#aceitar-se. Comentário de Gianfranco Ravasi

Mais Lidos

  • Milhares de pessoas foram resgatadas de trabalho escravo contemporâneo em 2023 no Brasil. Entrevista com Frei Xavier Plassat

    LER MAIS
  • Um histórico encontro de oração entre protestantes, ortodoxos e católicos na Roma papal

    LER MAIS
  • Polícias do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco cometeram 331 chacinas em sete anos

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

23 Mai 2023

O que é a felicidade senão viver em conformidade consigo mesmo? Por acaso a águia pede penas de ouro? O leão anseia por garras de prata? A romã deseja que seus grãos sejam pedras preciosas?

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, publicado por Il Sole 24 Ore, 21-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

As imagens são deslumbrantes pelo absurdo que encerram: eis uma águia cujas asas são sobrecarregadas por penas de ouro maciço, ou um leão que exibe garras cunhadas em prata, ou uma romã que ao ser cortada derrama uma pequena cascata de diamantes. O que importa evidentemente é a lição de moral ilustrada por esses símbolos. Quem a propõe é o famoso dramaturgo norueguês Henrik Ibsen em uma de suas obras menores em que trabalhou por muito tempo (de 1864 a 1873) sem, no entanto, alcançar a potência de seus outros textos (quem não se lembra da Uma casa de boneca, ou Espectros, ou Peer Gynt?).

Estamos falando de Imperador e Galileu, duas figuras simbólicas de uma virada histórica fundamental do Ocidente, ou seja, a passagem do paganismo, encarnado por Júlio César, ao cristianismo, que tinha o seu emblema em Cristo, o homem da Galileia. A lição ética sugerida por Ibsen é na indicação de abertura: nos realizaremos e seremos felizes apenas se vivermos "em conformidade conosco mesmos", com as próprias penas, unhas e obras frutuosas. A ênfase recai numa escolha aparentemente simples, aceitar-se como se é, sem desvarios, mas também sem desânimos. Esses são os dois extremos que todos nós já beiramos e assumimos algumas vezes: iludir-se de ser superiores, envolver-se no manto da soberba ou afundar no solo no descontentamento e na desconfiança. Ser realistas e objetivos consigo mesmo é, por outro lado, o verdadeiro exercício a ser realizado.

Leia mais

 

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

#aceitar-se. Comentário de Gianfranco Ravasi - Instituto Humanitas Unisinos - IHU