27 Julho 2021
Nesta semana as temperaturas caem muito. Precisamos de agasalhos, meias , toucas, moletons e cobertores . Rua Taquari 1100 Mooca . Rua Djalma Dutra 3,Luz . URGENTE!
Terraplanistas ainda estão sem entender por que os japoneses marcaram os jogos na madrugada…
Vivemos no mesmo país em que uma menina mágica de 13 anos se comporta como adulta e enfrenta jovens de mais idade e até mulheres maduras na Olimpíada, e esse mesmo país é governado por um presidente da República que se comporta como uma criança de 13 anos.
Vivemos no país em que a ação de jovens negros contra o símbolo agressivo de um criminoso, erguido em praça pública, com dinheiro público, é incendiado como aviso de basta, e essa atitude de resistência provoca manifestações indignadas muito mais da esquerda do que da direita.
Vivemos no Brasil em que as esquerdas brancas se dedicam ao debate da ação política e das suas circunstâncias, para desqualificar a ação de jovens negros insultados pelas estátuas de escravistas e pelo próprio imobilismo dos brancos.
Vivemos no Brasil em que militares, apresentados como reserva moral da nação, recebem até R$ 100 mil por mês, enredam-se em fraudes de vacinas e cloroquinas e protegem um sujeito com provadas ligações com milicianos e, pelo que se sabe agora, com vínculos de afeto com grupos nazistas alemães.
Vivemos no país em que o golpe virou blefe e o blefe assume o lugar do golpe e ninguém mais sabe o que é blefe e o que é golpe.
Hoje fui buscar o irmão da reciclagem para ser vacinado.
Lista de indicados de Bolsonaro a agências e órgãos de controle expõe aparelhamento
JULIO WIZIAK
O desgaste político de Jair Bolsonaro levou o presidente a negociar com o Senado para destravar as sabatinas de indicados a órgãos de controle da magistratura e do Ministério Público, agências reguladoras e postos no exterior. A oposição resiste a boa parte dos nomes da lista, que embute o aparelhamento pelo governo e um jogo de apadrinhamento político.
Nos bastidores, diversos senadores colocam em xeque o sistema de escolha para os cargos na administração pública. Avaliam que as articulações políticas do governo com sua base de apoio nas duas Casas acabou transformando as sabatinas em um processo “pró-forma” e o Senado em uma “agência de reserva de emprego”.
Foi o que disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES) no final do ano passado, quando o governo se antecipou e indicou Jorge Oliveira para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) sem que o posto estivesse vago.
Na ocasião, o senador recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar a sabatina por entender que a indicação prematura era uma forma de constranger o Senado.
Dentre os indicados do momento, alguns já aprovados na sabatina, há militares, juízes envolvidos com pessoas que foram alvo de investigações da Polícia Federal, advogados sem experiência na área em que atuarão, e até servidores ligados a políticos do centrão hoje alvo das investigações sobre irregularidades na compra de vacinas contra o coronavírus.
O escrutínio para os cargos ocorre no momento em que Bolsonaro lançou o advogado-geral da União, André Mendonça, ao STF. Nos bastidores, seu nome sofre críticas de parte dos ministros do Supremo.
Sempre que se abre uma oportunidade na administração pública, interessados costumam procurar políticos próximos ao governo em busca de apoio.
Nas agências reguladoras, uma vez aceito pelo Senado, o indicado passa a ter mandato e, por isso, não pode ser destituído por questões políticas.
Nos órgãos de controle da Justiça e do Ministério Público Federal, o arranjo para as nomeações é político no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), feito pelas bancadas do Congresso. No CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) há uma lista tríplice entregue ao procurador-geral, que escolhe o nome e envia para o Senado.
No CNMP, colegiado que investiga os procuradores, houve resistência a diversos dos indicados.
Pesou contra o corregedor nacional do órgão, Rinaldo Reis Lima, o fato de ter orientado a ex-procuradora-geral de Justica da Bahia, Ediene Lousado, investigada na Operação Faroeste, sobre a possibilidade de o órgão abrir uma apuração contra um promotor que atuava no caso. A operação Faroeste investigou venda de sentenças judiciais.
No passado, o atual ouvidor, Oswaldo D´Albuquerque Lima Neto, envolveu-se em um inquérito aberto por sua mulher por supostas agressões. O processo, que foi arquivado, voltou a ser assunto das rodas de conversa dos senadores porque hoje Lima Neto é responsável pelo programa de denúncias contra mulheres do CNMP.
Contra o juiz Paulo Marcos de Farias houve queixas de que ele apareceu nas conversas divulgadas pelo “Intercept” interagindo com procuradores da Lava Jato que buscavam informações sigilosas sobre o andamento de processos no Supremo.
Sobre o atual secretário do CNMP, o militar Jaime de Cassio Miranda, que se diz amigo de Bolsonaro e antes tentou ocupar a própria PGR no lugar de Augusto Aras, não passou despercebida a concessão da mais alta honraria do Ministério Público Militar para Sérgio Moro e Deltan Dallagnol quando Miranda comandava o órgão.
Posteriormente, os julgamentos de Moro contra o ex-presidente Lula na Lava Jato foram considerados parciais pelo STF e Dallagnol teve dezenas de processos instaurados no CNMP por supostas irregularidades de conduta na Lava Jato. Mais de 20 desses processos foram arquivados por Rinaldo Reis Lima.
Um dos aprovados em sabatina, Engels Augusto Muniz teve de explicar aos senadores um prejuízo de R$ 10,9 milhões causado aos Correios devido a um contrato sem licitação com a Accenture. Engels e os demais conselheiros da estatal aprovaram o negócio e foram considerados culpados por uma auditoria feita pela corregedoria da empresa.
Engels é ligado ao ex-ministro do governo Michel Temer (MDB) Gustavo Rocha (Direitos Humanos), tendo sido indicado pelo líder do partido do ex-presidente no Senado, Eduardo Braga. Em sabatina, também foi cobrado pelo senador Esperidião Amin por ter apenas um título de graduação em direito, tendo em vista que o cargo exige notório saber jurídico.
Para o CNJ, a maior controvérsia ocorreu em torno do advogado Mario Henrique Nunes Maia. Filho do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Napoleão Nunes Maia, Mario se formou em advocacia em 2012 e só conseguiu ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil em 2019.
A Associação dos Servidores do CNJ (Asconj) chegou a ingressar com um mandado de segurança no STF para impedir a sabatina de Nunes Maia alegando ausência de “requisito de notável saber jurídico” para a vaga. O pedido não foi acolhido. O advogado foi sabatinado e aprovado.
Nas agências reguladoras, há pendência para a Antaq (transportes aquaviários), a ANTT (transportes terrestres), a Anatel (telecomunicações), a ANS (saúde), a Anvisa (vigilância sanitária), a ANM (mineração) e a ANP (petróleo), dentre outras.
A paralisação ocorreu porque o Congresso, especialmente o Senado, queria fazer indicações de nomes, segundo pessoas que participaram das negociações. Na ANTT, por exemplo, dois indicados pela Infraestrutura foram recusados e substituídos por “nomes de consenso”. Um deles é ligado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Bolsonaro escolheu Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho para o cargo de diretor-presidente. Diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, ele foi indicado para a chefia da agência no final de 2020 e passaria pela avaliação do Senado na primeira semana de julho.
O Planalto retirou o nome no momento em que a CPI da Covid convocou o deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, a prestar depoimento sobre seu envolvimento em supostas irregularidades na compra de vacinas da Índia.
Rebello Filho foi chefe de gabinete de Barros no Ministério da Saúde quando o deputado comandou a pasta no governo do ex-presidente Michel Temer.
Líderes dos partidos do centrão saíram em defesa de Barros junto ao Planalto e Rebello voltou a ser indicado. Ele já assumiu o comando da ANS.
Segundo diplomatas ouvidos sob anonimato, o jogo de apadrinhamento também envolveu os indicados a postos importantes no exterior. Aqueles que se alinharam à doutrina do ex-chanceler Ernesto Araújo teriam sido enviados para países estratégicos.
Um deles, Otávio Brandelli, foi aprovado para ser representante do Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos). Amigos do diplomata afirmam, no entanto, que Brandelli jamais leu um livro de Olavo de Carvalho, que exerceu influência sobre Araújo.
As embaixadas de menor projeção ficaram com os diplomatas de carreira que não se renderam aos novos princípios.
Por meio de sua assessoria, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, André Mendonça, disse que espera “esclarecer todas e quaisquer dúvidas na sabatina”.
“Ainda reafirmo meu compromisso com o Estado laico, a constituição e a democracia”, disse por meio de sua assessoria.
O corregedor Rinaldo Reis Lima confirmou que foi procurado por Ediene para saber informações sobre uma representação protocolada na Corregedoria. Por meio de sua assessoria, no entanto, disse desconhecer que a procuradora era alvo de investigação no momento em que eles trocaram mensagens.
Lima explicou que os arquivamentos de processos contra Deltan Dallagnol ocorreram porque as provas “ou tinham origem ilícita ou não puderam ser confirmadas”. Ele disse que o plenário chancelou sua decisão.
O ouvidor do CNMP, Oswaldo D'Albuquerque Lima Neto afirmou, também pela assessoria, que o inquérito movido por sua mulher foi encerrado há 14 anos e que “não existe qualquer pendência”.
O juiz Paulo Marcos de Farias confirmou à Folha ter havido contato com procuradores da Lava Jato, mas negou o repasse de qualquer tipo de informação referente aos processos quando trabalhou no gabinete do ministro do STF Edson Fachin.
O advogado Engels Muniz disse que explicou o caso dos Correios na sabatina e foi aprovado. “As decisões em colegiados de conselhos de administração são tomadas com base em relatórios e pareceres técnicos e jurídicos”, disse Engels à Folha.
A assessoria do advogado Mario Nunes Maia informou que ele “tem formação em direito, é advogado regularmente inscrito na OAB, tem especialização em filosofia, cursa mestrado e é autor de cinco livros jurídicos.”
Sobre o questionamento em relação à suposta prática de nepotismo, Nunes Maia afirma que só se candidatou porque seu pai está aposentado.
O embaixador Otávio Brandelli não quis comentar. O Itamaraty informou que Brandelli foi aprovado por unanimidade e que subsidia o Senado na “aprovação de todos os nomes indicados pela Presidência da República, sempre de acordo com os limites de sua competência e respeitando as prerrogativas dos parlamentares”.
O diretor-presidente da ANS e secretário do CNMP Jaime de Miranda não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem.
FSP 25.07.2021
Nazistas alemães estão chocados com o encontro secreto da deputada nazista Beatrix von Storch com o amigo Bolsonaro no Alvorada.
O encontro e a foto que vazou mancham a imagem dos nazistas.
Partilhado da amiga Lilian Wurzba
Na passagem de seu último aniversário, em 26 de julho de 1960, completando 85 anos, Jung disse: "quanto mais velho fico, mais me impressiona a fragilidade e incerteza de nosso conhecimento e tanto mais procuro refúgio na simplicidade da experiência imediata, para não perder o contato com as coisas essenciais, isto é, as dominantes que governam a existência humana durante os milênios."
A perda, ontem, do eminente Professor Roberto Romano nos deixa a todos mais pobres e entristecidos. Lembrando-me da memorável cerimônia havida na UNICAMP quando do recebimento, por Dom Paulo, do título de Doutor Honoris Causa que lá lhe foi outorgado, não resisti em retomar o discurso que lá ouvi para a saudação oficial ao homenageado. Foi da autoria do já saudoso Professor, a quem no final da solenidade solicitei o texto, sendo por ele gentilmente atendida. Compartilho-o agora aqui, com os amigos:
"Ecce exiit, qui seminat, semirare. Não seria preciso a lembrança de Vieira para dizer o quanto é vital a missão de quem semeia o verbo. Pedras, espinhos, pássaros, toda a natureza e todos os espíritos podem destruir o véu diáfano da palavra prenhe de sabedoria. A infertilidade, não raro, encontra-se fora do semeador, quase sempre localiza-se no ambiente, nos ouvidos que deveriam acolher a mensagem. Mas a palavra, sal da terra, também perde o sabor. Então, a culpa é de quem semeia. A sentença vem na frase cristã sobre os homens que nem a peixe nem a carne se parecem, mas ficam alheios às dores e alegrias dos homens. Quem não salga, é pisado, cedo ou tarde, pelos tempos ou espaços, físicos ou sociais. Conculcatum est! Para que serve um sal insípido? Para nada.
Na Universidade e na Igreja, Paulo, existem semeadores. Eles podem perder os homens, e se perder. Felizes os que não colocam sobre as costas dos mortais cargas que não poderiam nem sonhar em conduzir! Tanto na cultura cristã, quanto no pensamento grego, temos a clara ideia do mundo espiritual como semeadura, com fertilidade ou pobreza de frutos. Plutarco afirma, em algum lugar, que o ensino platônico é como água prenhe de vida caindo sobre as mentes dos ouvintes. As palavras filosóficas, se caem em terreno favorável, florescem e dão frutos. Caso oposto, os signos de sabedoria, em contato com a mente álgida do receptor, se transformam em chuva de gelo, dando morte momentânea ao verbo sapiente. Quando o terreno muda, adubado pela vida ou pela educação, as palavras congeladas podem se dissolver, e liberam o conhecimento nelas escondido. Platão compara os indivíduos a frutos agrícolas. Uns podem alimentar a vida coletiva, e sua existência melhora o padrão humano em geral. Outros, grãos duros, encruam, não mergulham no alimento comum servido à polis. Eles não entram no circuito pleno das duas palavras essenciais ao ideário platônico e à Grécia no seu todo: paideia kai trophes. Quantos grãos encruados existem, Paulo, na Igreja e na Universidade! Quanta semente infértil, quanto gelo!
Sabemos, desde o teu predecessor de mesmo nome, Paulo, o grande significado da metáfora corporal. Esta também nos envia aos vários saberes, gregos, judaicos, latinos. A realidade plena do Corpus mysticum nos ultrapassa. Mas sabemos que, no interior da comunidade, todos pertencemos ao mesmo sangue, à mesma carne, ao mesmo hálito divino. Sabemos, mas poucos têm a virtude suficiente para viver esta comunhão, num banquete partilhado pelos nossos irmãos, sobretudo aos que se recusa até as migalhas.
Paulo: és pastor e doutor. Sabes, por teoria e vida, o quanto o mestre da República, ele novamente, prezava o cão enquanto imagem da sabedoria. Rabelais conta, na boca de um personagem, que segundo Platão o cachorro, e não tanto o homem, é o animal filosófico por excelência, porque não se contenta com a superfície das coisas e busca a substância alimentícia escondida no interior do osso. E o cão, ainda no ensino platônico, deveria ser o ícone do governante justo: bom e manso para os de casa, feroz para com os inimigos. Em todo o teu período pastoral, à frente de uma das mais violentas dioceses do Brasil, tu defendestes os de casa, os pobres, os perseguidos. E fostes um anteparo contra os lobos. Em tempos de FMI, é bom recordar teu exemplo, porque raramente encontramos estas marcas caninas em nossos magistrados civis. Basta recordar a atitude dos nossos ministros, por ocasião do recente plebiscito sobre a dívida externa brasileira, liderado pela CNBB e pela sociedade política nacional.
O dirigente, pastor de homens, deve incentivar nos dirigidos o amor dos seus iguais, através da philia. Uma cidade inimiga de si mesma, diz o grego, de modo próximo aos Evangelhos, não subsiste. Nas Leis, encontramos a frase bela e terrível sobre a boa cidade, aquela onde é proibido a caça aos homens, e onde as dores e alegrias dos indivíduos são as dores e alegrias do todo, e vice versa. No grande corpo da polis, é preciso que os membros se rejubilem e chorem, em ritmo igual. Se a maioria chora, e a minoria ri, algo errado, doente, encontra-se no corpo.
Mas para que todos percebam o alcance deste viver em comum, é preciso que lhes seja ensinada a sapiência. E aí, recomeça o cântico da educação dos homens através dos tempos. Para que o saber frutifique, alguém precisa sair, e semear... com todos os riscos que isto implique, como as tempestades, os envaidecimentos humanos, as calúnias, os choques, o medo, as esperanças contrariadas. Ninguém semeia tendo certeza da colheita. Cabe a Deus e à sua Providência, definir este ponto. Ou cabe à natureza. Jean Pierre Vernant, um sábio estudioso do conhecimento grego, diz que é bom notar as diferenças da imaginação do mando, no Ocidente e no Oriente.
Enquanto nos apegamos à figura do pastor, dinâmica por excelência, a China idealiza o dirigente como jardineiro que assiste o crescimento das plantas, sem intervir indiscretamente, e sem retirar o movimento dos liderados. Raros homens que exercem o mando unem as virtudes do pastor e as do jardineiro. Teu governo, na diocese de São Paulo, jungiu estes dois valores. Corajoso, como só podem ser os homens de fé e cheios de retidão, teu comando empurrou os tíbios para a defesa da vida humana, sobretudo na época mais negra de nossa história, tempo do poder castrense, apoiado no terror e na tortura, na morte e no desaparecimento dos que não aceitavam o fim da sociedade civil. Mas além da tua liderança, como pastor intrépido, ressaltou diante do mundo e do Brasil a tua paciência de jardineiro das almas.
Ensinastes, semeando nos sermões, nas praças públicas, nos atos contra as atrocidades, nos cárceres, nas favelas, nas mansões dos ricos, nos palácios dos poderosos. Sempre igual e sempre diverso, conforme é imperativo do lavrador evangélico, grego com os gregos, romano com os romanos. Não foram esquecidos em tua vigília pastoral os irmãos reformados, os judeus, os seguidores do Alcorão e os sem crença. Todos são unânimes ao agradecer a presença do teu báculo amigo. Nenhum brasileiro esquecerá tuas palavras impregnadas de cólera divina, na cerimônia fúnebre onde choramos Wladimir Herzog, as frases que recuperaram a dignidade plena da Igreja e do povo brasileiro, no crepúsculo de sinistra ditadura. Este lado é uma das faces mais sublimes de nosso hóspede. Ele merece nosso aplauso também por razões especulativas, acadêmicas.
Quando Paulo Evaristo Arns começou a semear, preparou boas sementes. O humilde franciscano rumou para a Sorbonne, onde aprendeu os mistérios dos livros e do Livro, alimentando-se dos frutos produzidos por Jerônimo e todos os que ajudaram a edificar um jardim espiritual de vastidões infinitas. Paulo mereceu o título de doutor, com um trabalho acadêmico que ilumina aspectos importantes da nossa civilização. Após mergulhar nas fontes do Verbo, ele retornou ao Brasil, onde exerceu a cura d´almas, sempre proclamando a palavra, humana e divina, com prudência e coragem. Praticou os mandamentos de Cristo ao visitar os doentes, atender os presos, lutar pela família e pela dignidade da pessoa humana.
Neste ato, Paulo, não cabem muitas palavras. O silêncio respeitoso diante de tua figura ímpar, vale mais do que longos discursos. Bem vindo entre nós, que tentamos cultivar o Logos, tu que és um dos mais belos exemplos da semeadura do Verbo encarnado. A Unicamp te homenageia com a sua joia mais rara, o seu título mais essencial, mais precioso. Ela tem certeza de que tu o mereces e que ela merece a tua presença. Esta alegria é a nossa festa de hoje. Nas antigas cerimônias de entronização papal, após o ofício divino, o carmelengo entregava ao novo pontífice uma bolsa com moedas de ouro, pro missa bene cantata. Não temos espécies materiais, mas este título é áureo no espírito, e nós te entregamos a honra de Doutor Honoris Causa pela Unicamp, pro vita bene cantata. Deus te proteja e nos salve. Professor Roberto Romano
"A vida é bela e estou contente de dá-la. Quero que saibais isto” (ibid). No dia 24 de julho foi assassinado. Ao interpretar a parábola do semeador, o padre Ezequiel Ramin, no final do curso de inculturação, em Brasília, escreveu profeticamente para sua terra: “O semeador não volta para casa” (15.06.1984, p. 71)!
De 2015 para cá, quase 92 mil desses animais foram destinados ao mercado legal e ilegal de pele. Especialistas alertam para possibilidade de extinção de um dos símbolos da fauna brasileira
Abate de jumentos cresce 8.000% no Brasil e já ameaça a espécie
Aprendam! Dignidade, liberdade resgatsm-se assim.
por Achille Mbembe:
“….proceda-se imediatamente a um recolhimento tão minucioso quanto possível das estátuas e dos monumentos coloniais. Que se reúna todos em um único parque que servirá, ao mesmo tempo, de museu para as gerações por vir. Esse parque-museu pan-africano servirá de sepultura simbólica para o colonialismo neste continente. Uma vez que este sepultamento tenha ocorrido, que não seja jamais permitido utilizar a colonização como pretexto das nossas infelicidades do presente. Em seguida, que nunca se permita erigir estátuas a ninguém, seja lá quem for. E que, ao contrário, floresçam bibliotecas, teatros, espaços culturais, tudo isso que nutrirá, desde o presente, a criatividade cultural do amanhã.” Leia aqui.
Sou servidor público federal desde 2009. Dou aulas, oriento pesquisas, edito livros, publico artigos, atuo em projetos de extensão junto a comunidades.
Meu salário ANUAL é menor do que o que Braga Netto recebeu no MÊS de junho. O ministro faz o quê mesmo?!
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O governo Bolsonaro é o governo da mamata.
Paulo Guedes, o ministro que chama os funcionários públicos de parasitas, recebe R$8,2 mil por mês SÓ DE AUXILIO MORADIA.
Isso é maior que o salário da maior parte dos servidores.
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O que o presidente da República gasta de dinheiro público SOMENTE EM SUAS FÉRIAS (R$2,5 milhões) é maior do que o salário de professores da educação pública recebem DURANTE TODA SUA CARREIRA.
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A reforma administrativa proposta pelo governo enfraquece os serviços públicos sem atacar os privilégios. Ademais, enfraquecer a entrada de servidores por concurso público pode muito bem servir para quem quer encher os poderes de funcionários fantasmas que devolvem parte de seus salários para aqueles responsáveis pela contratação (crime de peculato que se chama).
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Sério mesmo que os "especialistas" e os gestores pensam que bastarão um reforçozinho aqui, uma recuperaçãozinha ali e uma atividadezinha acolá para a escola ser reaberta depois de um ano e meio fechada? Eu conto ou vocês contam que será preciso uma nova escola? Ou não precisamos contar porque eles sabem muito bem e fingem que não sabem?
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