O novo patriarca de Lisboa define os abusos como “um soco no estômago” perpetrado por “membros indignos da Igreja”

• "Saúdo os irmãos e irmãs que sofrerão abusos por parte dos membros da Igreja, meus irmãos; compartilhem suas dores e juntos seguiremos, com esperança, no caminho da cura total de seus e nossos sofrimentos, de tolerância zero".
  
  
• O primeiro bispo português de Montfort revelou que "três sentimentos" o dominaram nesta ocasião: "medo e tremor" (estar ciente de sua "fragilidade"), "intenção de ouvir" (cumprindo o propósito da sinodalidade) e "alegria em ou serviço".

A reportagem é publicada por Religión Digital, 11-08-2023.

"Um verdadeiro soco no estômago". O novo Patriarca de Lisboa, Rui Valério, deixou algumas palavras às vítimas dos abusos de membros da Igreja, garantindo que partilhou o seu sonho e que se compromete com a “tolerância zero” defendida pelo Papa Francisco para estes casos.

Na sua primeira mensagem aos fiéis do Patriarcado de Lisboa, ou ex-bispo das Forças Armadas e Segurança, quis sublimar a sua preocupação com os casos de abusos na Igreja, que na Missa Crismal deste ano, antes do capelães, denominado "um verdadeiro soco no estômago" perpetrado por "membros indignos da Igreja".

“Saúdo os irmãos e irmãs que vão sofrer abusos por parte dos membros da Igreja, meus irmãos; partilhem a vossa dor e juntos seguiremos, com esperança, o caminho da cura total do seu e do nosso sofrimento, tolerância zero”, escreveu Rui Valério na mensagem divulgada minutos após o anúncio de seu nome pelo Vaticano.

No texto, em que descreve Lisboa como a “capital da juventude e a cidade da esperança”, o novo patriarca sublinha que, para sempre, os dias de Lisboa “serão dias de encontro” e na sua história "horizontes onde todos têm um lugar".

O primeiro bispo português de Montfort revelou que "três sentimentos" o dominaram nesta ocasião: "medo e tremor" (estar ciente de sua "fragilidade"), "intenção de ouvir" (cumprindo o propósito da sinodalidade) e "alegria em ou serviço".

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