Prefeito de Lampedusa escreve ao papa, e Francisco responde: vão se encontrar em Roma

(Foto: Osman Rana | Unsplash)

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10 Abril 2023

O pontífice já escolheu Lampedusa como destino de sua próxima viagem apostólica.

A reportagem é de Titti Beneduce, publicada por Corriere del Mezzogiorno, 07-04-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Ele escreveu ao Papa Francisco, desabafando sobre o que significa administrar Lampedusa e a sistemática odisseia de desembarques, cadáveres e transferências: a Santa Sé convoca e prepara um encontro com o prefeito das Ilhas Pelágias, Filippo Mannino.

No dia seguinte ao duplo naufrágio na região de Sar Maltese, quando ele foi acordado no meio da noite porque eram necessários oito caixões no cais de Favarolo, Mannino pegou papel e caneta e escreveu uma carta de desabafo dirigida ao Papa Francisco, ao presidente da República italiana, Sergio Mattarella, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Mannino informou ter recebido 52 cadáveres; dias depois, após o duplo naufrágio, já se tornaram 54, desde que se tornou prefeito em junho passado. Ele contou que, a qualquer hora do dia ou da noite, recebe esse tipo de telefonema, comunicações às quais nunca se acostumará.

Ele contou – destacando também que são muitas as pessoas que fingem não ver e não entender o que a pequena ilha realmente suporta – quantos problemas, cotidianamente, o prefeito de uma pequena comunidade se vê tendo que enfrentar e administrar: desde a sistemática superlotação do hotspot à emergência das recusas entre o cais de Favarolo e o centro de acolhimento.

Essas emergências são geridas em conjunto com a Prefeitura de Agrigento, que também se somam às locais, ligadas à marginalização geográfica. Com efeito, Lampedusa tem problemas de transporte, de custos exorbitantes com gasolina, botijões de gás e até gêneros alimentícios, faltam médicos e estruturas de saúde.

Esse desabafo foi acolhido pelo Papa Francisco. O mesmo pontífice que escolheu Lampedusa como meta de sua próxima viagem apostólica.

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