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12 Abril 2022

 

“Marielle e eu crescemos católicas na Maré, numa igreja com pastorais sociais, comprometida com a mudança do mundo e superação das desigualdades. Do pré-vestibular comunitário às lutas contra os abusos de autoridades, a vivência católica que tínhamos era de uma reafirmação cotidiana do evangelho onde o Cristo veio para estar ao lado dos marginalizados. Nós havíamos conhecido um Deus de amor e uma fé que acolhe, e por isso, Marielle, muito mais que eu, seguia afirmando-se como lésbica e católica", escreve Luís Corrêa Lima, padre jesuíta, historiador e professor da PUC-Rio, reproduzindo o depoimento de Mônica Benício sobre Marielle, em artigo enviado ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU, 11-04-2022.

 

Eis o artigo.

 

Completaram-se quatro anos do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A vereadora Marielle apresentava-se com frequência dizendo: “eu sou uma mulher, favelada, LGBT e negra. Eu estou aqui pelo voto do povo e eu vou reivindicar o que este povo merece”. Ela transformou em pautas o que carregava em seu corpo, imprimindo-as em sua atuação política. Tornou-se um ícone internacional dos direitos humanos e das militâncias feminista, negra e LGBT+.

 

O dia de sua morte, 14 de março, faz parte do calendário de vários destes movimentos. O rosto de Marielle, seu nome e suas frases estão em muitos grafites, cartazes e placas. Adotaram seu nome coletivos feministas, negros, LGBT+, universitários, pré-vestibulares, assentamentos e ocupações por moradia, bem como a tribuna da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele tem recebido muitas homenagens no exterior. Em Paris, um jardim suspenso junto a uma estação de metrô recebeu seu nome. É um espaço com 2,6 mil metros quadrados, contendo 70 árvores. Para a prefeitura parisiense, a iniciativa manifesta o “engajamento da capital na defesa dos direitos humanos pelo mundo, mas também na defesa dos políticos em perigo”.

 

Antes de ser vereadora, ela foi por muitos anos assessora parlamentar, articulada a diversos movimentos sociais, como feminista, de favelas e de cultura. Trabalhou em uma comissão de direitos humanos e cidadania na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde prestou assistência a muitas vítimas de violência e a seus familiares, incluindo policiais e agentes de segurança pública. Sua campanha como candidata a vereadora teve como lema: “eu sou porque nós somos”; do provérbio africano Ubuntu, que é uma espécie de filosofia do “nós”, expressando uma crença profunda no compartilhamento e na solidariedade.

 

Na raiz de sua militância estava a sua fé cristã. Criada na Igreja Católica, com pais religiosos, Marielle foi catequista na Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, na comunidade da Maré. Participou das Pastorais de Juventude e Afro-brasileira, passou por um pré-vestibular apoiado pela Igreja e fez graduação em Ciências Sociais na PUC-Rio, com bolsa de estudos e a ajuda de um programa da Universidade destinado a estudantes pobres.

 

Esta base cristã formou sua identidade que se manteve pela vida, dando muitos frutos. A orientação sexual de Marielle não a afastou da fé, como bem relata sua então companheira e viúva Mônica Benício:

 

“Marielle e eu crescemos católicas na Maré, numa igreja com pastorais sociais, comprometida com a mudança do mundo e superação das desigualdades. Do pré-vestibular comunitário às lutas contra os abusos de autoridades, a vivência católica que tínhamos era de uma reafirmação cotidiana do evangelho onde o Cristo veio para estar ao lado dos marginalizados. Nós havíamos conhecido um Deus de amor e uma fé que acolhe, e por isso, Marielle, muito mais que eu, seguia afirmando-se como lésbica e católica”.

 

A fé de Marielle se manifesta no que ela transmitiu à sua filha Luyara. Logo após a morte de sua mãe, Luyara escreveu ao papa Francisco sobre o legado que recebeu, e teve como resposta uma ligação do próprio papa à família, manifestando sua solidariedade. Eis a bela carta da filha de Marielle:

 

“Papa Francisco, aprendi com minha mãe a ter fé e a ser católica, sua devoção por Nossa Senhora, sua fé e compromisso com a missão de Cristo sempre guiaram nossas vidas.

Ela me ensinou sobre os mártires e sobre nunca negar o evangelho. Ela sempre me lembrava que o principal mandamento é o amor.

Esse momento é de muita dor, uma espada corta nossas almas. Te peço, que ore por nós, pela nossa família, pelas mulheres, pelo povo negro, pela vida nas favelas do Rio de Janeiro, pela nossa cidade e pelo nosso país.

São muitos discursos de ódio e precisamos de amor.

Obrigada, Luyara, filha de Marielle” (disponível neste link).

 

Foi esta fé que se traduziu em obras, em profetismo e em intensa ação social e política. Marielle Franco se uniu aos mártires como Jesus Cristo, Martim Luther King Jr. e Santo Oscar Romero. É grão de trigo que se desfaz e dá frutos, é luz para o nosso mundo tão necessitado.

 

Leia mais

 

  • “A fé no amor!”: o testemunho de Mônica Benício sobre Marielle Franco
  • Por Marielle
  • Marielle: do corpo sem morte à morte sem corpo. artigo de José Claudio Souza Alves
  • O calvário de Marielle
  • ‘Devemos começar perguntar a quem interessa que o caso Marielle não seja elucidado’, diz Mônica Benício
  • Marielle vive!
  • Três anos após assassinato, Marielle e seus símbolos seguem incomodando grupos da extrema direita
  • As perguntas não respondidas sobre o caso Marielle
  • Assassinato de Marielle completa mil dias sem respostas
  • Caso Marielle lança sombra sobre a polícia, tribunais e a política brasileira
  • Fiocruz lança 'Dicionário de Favelas Marielle Franco'
  • Paris terá local público com nome de Marielle Franco
  • O feminicídio político de Marielle Franco
  • Caso Marielle Franco: enquanto não souber quem mandou matar, o medo não passa, diz ex-chefe de gabinete da vereadora
  • Segunda fase de investigação sobre crime de Marielle terá novo delegado
  • “Mais importante que prender mercenários é saber quem mandou matar Marielle”, diz viúva da vereadora

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