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Passado e futuro no bicentenário da Independência do Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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15 Setembro 2022

 

"A degradação do meio ambiente foi o lado mais negativo do legado dos 200 anos da Independência", afirma José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador em meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 14-09-2022.

 

“Brasil, País do Futuro”
Stefan Zweig (1881-1942)

 

“O Brasil é um adiamento infinito”
Nelson Rodrigues (1912-1980)

 

Eis o artigo.

 

O Brasil apresentou ganhos sociais inquestionáveis nos 200 anos da independência. Considero que a maior conquista foi a redução da mortalidade na infância que estava em 430 óbitos para cada mil nascimentos em 1822 e caiu para 15 atualmente. Neste mesmo período, a expectativa de vida ao nascer que era de apenas 25 anos, saltou para 75 anos.

 

A vida média dos brasileiros triplicou em 200 anos. Isto foi uma conquista para as pessoas, as famílias e para o desenvolvimento. Não existe país rico com alta mortalidade infantil e baixa expectativa de vida. Porém, devido à alta mortalidade de grupos específicos, com a alta taxa de homicídio de homens pobres, negros e da periferia o Brasil fica atrás do Chile que tem expectativa de vida ao nascer de cerca de 80 anos.

 

Uma outra grande conquista fundamental aconteceu na área da educação, principalmente no que diz respeito aos avanços femininos. Em 1822, cerca de 99% da população brasileira não sabia ler e escrever e a taxa de analfabetismo caiu para 7% atualmente. Até meados do século XX, as mulheres estavam atrás dos homens em todos os níveis educacionais e inverteram o quadro no século XXI.

 

Hoje, as mulheres são 60% das matrículas dos cursos universitários, 56% no mestrado e 54% no doutorado. Os avanços foram inquestionáveis, mas a educação brasileira ainda precisa melhorar muito e ainda está atrás das conquistas dos países do cone Sul.

 

Em 1822 o Brasil era um país pobre, agrário, rural e representava somente 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Mas em 200 anos, o país se transformou em uma economia urbano-industrial, alcançando mais 3% do PIB mundial e entrando na lista das 10 maiores economias do mundo. A renda per capita cresceu 15 vezes.

 

O Brasil era um país pobre e virou um país de renda média e estava a caminho da entrada do clube dos países ricos, no mínimo, no patamar de renda de Portugal.

 

O melhor período da economia brasileira ocorreu entre 1950 e 1980, quando o PIB brasileiro cresceu em média 7% ao ano, enquanto o PIB mundial cresceu 4,4% ao ano. Este período é conhecido como “anos dourados” da economia internacional e anos “douradíssimos” no Brasil. Foi o período de melhor desempenho do PIB da história da humanidade. Mas com o aumento do preço da energia, as mudanças demográficas e os problemas ambientais, o ritmo da economia internacional diminuiu e o ritmo brasileiro despencou, conforme mostra o gráfico abaixo.

 

O Brasil que vinha crescendo acima da média mundial, passou a crescer abaixo do ritmo global. As duas piores décadas foram as de 1980 e dos anos 2010. Na primeira “década perdida” o Brasil cresceu apenas 1,64% ao ano entre 1981 e 1990 (abaixo do crescimento populacional), enquanto o mundo crescia a 3,29% ao ano.

 

Na segunda década perdida, o PIB brasileiro cresceu somente 0,3% ao ano entre 2011 e 2020, enquanto o mundo crescia a 2,86% ao ano. Pela segunda vez o crescimento econômico brasileiro ficou abaixo do crescimento demográfico e, portanto, houve diminuição da renda per capita.

 

Para a atual década, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima, entre 2021 e 2027, um crescimento global do PIB de 3,8% e de 2,15% no Brasil. Portanto, o ritmo da atual década deverá ser maior do que na década passada, mas baixo da média da primeira década do atual século.

 

O fato é que o Brasil está caminhando para ter 50 anos de crescimento abaixo da média mundial. Isto mostra que o país está preso na armadilha da renda média e deixou de apresentar o dinamismo do passado.

(Foto: Reprodução | EcoDebate)

 

Em uma visão otimista, o escritor Stefan Zweig (1881-1942) cunhou a ideia do “Brasil, País do Futuro”. Mas em uma visão pessimista, representativa do século XXI, o escritor Nelson Rodrigues (1912-1980) escreveu: “O Brasil é um adiamento infinito”. Ou seja, o futuro está sendo adiado indefinitivamente.

 

Em síntese, o Brasil deixou de ser uma nação pequena e periférica para se tornar uma das 10 maiores economia do mundo. Contudo, não conseguiu resolver os graves problemas de desigualdade social. O Brasil que era um país emergente, perdeu fôlego e, atualmente, está marcando passo no cenário internacional.

 

Se houve progresso nas áreas sociais, o mesmo não aconteceu no âmbito ecológico. A degradação do meio ambiente foi o lado mais negativo do legado dos 200 anos da Independência.

 

Os rios Carioca e Ipiranga que foram fundamentais para o desenvolvimento das duas maiores cidades do país viraram canais de esgoto e foram enterrados vivos. O Brasil desmatou 90% da Mata Atlântica, 50% do Cerrado e 20% da Amazônia. Houve retrocesso ambiental em todos os biomas nacionais.

 

Não precisava ser assim se os sucessivos governantes tivessem ouvido o alerta proferido pelo grande cientista José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), conhecido como o Ecologista do Império, quando disse, em 1828: “nossas preciosas matas desaparecem, vítimas do fogo e do machado, da ignorância e do egoísmo. Sem vegetação, nosso belo Brasil ficará reduzido aos desertos áridos da Líbia. Virá então o dia em que a ultrajada natureza se ache vingada de tantos crimes”.

 

Referências

 

Minha participação no Fantástico divulgando o livro sobre Demografia e Economia nos 200 anos da Independência. Último episódio da série 1822 Uma conquista dos brasileiros, TV Globo, 04/09/2022. 

 

Minha participação no Jornal Nacional. Duzentos anos da Independência: educação e expectativa de vida mudam o perfil da sociedade brasileira, TV Globo, 07/09/2022.

 

Paula Adamo Idoeta e Camilla Costa. Por que população brasileira fica mais feminina e idosa e como isso molda futuro do país. BBC Brasil, 04/09/2022

 

Paula Adamo Idoeta e Camilla Costa. Como a população do Brasil cresceu 45 vezes em 200 anos e agora envelhece em ‘ritmo asiático’. BBC Brasil, 08/09/2022

 

Léo Lopes. População brasileira cresceu 50 vezes desde 1822, diz especialista. CNN, 07/09/2022
Demógrafo José Eustáquio Diniz Alves afirma que economia brasileira cresceu mais de 700 vezes, mas que a desigualdade ainda é um desafio nos dias atuais.

 

Livro: Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI, Escola de Negócios e Seguro (ENS), maio de 2022. Escrito por José Eustáquio Diniz Alves, com a colaboração de Francisco Galiza. Acesso gratuito no site da ENS.

 

Leia mais

 

  • Avanços e desafios da economia brasileira nos 200 anos da Independência. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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  • Brasil. Crises e desafios. Revista IHU On-Line, Nº 461
  • Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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