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Mudanças climáticas: o que são? Desde quando ocorrem? Quem está provocando? Quem mais sofre com as consequências?

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27 Março 2023

"A magnitude das mudanças climáticas já incide sobre a natureza em suas mais variadas formas e dimensões. Os alertas que os povos indígenas fazem e fizeram historicamente são a expressão da negligência dos saberes originários. Entretanto, em tempos mais recentes, a pauta das mudanças climáticas, conduzida também pelos povos indígenas e determinados movimentos populares, passou a estar no centro dos debates internacionais, como nas Conferências das Partes (COP) e na Cúpula do Clima, além de eventos regionais e ações locais", escrevem Gerson Antonio Barbosa Borges e Bruna Gonçalves Costa, em artigo enviado pelos autores para o Instituto Humanitas Unisinos - IHU.

Bruna Gonçalves Costa é pesquisadora de movimentos indígenas e da questão agrária – Rede DATALUTA, mestranda em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente.

Gerson Antonio Barbosa Borges é pesquisador da questão agrária – Rede DATALUTA, Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), doutorando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente.

Eis o artigo.

Clima é o conjunto de condições médias de temperatura e ambiente num lugar, ao longo de muitos anos. As mudanças climáticas expressam uma alteração nessas condições. A temperatura média do planeta Terra até a primeira metade do século XIX esteve em 14ºC. Contudo, com a consolidação do modo capitalista de produção, na segunda metade do século XIX, grandes fábricas e indústrias tornaram-se territórios de produção intensiva de mercadorias, por meio do trabalho assalariado. Esta nova relação social de produção exige grandes quantidades e diferentes tipos de matéria-prima, deste modo, modifica a natureza e determina a produção agrícola e pecuária mundial, conforme suas necessidades mercadológicas.

A sobrevivência e o êxito do capitalismo dependem da constante e acelerada produção, circulação e consumo de mercadorias. Portanto, o uso, consumo e destruição dos recursos naturais fazem parte dessa lógica. Esta forma de organização social está diretamente relacionada às mudanças climáticas, pois o aumento na emissão de gases de efeito estufa – dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) – resulta na elevação da temperatura global. Ao mesmo tempo, os gases supracitados são oriundos de chaminés das fábricas, indústrias, meios de transporte; derrubada e queima de florestas; pecuária intensiva/extensiva e agricultura petrodependente.

Esta progressão na emissão de gases de efeito estufa elevou a temperatura média do planeta Terra de 14ºC para os atuais 15,2ºC, de tal modo que 70% dessa ascendência ocorreu a partir de 1950. As consequências já são sentidas (IPCC, 2022). A elevação em 1,2ºC está aquecendo moderadamente os extremos do nosso Planeta, principalmente no polo norte. A intensidade das chuvas, as oscilações da temperatura e o aumento do nível dos oceanos já podem ser notadas e são respostas das alterações do clima, portanto, impactando populações em diferentes lugares do mundo, inclusive no Brasil. As excessivas chuvas no litoral norte de São Paulo e a forte estiagem no Sul do país são exemplos próximos.

Se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas em 45% até 2030 e em 100% até 2050, chegaremos aos 16ºC de temperatura média da Terra (+2ºC em relação aos 14ºC do século XIX), porém, com uma forte tendência de desaceleração e mesmo esfriamento, ou seja, a diminuição do aquecimento global (United Nations, 2015). Diante deste contexto, o Brasil tornou-se signatário do Acordo de Paris (2015) – comprometendo-se em reduzir às emissões –, mas a realidade dos últimos 6 anos demonstrou o contrário, pois o país aumentou suas emissões de gases de efeito estufa em 10% em relação a 2015, sob forte influência da escalada do desmatamento e das queimadas, nos biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia (SEEG, 2022).

O não cumprimento dos compromissos firmados no Acordo de Paris podem resultar em futuras sanções econômicas. Com maior intensidade, poderemos sofrer impactos socioambientais numa escala global, em decorrência da crescente temperatura global. No ritmo de indiferença com as mudanças climáticas, em 2100 chegaremos ao aumento de 4ºC, portanto, a temperatura média do planeta Terra chegará aos 18ºC. Com essa temperatura, os países insulares (países situados em ilhas ou grupo de ilhas) irão desaparecer e, do mesmo modo, milhares de cidades costeiras. Estas tragédias serão resultado do derretimento das geleiras dos polos sul e norte, resultando na elevação do nível dos oceanos, concomitantemente, novos microclimas tendem a surgir, assim como os eventos extremos se tornarão frequentes (estiagem, chuvas torrenciais, ondas de frio e calor extremo).

Outro fator de inquietação, enquanto resultado da elevação drástica da temperatura do Planeta, será o desaparecimento de parte da fauna e flora, potencializando o surgimento de novas e frequentes pandemias. A agricultura e a pecuária mundial também irão sofrer as consequências das mudanças climáticas diretamente. A diminuição do ciclo das chuvas, alteração na temperatura ambiente, desertificação e o surgimento de novas pragas colocarão em risco a soberania e a segurança alimentar da população mundial. Esse conjunto de catástrofes poderá provocar ondas de imigrantes do clima, assim como novas e frequentes guerras, com objetivo de controlar territórios agricultáveis.

A magnitude das mudanças climáticas já incide sobre a natureza em suas mais variadas formas e dimensões. Os alertas que os povos indígenas fazem e fizeram historicamente são a expressão da negligência dos saberes originários. Entretanto, em tempos mais recentes, a pauta das mudanças climáticas, conduzida também pelos povos indígenas e determinados movimentos populares, passou a estar no centro dos debates internacionais, como nas Conferências das Partes (COP) e na Cúpula do Clima, além de eventos regionais e ações locais.

Não é surpresa que as reivindicações partam inicialmente das classes que foram subalternizadas. Os primeiros a sofrerem as catástrofes são os moradores das grandes periferias, trabalhadores precarizados, desempregados, sem terras, agricultores familiares camponeses e os povos indígenas. E tratamos aqui de catástrofes acarretadas antes pelo capitalismo, que por sua intencional incompetência na promoção de políticas públicas que considerem a multidimensionalidade do ambiente das necessidades humanas. A desassistência, o desprezo pelos estudos ambientais, a ignorância e arrogância que desconsideram os alertas do povo e da ciência são alguns dos fatores que agravam as mudanças climáticas, resultando em enchentes, alagamentos, deslizamentos, desmoronamentos, frio ou calor extremos.

A partir desta perspectiva, os Estados Nacionais que mais emitem gases de efeito estufa, assim como as grandes corporações responsáveis pelas emissões, devem financiar projetos sustentáveis que contribuam para a reversão do aquecimento global. Do mesmo modo, é imprescindível emergir uma nova governança global, capaz de fiscalizar e punir os grandes poluidores.

Referencias Bibliográficas

IPCC. Climate Change 2022: Impacts, Adaptation and Vulnerability. New York, 2022.

SEEG. Análise das emissões brasileiras de gases de efeito estufa e suas implicações para as metas climáticas do Brasil (1970-2020), 2021.

UNITED NATIONS. Paris Climate Change Conference: Conference of the Parties. Paris, 2015.

Leia mais

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  • ‘É chocante que uma empresa lucre US$ 161 bilhões com combustíveis fósseis’
  • Uma ação climática urgente pode garantir um futuro habitável para todos, afirma IPCC
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