Empresas internacionais querem tornar possíveis, na Amazônia, os projetos da Ferrogrão (EF-170), de hidrelétricas e hidrovia na bacia hidrográfica do Tapajós

Foto: Marizilda Cruppe | Greenpeace | Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • “O capitalismo do século XXI é incapaz de atender às necessidades sociais da maioria da população mundial”. Entrevista com Michael Roberts

    LER MAIS
  • Zohran Mamdani está reescrevendo as regras políticas em torno do apoio a Israel. Artigo de Kenneth Roth

    LER MAIS
  • Guiné-Bissau junta-se aos países do "cinturão de golpes militares" do Sahel e da África Ocidental

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Outubro 2021

 

A informação é de Telma Monteiro, especialista em análise de processos de licenciamento ambiental e pesquisadora independente, em texto publicado em seu blog, 30-09-2021.

 

O artigo é publicado no Blog Telma Monteiro, 30-09-2021.

 

Eis o texto.



Como especialista em análise de projetos de infraestrutura na Amazônia, fui honrada com o convite da Associação para Povos Ameaçados (APA), sediada na Suíça e na Alemanha, para contribuir com o primeiro capítulo do relatório Vozes do Tapajós: Perspectivas indígenas sobre projetos de infraestrutura planejados. Esse relatório aborda, em especial e em primeiro plano, o projeto da Ferrogrão (EF-170). O relatório, que analisa esse e outros projetos, tem como pano de fundo os impactos sobre os povos indígenas, a floresta amazônica e os interesses financeiros internacionais e do agronegócio, foi divulgado mundialmente, dia 29 de setembro de 2021, em evento na Suíça, simultaneamente com outros países da Europa e com o Brasil.

A informação é de Telma Monteiro, especialista em análise de processos de licenciamento ambiental e pesquisadora independente, em texto publicado em seu blog, 30-09-2021.

O documento está dividido em três partes. Eu escrevi o primeiro capítulo - Contexto histórico e descrição do projeto – em que busquei fazer uma análise do contexto histórico da exploração da Amazônia. Meu texto menciona os projetos de infraestrutura planejados ao lado de terras indígenas, atravessando Unidades de Conservação, e busca mostrar como a exploração dos recursos naturais na região amazônica tem acontecido de forma sistemática e às custas das comunidades vulneráveis. Aproveitei, também, para fazer uma passagem pelo governo de Jair Bolsonaro e a sua política ambiental predatória. O segundo capítulo - Estudo Financeiro - trata do interesse de empresas e investidores nos projetos de infraestrutura previstos na Amazônia. O terceiro capítulo - Vozes do Tapajós - compila uma série de depoimentos de membros de comunidades indígenas. Acompanha o relatório, o filme Tapajós Ameaçado.

 

 

 

Não bastassem os sucessivos períodos de exploração desde especiarias, borracha e ouro, a bacia do Tapajós vem sofrendo com a construção de rodovias, exploração agrária e assentamentos que se multiplicaram ao longo das rodovias planejadas desde os anos 1960. E se planeja mais projetos estruturantes na Amazônia, como a EF – 170, a Ferrogrão, um dos focos desse relatório, talvez o principal. A EF -170, Ferrogrão vai acompanhar o traçado da polêmica rodovia BR-163 que data da época dos governos militares, e foi concebida com fim integracionista.” 

 

Segue o link do relatório Vozes do Tapajós: Perspectivas indígenas sobre projetos de infraestrutura planejados.

 

 

Leia mais