Após ser hostilizado por bolsonaristas durante missas, padre deve entrar em programa de proteção

adre Lino Allegri, durante celebração: vítima de agressões de bolsonaristas (Foto: Reprodução | Jornal Opção)

Mais Lidos

  • “O capitalismo do século XXI é incapaz de atender às necessidades sociais da maioria da população mundial”. Entrevista com Michael Roberts

    LER MAIS
  • Zohran Mamdani está reescrevendo as regras políticas em torno do apoio a Israel. Artigo de Kenneth Roth

    LER MAIS
  • Guiné-Bissau junta-se aos países do "cinturão de golpes militares" do Sahel e da África Ocidental

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

20 Julho 2021

 

Pároco de 82 anos em Fortaleza, Lino Allegri foi ofendido aos gritos em duas celebrações recentes.

A reportagem é de Elder Dias, publicada por Jornal Opção, 18-07-2021.

Um padre do Ceará deve ingressar no Programa Estadual de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH) após ter sido hostilizado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O pároco Lino Allegri, de 82 anos, foi agredido verbalmente duas vezes durante missas celebradas em Fortaleza, no mês de julho.

O pedido de inserção do padre no programa de proteção partiu de membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH) e da Defensoria Pública e do Ministério Público estaduais segundo informações do jornal cearense Diário do Nordeste. O PPDDH tem objetivo de proteger pessoas que se encontram em situação de risco, vulnerabilidade ou ameaça decorrentes de sua atividade profissional.

As últimas ofensas ocorreram enquanto Allegri realizava um ato litúrgico na manhã do domingo, 11. A celebração era transmitida pela internet e as imagens mostram quando um homem entra na Paróquia Nossa Senhora da Paz e começa a gritar com o pároco. É possível ouvir o homem afirmar, aos berros, que “este padre [Lino Allegri] transformou o altar em um palanque político”.

No domingo anterior, Allegri havia sido ofendido pelo menos oito pessoas. As agressões verbais ocorreram logo que o padre lamentou as mais de 500 mil mortes causadas pela pandemia no Brasil. O sacerdote relatou que ele e outros membros da igreja têm recebido ameaças constantes. As tentativas de intimidação são feitas por meio de mensagens privadas nas redes sociais da paróquia e também pelo WhatsApp.

 

Leia mais