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A emergência climática nos impõe programar uma desaceleração econômica

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17 Agosto 2021

 

“Se pensamos que mitigar as mudanças climáticas é difícil e caro, lembremos, por exemplo, o custo astronômico dos incêndios na Califórnia, em 2020, ou que transitar pelo bom caminho das emissões pouparia ao Homo Sapiens 74 milhões de mortes, até o final deste século, e melhoraria significativamente a saúde e o bem-estar físico e mental de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo”, escreve Fernando Valladares, doutor em Biologia e membro do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha (CSIC), em artigo publicado por The Conversation, 12-08-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Três décadas resumindo e comunicando a evidência científica sobre as mudanças climáticas de origem humana nos deixaram três conclusões:

- A primeira é que continuamos sem fazer nada de efetivo contra a origem do problema: a emissão de gases do efeito estufa, que segue aumentando e com ela as temperaturas.

- A segunda é que a escala temporal e espacial do fenômeno segue confundindo a todos. Ainda pensamos que estamos falando do clima futuro e de que é algo global e distante. Dito de outro modo, não temos total clareza que as mudanças climáticas nos afetam aqui e agora.

- A terceira conclusão é que todas as nuances científicas, toda a linguagem de probabilidades e cenários de emissões e clima apenas confundem e abrem espaço para debates estéreis e para adiar decisões difíceis. Por isso, nós, cientistas, combinamos relatórios com manifestos e somos cada vez mais categóricos em nossas afirmações sobre o que acontece com o clima e por que isso acontece.

Sem tempo para soluções lentas

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas acaba de publicar um novo relatório (o AR6 do IPCC) que gerou muita expectativa e valeu extensas análises.

Com o relatório na mão, podemos dizer algumas coisas bem simples de entender: perdemos um tempo precioso para mudar progressivamente para outra economia menos dependente da energia, em geral, e do petróleo, em particular, do que a atual, e temos que reduzir nossas emissões no mínimo para a metade, em dez anos, para não entrar em cenários climáticos realmente apocalípticos. Ainda que estejamos a tempo e que muitas opções estejam a nosso alcance, estamos ficando sem tempo para uma ação gradual e para adotar medidas por consenso.

Essas duas coisas, simples e contundentes, estão ortogonalmente contrapostas à estratégia que a maioria dos países estão traçando para sair da crise provocada pela covid-19. Significam, inclusive, uma briga direta com nossos desejos mais íntimos de retomar certa normalidade após a pandemia.

O sexto relatório do IPCC não deixa margem para a dúvida. Não se trata de especulações, nem de ideologias, mas de um compêndio rigoroso da esmagadora evidência científica que ressalta as toneladas de gases do efeito estufa emitidas na atmosfera, durante o último século, como responsáveis pelas sufocantes temperaturas de quase 50 graus no Canadá, as inundações apavorantes sofridas na Alemanha, Bélgica e China, a seca extrema da Ásia Central e os incêndios inextinguíveis da Sibéria, Grécia, Turquia e Itália.

Tudo isso só para mencionar a meteorologia dos meses de verão de 2021. Mas todos temos em mente as tempestades Glória e Filomena, a temporada de furacões e os incêndios na Austrália e Califórnia, em 2020, caso voltemos há apenas poucos meses.

Um caminho tão incômodo como inevitável

Reduzir a emissão de gases do efeito estufa supõe frear o desenvolvimento econômico, reorganizar e limitar a geração de energia, transformar completamente o transporte de mercadorias e pessoas, reduzir a agricultura e a pecuária intensivas e reorganizar as cidades, começando pelo isolamento das moradias e terminando com a gestão do tráfego e dos resíduos. São coisas que sabemos que é preciso fazer, mas são justamente as coisas que não estamos fazendo. Ou não na velocidade adequada.

O Pacto Verde Europeu e a política agrária comunitária estão distantes de ser tão verdes como parecem ser e que precisamos que sejam.

Os fundos de recuperação e os planos de desenvolvimento econômico dos países de nosso entorno voltam a apontar para a forma tradicional de fazer dinheiro. Uma forma que se apoia na definição monetária de felicidade, saúde e bem-estar humano. E sabemos que essa forma de fazer dinheiro não nos traz felicidade, nem saúde, nem bem-estar.

O modo de vida insustentável e poluente para o qual vamos nos orientando não nos faz felizes e os cenários climáticos aos quais esse modo de vida nos leva nos adoecem, tiram literalmente o nosso sono e nos mergulham na ansiedade, depressão e cansaço. Se a mudança do clima não nos torna nem saudáveis ​​nem felizes, então por que dar as costas ao que a ciência do clima propõe?

Decrescer para reduzir as emissões

Em vez de aceitar a evidência científica e programar uma desaceleração econômica que permita realmente reduzir as emissões de gases do efeito estufa, propomos repetidamente fazer malabarismos socioeconômicos para conciliar desenvolvimento e sustentabilidade. Traçamos uma agenda de objetivos de desenvolvimento sustentável que não estamos cumprindo, entre outros motivos, porque está cheia de contradições. Começando pelo próprio conceito de desenvolvimento sustentável. Por esse motivo, estão crescendo as vozes dos que defendem um decrescimento, um termo que assusta e escandaliza a muitos, mas que resume com clareza o que devemos fazer enquanto não nos ocorrem malabarismos ambientais mais eficazes.

Se avaliarmos bem, estamos transferindo ao conceito de decrescimento nosso pânico, ancestral e justificado, às recessões econômicas. É uma transferência infeliz porque são coisas bem diferentes. Fazer ressoar as duas coisas como algo parecido dificulta a adoção de medidas de mitigação climática. Uma recessão eclode, um decrescimento se programa. Portanto, uma recessão sempre terá mais e piores efeitos colaterais do que um decrescimento planejado.

O relatório do IPCC afirma que continua sendo matematicamente possível não exceder o 1,5 grau de aquecimento em comparação com a era pré-industrial. Mas para não o ultrapassar não são suficientes a matemática, a física, a química e a biologia. É necessário o envolvimento rápido e eficaz da economia, da política e da cidadania.

Estamos falando de medidas difíceis de serem enquadradas pelos políticos devido a seu elevado custo eleitoral, pelos cidadãos, por seu notável esforço de aplicação, e pela economia, porque supõe, simplesmente, colocar tudo de pernas para o ar. Existe tecnologia suficiente, mas o gargalho é a sua implementação real. Não basta ter soluções tecnológicas, marcos jurídicos e estratégias políticas. É imprescindível ter vontade e capacidade para aplicar tudo isso.

Quando falamos em reduzir emissões a sério, não podemos acreditar que aumentando a eficiência no uso da energia iremos alcançar a meta. Não esqueçamos do efeito rebote ou paradoxo de Jevons, segundo o qual o aumento de eficiência dá lugar a um aumento de consumo.

Podemos eletrificar todos os carros e os edifícios, podemos reorganizar o transporte público e favorecer o teletrabalho. Mas mesmo assim não estaremos reduzindo suficientemente as emissões. Pensemos nas importantes emissões associadas à agricultura convencional, à aviação, à geração e gestão dos resíduos ou às indústrias como a do aço e do cimento. Não há outra opção a não ser reduzir o consumo. E o melhor que podemos fazer é programar e acompanhar as medidas com reconversões profundas e com informação, muita informação e diálogo social.

Se pensamos que mitigar as mudanças climáticas é difícil e caro, lembremos, por exemplo, o custo astronômico dos incêndios na Califórnia, em 2020, ou que transitar pelo bom caminho de emissões pouparia ao Homo Sapiens 74 milhões de mortes, até o final deste século, e melhoraria significativamente a saúde e o bem-estar físico e mental de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo. Há algo mais valioso do que isso? Realmente, precisamos de mais razões para colocar em prática os relatórios científicos sobre as mudanças climáticas?

 

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