A neve de Lviv

Foto: Simone Infanger | Unsplash

Mais Lidos

  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

06 Abril 2022

 

"Que de Jesus Cristo em diante, de São Francisco em diante, de Gandhi em diante, de Martin Luther King em diante, do espírito de Assis em diante, do Papa Francisco em diante, não há outra palavra com a qual se possa escrever uma nova história senão aquela da não-violência. Caso contrário, a paz assinada pelos poderosos será tréguas de cinzas que escondem a dor e a morte".

 

O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 05-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Não se tratava da magia encantada dos flocos de neve, mas quase de um gesto de piedade. Estes dias que nos permitiram ultrapassar a fronteira da normalidade para tocar os dramas da guerra, confirmaram que a vontade, o desejo, o anseio das pessoas é para uma normalidade a ser recuperada sem sirenes que perfuram os ruídos cotidianos, sem corridas em direção aos abrigos, sem o aumento dos batimentos no peito.

 

"Pare a guerra - vamos fazer a paz" é uma ação normal entre irmãos e irmãs: nenhum gesto demonstrativo, nenhum delírio. Simplesmente o desejo de abraços que atravessem fronteiras e de gestos de paz. Um sinal. Mais uma vez um sinal que indica uma direção e que diga que é possível que os povos assumam seu destino desobedecendo a lógica da guerra e que a paz é construída sem armas.

 

Que de Jesus Cristo em diante, de São Francisco em diante, de Gandhi em diante, de Martin Luther King em diante, do espírito de Assis em diante, do Papa Francisco em diante, não há outra palavra com a qual se possa escrever uma nova história senão aquela da não-violência. Caso contrário, a paz assinada pelos poderosos será tréguas de cinzas que escondem a dor e a morte. E fogo. Melhor a neve que deixamos para trás como uma profecia da humanidade que cobre tudo para fazer renascer.

 

Leia mais