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Precisamos da história? Artigo de Flavio Lazzarin

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16 Dezembro 2021

 

"A história é, sem dúvida, uma invenção ocidental, também consagrada pelas teologias, mas, ouvindo os povos indígenas, vale a pena se questionar: 'Mas realmente precisávamos da história?'; e de novo: 'E hoje, ainda realmente precisamos dela?'", escreve Flavio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e é agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em artigo publicado por Settimana News, 11-12-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Releio Jean Baudrillard e me deixo convencer novamente por sua tese sobre a história que, na modernidade, deixou de ser história strictu sensu, porque perdeu a dimensão constitutiva da finalidade. Talvez, apesar da fé inabalável que no passado inspirava socialistas e anarquistas a lutar pelo surgimento inevitável do 'sol do futuro', os objetivos finais da história humana sempre foram uma ilusão. Nessa linha, também a tese de Fukuyama sobre o fim da história é um equívoco. Parece que a história não acaba. Este é o drama que nos hospeda há tempo. E, se a história não existe, a partir da subtração de sua finalidade, o que sobra em seu lugar?

A imortalidade da história, de fato, anula a própria história e condena o tempo à repetitividade, aparentemente progressista, da tecnologia e do consumo. Hábitos estes nos levaram às portas de outro fim permanentemente removido ou driblado: o fim do mundo, a conclusão apocalíptica nuclear ou a destruição capitalista da possibilidade de vida na Terra.

Será possível recuperar a história pelo menos apostando nas biografias? Subjetivamente, a mortalidade crucificada e ressuscitada de todo ser humano poderia reafirmar a história? Ou as histórias? Talvez, mas não necessariamente e apenas com a condição de nos libertarmos da colonização capitalista que nos manipula e nos confina à ilusão mortífera da imortalidade.

Vamos tentar pensar numa resposta dada na atualidade à ausência da finalidade da história, que encontramos na proliferação de programas de televisão, filmes e jogos que nos mostram vários e exóticos desafios de sobrevivência, solitários, aos pares, em grupo. É a redução do sentido da vida à mera sobrevivência. Essa redução escancara as portas para a irrupção da violência do mais forte e armado contra o mais fraco e desarmado. E aos cálculos estatísticos e malthusianos, já não mais tão secretos e ocultos, sobre a sobrevivência de uma parte da humanidade, em detrimento da humanidade periférica, irremediavelmente inútil e perdida.

É bom lembrar e enfatizar que a imortalidade é um conceito grego ilusório e que perverte o significado autêntico da vida e da morte. É grave que ele tenha se infiltrado na teologia católica, a ponto de às vezes aparecer no próprio Missal Romano: isso, junto com o conceito de eternidade, que se sustenta a partir do equívoco do primado do temporal e do cronológico no âmbito da Salvação.

De fato, Jesus nos fala da Vida Eterna, da Vida em plenitude, da Vida que supera a morte e o medo de morrer, agora e além da morte. Jesus, o Messias, orienta a atenção ao kairós, a cada instante do tempo, que é a porta por onde Ele aparece, nos chama e nos conduz. O tempo, entendido como kairós, é o remédio que nos liberta da história como cronologia sem sentido e sem fim. E nos liberta das temporalidades institucionais das igrejas, das religiões, os teísmos abstratos e ilusórios.

A esse respeito, lembro-me de uma discussão acalorada em Goiânia em 1992 com uma professora de história. Estávamos planejando escrever a história da Comissão Pastoral da Terra como texto celebrativo dos vinte anos de vida da pastoral e, analisando a proposta metodológica feita por um grupo de especialistas, percebi a ausência de indicadores antropológicos que ajudassem a compreender a pluralidade regional das culturas camponesas a que se referia a CPT.

E assim insisti, solitário e não compreendido, com a tese da necessidade de combinar uma abordagem antropológica com a pesquisa histórica. Efetivamente, por exemplo, as identidades culturais de agricultores, descendentes de europeus ou de ribeirinhos amazônicos modificavam radicalmente a identidade das CPTs envolvidas nos processos de resistência e de luta. O debate terminou bruscamente com a afirmação da historiadora: “Os povos originários e as comunidades camponesas tradicionais não têm história”.

Lembro-me bem do meu resignado e escandalizado silêncio naquela circunstância, mas hoje, revisitando aquela memória, descubro algo que nem a professora nem eu tínhamos intuído na época. A história é, sem dúvida, uma invenção ocidental, também consagrada pelas teologias, mas, ouvindo os povos indígenas, vale a pena se questionar: “Mas realmente precisávamos da história?”; e de novo: “E hoje, ainda realmente precisamos dela?”.

 

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