim, o presidente Biden em seu discurso aos sindicalistas estadunidenses, em Springfield, no dia 25 de janeiro de 2023.

E foi o próprio Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que recebeu o presidente eleito da Argentina, Milei, em visita aos Estados Unidos, em novembro de 2023, que semanas antes havia apresentado a “estratégia industrial estadunidense” para garantir a sua “segurança nacional”.

Tenho curiosidade em saber o que Milei fez com suas batidas frases paleolibertárias, aprendidas com Murray Rothbard, ao se chocar com o fervoroso defensor de um “quintal pequeno e cerca alta”, ou seja, protecionista, para as tecnologias estratégicas estadunidenses nas áreas de inteligência artificial, microprocessadores, computação quântica e as chamadas energias verdes.

Para não ficarem muito para trás na história, os políticos europeus, fervorosos defensores do liberalismo econômico, agora também estão trocando de roupa e assumindo o fundamento soberanista. Trata-se de um travestismo ideológico forçado pela inferiorização econômica em relação à China.

Em um longo discurso proferido em 25 de abril, na Sorbonne, o presidente francês Macron esboçou de forma sistemática o fim da ordem globalista e o retorno à política das fronteiras para que a velha Europa “não morra”. Em palavras solenes, a Europa que “comprava sua energia e seus fertilizantes da Rússia, tinha a sua produção na China e delegava a sua segurança aos Estados Unidos acabou”.

É preciso abandonar a “ingenuidade” das políticas comerciais de fronteiras abertas, uma vez que “as duas principais potências internacionais decidiram parar de respeitar as regras do comércio”, sentencia Macron. E para que a Europa não morra, propõe que é necessário que sejam “soberanos”. Para isso, é preciso aumentar a “capacidade de defesa” europeia, incluindo a atômica e a implantação de “uma economia de guerra” para o rearmamento. Como o secretário-geral da OTAN, J. Stoltelberg, já havia adiantado, os mercados não trazem a harmonia, só “as armas são o caminho para a paz”.

Paralelamente, argumenta Macron, é necessário promover uma política industrial “made in Europe”. Este palavrão há 7 anos, hoje, ganha protagonismo estratégico para o presidente francês. E isto unido à defesa dos “subsídios” às empresas estratégicas e a “revogação da livre concorrência” em setores produtivos-chave. Frente a produtos estrangeiros mais baratos, “é preciso proteger os nossos produtores” e não “ceder à desindustrialização”, afirma Macron, na Sorbonne.

Para completar este caminho de protecionismo iliberal, propõe proteger ainda mais os seus agricultores europeus da concorrência externa “desleal” e um “golpe de investimento público” que dinamize a economia continental. E a difícil questão fiscal? Não é um problema para ele. É preciso aumentar os impostos, comenta Macron, diante dos olhares horrorizados dos defensores do livre comércio. “Impostos fronteiriços” sobre importações, “impostos sobre transações financeiras”, “impostos sobre multinacionais”.

Nem mesmo a CEPAL, antes dirigida por Alicia Bárcena, teria dito melhor. E se há dúvidas sobre este ressurgimento do nacionalismo econômico, Macron se encarrega de dissipá-las anunciando o controle de investimentos “não europeus” em setores sensíveis.

Com razão, The Economist se afoga em um mar de lágrimas diante da irreversível queda da velha ordem global. Certamente, não é um retorno aos tempos do estadunidense New Deal de Roosevelt, nem à quinta república de Charles de Gaulle, mas, claramente, é o globalismo neoliberal que cede seu lugar a um modelo anfíbio de soberanismos regionais, liberalismos seletivos e onda de subsídios e déficits fiscais elevados.

No entanto, no teatro político, nunca faltam os anacrônicos, como Milei e os Mileis andinos, que evocam um “Ocidente” globalista e de livre mercado que só existe na insignificância de sua retórica furiosa. São os melancólicos caretas de uma curiosidade colonial, que almejam conduzir os seus países a uma economia de enclave ou dual: um paraíso para um punhado de empresas extrativistas de matérias-primas de exportação, em meio a um mar de serviços precarizados.

São fósseis exóticos tratados com indulgente comiseração por um “Ocidente”, hoje, cada vez mais soberanista e protecionista, que se distrai com os seus graciosos malabarismos discursivos vintage, a modo de memória rançosa dos anos dourados de um globalismo extinto.

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