Benefícios das florestas para estabilizar o clima local e global

Foto: wirestock | Freepik

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS
  • Sheinbaum rejeita novamente a ajuda militar de Trump: "Da última vez que os EUA intervieram no México, tomaram metade do território"

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

10 Novembro 2022

Relatório resume a ciência sobre os efeitos biofísicos do desmatamento na estabilidade climática e explora as implicações políticas dos impactos resultantes em três escalas: política climática global, cooperação regional na gestão de precipitação e políticas nacionais relacionadas à agricultura e saúde pública.

Para cada uma dessas arenas políticas, existem pontos de entrada promissores para abordar as lacunas atuais por meio de inovações em políticas e instituições.

A reportagem é do World Resources Institute, reproduzida por EcoDebate, 09-11-2022. A tradução é de Henrique Cortez.

As florestas têm efeitos significativos – e extremamente positivos – na estabilidade climática por meio de processos biofísicos que afetam as transferências de energia e umidade na atmosfera, contribuindo para a segurança alimentar e hídrica, protegendo a saúde humana e aumentando nossa capacidade de adaptação a um planeta em aquecimento.

A contabilização desses processos pode afetar significativamente as estimativas dos impactos do desmatamento no clima global com base em sua interação apenas com o ciclo do carbono, tornando o efeito de resfriamento global de evitar o desmatamento tropical em até 50% maior.

A remoção da cobertura florestal, especialmente nos trópicos, aumenta as temperaturas locais e interrompe os padrões de chuva de forma a agravar os efeitos locais das mudanças climáticas globais, ameaçando graves consequências para a saúde humana e a produtividade agrícola.

Ao não levar em conta esses efeitos biofísicos, as políticas atuais subestimam sistematicamente os serviços climáticos das florestas, não antecipam toda a gama de riscos climáticos associados ao desmatamento e resultam em alocação desigual de responsabilidades e recursos dentro e entre as nações.

Os formuladores de políticas devem reconhecer e abordar urgentemente toda a gama de serviços de regulação climática das florestas por meio de instituições que operam em escalas relevantes, incluindo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), instituições de cooperação regional e agências domésticas encarregadas de promover a produtividade agrícola e proteger saúde pública.

Leia mais