Na véspera da Viagem Apostólica, em setembro, a Fides publica uma segunda reportagem em vídeo sobre o país asiático, com foco nos primórdios e na experiência atual do Prefeito Apostólico.

A reportagem é de Alessandro De Carolis, publicada por Vatican News, 31-08-2023. 

Uma chegada na ponta dos pés aos 27 anos, em julho, no início dos anos 2000. Os comissários de bordo de língua mongol no avião que decolava de Seul para a terra de Genghis Khan fizeram com que ele e o grupo de missionários que estavam prestes a começar aquela aventura dissessem: "Quem sabe se um dia nós também seremos capazes de aprender esta língua".

Muitos anos depois, esta esperança é a realidade que se mede numa pequena e dinâmica comunidade eclesial de 1.500 batizados, com uma inculturação que se deu plenamente num tecido social dotado de uma propensão para "dados espirituais", para ler a vida com olhos que vão além do quotidiano para questionar o "aspecto profundo das coisas".

Fé "nômade"

Com a sua voz serena, o cardeal Giorgio Marengo é o protagonista da segunda reportagem em vídeo feita para a Agência Fides por Teresa Tseng Kuang yi tendo em vista a viagem do Papa Francisco à Mongólia, de 1 a 4 de setembro. Como no primeiro vídeo com o do cardeal Sepe, neste segundo episódio a entrevista com o prefeito apostólico de Ulan Bator alterna-se com imagens das imensas extensões da terra mongol. O cardeal Marengo recorda a primeira missa celebrada num Ger, o tradicional comércio local, e a certa altura sublinha uma diferença entre a cultura de onde vem e aquela em que está enraizado, para a qual, diz, sendo "nômade" e não sedentário, tudo deve ser "transportável, leve, provisório ao contrário do sedentarismo da cultura ocidental".

Igreja Pequena na Igreja Grande

E, no entanto, prossegue, isso não condiciona as almas abertas à transcendência, como atesta a vitalidade de uma pequena comunidade que, através da inclusão do cardeal no Colégio Cardinalício, lhe permite "oferecer à Igreja universal o que a experiência de uma Igreja missionária tão pequena e nova pode ter".

Afinal, reflete o cardeal Marengo, a própria natureza da Igreja é ser "peregrina" e, portanto, "nômade, como o povo da Mongólia com suas tendas, sempre a caminho do cumprimento dos tempos".

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