27 Junho 2022
A família confessional, que no passado significava uma “marca” para quem seguisse determinada igreja, deixou de ser essencial para grande parte dos estadunidenses. É o que mostra pesquisa online da Lifeway Research, realizada de 3 a 14 de setembro de 2021, que ouviu 1.005 pessoa, agora divulgada.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Mais da metade do universo ouvido – 51% - não se sente atraído por igrejas que se assumem pentecostais, o mesmo ocorrendo com 47% dos entrevistados em relação às igrejas metodistas e luteranas, 48% quanto ao catolicismo e 46% aos nomes vinculados aos presbiterianos, Assembleia de Deus e 43% aos batistas.
“Nomes como São Pedro, Trindade, Encruzilhada e Presbiteriano refletem pessoas bíblicas, teologia, imagens modernas ou referências ao ramos do cristianismo ao qual a igreja está ligada. A maioria das pessoas tem impressões preexistentes de grupos denominacionais quando os veem em um nome ou descrição de igreja”, explicou o diretor executivo da Lifeway Research, Scott MacConell, ao portal The Christian Post.
O professor de estudos religiosos da Texas A&M, Robin Veldman, entende que o fenômeno é em parte reflexo do movimento de afastamento da religião organizada, de modo particular entre as gerações mais novas. “Acho que as pessoas estão se afastando da religião institucionalizada. Elas não gostam necessariamente da marca denominacional”, disse. As pessoas ainda podem ser religiosas, “mas não estão frequentando a igreja”, agregou.
Pesquisa da Gallup, de 2017, já mostrava como os estadunidenses estavam optando por não se identificarem com nenhuma denominação cristã. O estudo mostrou que a parcela de americanos que se identificavam com uma denominação protestante específica caiu de 50%, em 2000 para 30% em 2016.
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Família confessional perde atração entre estadunidenses - Instituto Humanitas Unisinos - IHU