26 Outubro 2022
Repetidos ataques em igrejas, interrupções de missas, assaltos às sacristias. É o que o noticiário diário oferece neste último trecho da campanha eleitoral brasileira (o segundo turno presidencial será no próximo domingo), de parte dos bolsonaristas. As primeiras desordens aconteceram em Aparecida, no santuário nacional, no dia da festa de Nossa Senhora, padroeira do Brasil, quando o próprio presidente Jair Bolsonaro foi à basílica. Depois foi um crescendo.
A reportagem é publicada por Agência SIR, 25-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Sacerdotes interrompidos durante a celebração da missa em Fazenda Rio Grande, perto de Curitiba, e em Jacareí, no estado de São Paulo, até o acontecimento mais grave, que no fim de semana envolveu um bispo, Dom Aldemiro Sena dos Santos, que no domingo, na sacristia da catedral de sua diocese, Guarabira (Paraíba), foi agredido verbalmente e ameaçado por um grupo de militantes.
Ontem, em nota, toda a Igreja diocesana se solidarizou com seu bispo: "Episódios de violência, como aquele sofrido pelo bispo de Guarabira, indicam a existência da perseguição do cristianismo autêntico, que se expressa em sua opção pelos mais pobres (Lc 6,20), vulneráveis (Jo 8,11), estigmatizados e marginalizados (Mc 1,40-41)”. Nesse sentido, concebemos que “qualquer tentativa de silenciar a pregação do Evangelho constitui uma violação da liberdade religiosa, direito garantido constitucionalmente”.
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Brasil: bolsonaristas agridem na sacristia o bispo de Guarabira. A diocese, “tentativa de silenciar a pregação do Evangelho” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU