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31 Agosto 2023

"Jung entendeu que os europeus haviam conquistado o mundo com a cabeça, mas haviam perdido a capacidade de pensar com o coração e de viver através da alma", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor.

Eis o artigo.

Sigmund Freud e Carl Gustav Jung são os geniais criadores do discurso psicanalítico. Não tiveram mestres. Eles mesmos observando-se a si mesmos e a seus pacientes foram criando os instrumentos teóricos para decifrar os enigmas da alma humana.

Freud e Jung possuíam sensibilidades diferentes. Enquanto Freud enfatizava o fato da sexualidade, desde a mais tenra infância, Jung discordava, pois achava que esta dimensão era importante mas não podia ser o eixo articulador da compreensão da vida psíquica humana. Para ele, a libido constituía a energia fundamental que perpassava todo o ser humano para além de sua expressão sexual. Mas não quero entrar nesta discussão que foi, em seu tempo, acalorada entre Freud e Jung a ponto de romperem uma significativa atividade comum e uma longa amizade.

Quero me concentrar em C. G. Jung porque vejo em sua obra um antecipador de tudo aquilo que nos últimos anos buscávamos: uma visão integral, complexa e holística da realidade.

Para ele, a psicologia não possuía fronteiras, entre cosmos e vida, entre biologia e espírito, entre corpo e mente, entre consciente e inconsciente, entre individual e coletivo. A psicologia tinha que ver com a vida em sua totalidade. Por isso, tudo lhe interessava: os fenômenos exotéricos, a alquimia, a parapsicologia, o espiritismo, a filosofia, a teologia, a mística, ocidental e oriental, os povos originários e as teorias científicas mais avançadas. Sabia articular estes saberes descobrindo conexões ocultas que revelavam dimensões surpreendentes da alma humana.

Esta visão holística e sistêmica precisamos hoje tornar hegemônica na nossa leitura da realidade. Caso contrário, ficamos reféns de visões fragmentadas que perdem do horizonte o todo. Nesta diligência, Jung é um interlocutor privilegiado.

A nova cosmologia, fruto da mecânica quântica, da astrofísica, da astronomia, da nova biologia, da neurociência, da teoria do caos e da complexidade, nos entregou uma nova imagem do universo. Somos filhos e filhas de poeira estelar e cósmica. Formamos um incomensurável sistema uno e diverso, complexo e contraditório.

A psicologia junguiana é uma espécie de cosmologia, pois o ser humano não pode ser entendido fora da evolução total. A psiqué é tão ancestral quanto o universo, é parte objetiva da natureza. A autorrealização como processo de individuação possui um sentido cósmico. Como dizia ele, "na visão que faço do mundo existe um vasto reino exterior e um outro reino interior, igualmente vasto; entre esses dois mundo, situa-se o homem, ora frente a um, ora frente a outro" (Obras, 4,777).

Os numerosos estudos de Jung sobre a alquimia demonstram que estes mundos ultrapassam o humano e alcançam o cósmico. A equação macrocosmos-microcosmos, a coincidência entre a totalidade do humano com a totalidade do extra-humano, conduzem a uma nova consciência capaz de fundar uma nova relação entre homem e universo.

Os astronautas lá de suas naves espaciais nos testemunharam que Terra e humanidade se pertencem. Foram uma única realidade. Ao abordar o inconsciente coletivo e cósmico, Jung se confronta com os grandes mitos da totalidade como o do urobos, da mândala, do animus/anima e da Sofia. Há um spiritus mundi e um spiritus terrae. Existe um estrato mais radical e profundo da psiqué onde já não tem valência as distinções entre psique e mundo, céu e terra. Aí emerge a realidade originária e total do mundo, antes de qualquer separação e divisão, o arquétipo-raiz, o self. Aí todos nos sentimos um, como bem o expressou a tradição do Tao e a filosofia da Índia, e que Jung tanto apreciava. É o unus mundus ou a lapis philosophorum.

Coube a Jung o mérito de valorizar e decifrar a mensagem escondida nos mitos. Eles constituem a linguagem do inconsciente coletivo. Este possui sua relativa autonomia. Ele nos possui mais a nós do que nós a ele. Cada um é mais pensado do que propriamente pensa. O órgão que capta o significado dos mitos, dos símbolos e dos grandes sonhos é a razão sensível ou a razão cordial. Esta foi na modernidade colocada sob suspeita, pois poderia obscurecer a objetividade do pensamento. Jung sempre foi crítico do uso exacerbado da razão ocidental, pois fechava muitas janelas da alma.

Conhecido foi o diálogo em 1924-1925 de Jung manteve com um indígena da tribo Pueblo no Novo México, EUA. Este indígena achava que os brancos eram loucos. Jung lhe pergunta: Por que os brancos são loucos? Ao que o indígena responde: "Eles dizem que pensam com a cabeça". “Mas é claro que pensam com a cabeça”, contestou Jung. “Como vocês pensam”, continuou? E o indígena, surpreso, respondeu: "Nós pensamos aqui" e apontou para o coração (Memórias, Sonhos, Reflexões, p. 233).

Esse fato transformou o pensamento de Jung. Entendeu que os europeus haviam conquistado o mundo com a cabeça, mas haviam perdido a capacidade de pensar com o coração e de viver através da alma (cf. Anthony Stevens, Jung, vida pensamento, Vozes 1993, p. 269). Por isso dominaram o mundo e fizeram tantas guerras.

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