20 Mai 2023
Olhando para a situação da relação EUA/China e considerando que a atual tensão pode levar à guerra, pode ser essencial ver que não se trata apenas de um choque de interesses. Trata-se de um embate de visões sobre economia, valores, estética, competição e como enfrentar uma guerra.
A opinião é de Francesco Sisci, sinologista italiano e professor da Universidade Renmin, na China, e David Yang, economista chinês e professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O artigo foi publicado por Settimana News, 15-05-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O que se segue é uma elaboração esquemática daqueles que podem ser percebidos como os principais impulsionadores do atrito entre os Estados Unidos e a China. É um esquema simplista, um resumo, incompleto e certamente não totalmente preciso, mas pode fornecer elementos para entrever algumas diferenças entre os países.
Alguns elementos podem não ser autoevidentes, podem ser controversos ou ainda precisar de muita explicação. Mas, para os propósitos deste pequeno artigo, decidimos não dar um mergulho mais profundo, que também pode ser questionável, mas sim indicar temas amplos que aguardam uma maior elaboração.
Esta primeira explicação de algumas das razões para o atrito vem do fato de estarmos na China. Em outros lugares, poderia haver uma compreensão diferente da situação. Porém, conscientes disso, acreditamos que o presente espelho pode ser uma primeira leitura bastante objetiva dos grandes elementos em jogo.
Olhando para a situação da relação EUA/China e considerando que a atual tensão pode levar à guerra, pode ser essencial ver que não se trata apenas de um choque de interesses. Trata-se de um embate de visões sobre economia, valores, estética, competição e como enfrentar uma guerra.
O objetivo de destacar esses elementos é ver as diferenças, abordá-las e possivelmente resolvê-las. Talvez, se pelo menos algumas dessas questões forem claramente abordadas e resolvidas, elas possam ajudar a aliviar a tensão, levar o atrito a um nível mínimo sustentável ou talvez até resolver completamente a tensão. Sabemos que é muito difícil, mas, mais ainda, pode ser essencial.
Estamos cientes de que a situação atual não é simplesmente bilateral. Muitos países estão agora em atrito, com interesses essenciais em jogo. Por causa disso, as melhorias nas relações EUA/China podem trazer benefícios para o estado geral global das questões.
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EUA-China: um espelho para as principais questões em jogo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU