11 Fevereiro 2021
Foto: Reprodução Facebook
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Não estamos do mesmo lado
Quando Pedro se levantou da mesa dos gentios quando viu chegar os fundamentalistas da parte de Tiago, Paulo o chamou de frouxo. Ele ficou do lado dos gentios e comeu com eles à mesa.
Quando Karl Barth viu uma lista de pastores assinando um Manifesto para mostrar apoio ao Führer, não teve dúvida, ficou do lado dos excluídos da Igreja Evangélica Alemã e disse com todas as letras: "Vocês não são mais uma Igreja Cristã".
Quando Dietrich Bonhoeffer, em 1939, viu Hitler anunciar o seu macabro objetivo de destruir os judeus, não teve dúvida, ficou ao lado deles e decidiu que havia chegado a hora de entrar na resistência clandestina com um único objetivo: matar Hitler.
Quando Martin Luther King viu seus irmãos negros serem massacrados por um "apartheid legal", não teve dúvida, ficou ao lado dos negros, mesmo com a grande maioria da igreja que ele fazia parte ser, predominantemente, racista.
Quando uma igreja toma a defesa de um poder político em apoio irrestrito, mesmo diante das mazelas sociais e de muitos irmãos passando fome e sem qualquer perspectiva de mudança, essa igreja e seus pastores já não tem qualquer relevância histórica.
Assim, quando fazemos a opção pelo núcleo combativo do Evangelho-protestantismo, dizemos em alto e bom som que não estamos do mesmo lado.
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A pedido das organizações indígenas de Roraima, preocupadas com o impacto do garimpo nas comunidades indígenas, o partido REDE Sustentabilidade encaminhou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a lei do Governo do Estado que regulamenta o licenciamento ambiental para garimpo em Roraima. A Lei nº 1.453, de 8 de fevereiro de 2021, foi sancionada hoje(09), sem veto, pelo governador Antonio Denarium (sem partido).
A lei estadual permite a concessão de lavra garimpeira sem obtenção de estudos prévios, além de autorizar embarcações de qualquer natureza a operar no garimpo, bem como escavadeiras hidráulicas, bico jato e aparelhos de escarificação hidráulico de fundo podem ser usados, dentre outras. Esses equipamentos usados na exploração mineral têm um alto poder destrutivo da natureza.
Um das principais preocupações apresentadas na ADI é com o meio ambiente, resguardado pela Constituição Federal. “A Constituição estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, lembrou a REDE ao citar o artigo 225 da CF.
Líder da REDE, a deputada Joenia Wapichana reforçou o posicionamento contrário à lei, a qual considera inconstitucional e prejudicial ao meio ambiente. No dia 14 deste mês, a parlamentar adiantou às organizações indígenas sua preocupação com o projeto e, na oportunidade, garantiu que a REDE entraria com a ADI tão logo sancionada, ato concretizado hoje.
“A pedido das organizações indígenas que estão preocupadas com as questões socioambientais do Estado, ingressamos através da REDE, com a ADI no STF. É uma ação para resguardar os direitos constitucionais de todos”, reforçou a parlamentar.
Acionada pelas organizações indígenas de Roraima, a deputada conhece a gravidade do problema para as populações indígenas não apenas locais, mas de todo o país. Por isso, a REDE Sustentabilidade, por meio do mandato, decidiu formalizar a ação na mais alta Corte da Justiça Brasileira.
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Em defesa da Campanha Fraternidade Ecumênica 2021
Em defesa do empenho ecumênico da Igreja Católica
Nós, leigos, leigas, religiosos, religiosas e padres, membros do Observatório Eclesial Brasil, queremos nos manifestar em defesa da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 (Fraternidade e diálogo: compromisso de amor) e em apoio ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) e às pessoas que participaram da organização da campanha. Grupos católicos integristas, na contramão dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, atacam a V Campanha da Fraternidade Ecumênica fazendo afirmações injuriosas e que distorcem fatos e o texto-base e demais documentos da campanha. Esses grupos negam todo o processo de inserção da Igreja Católica no movimento ecumênico inaugurado pelo Papa João XXIII e assumido pelo Concílio e por todo o magistério pós-conciliar. Desta forma, esses grupos rejeitam o rico diálogo fraterno que nos últimos sessenta anos tem dado testemunho do empenho ecumênico em resposta ao apelo de Jesus no Evangelho de João: “Que todos sejam um” (17,21). Além disso, se colocam acima do magistério e como os únicos que têm a chave da interpretação da doutrina católica. A Igreja Católica brasileira, inspirada pelo Concílio, tem envidado muitos esforços para favorecer o diálogo com as igrejas cristãs. A fundação do CONIC no ano de 1982, com a participação da Igreja Católica brasileira, é um dos sinais dos tempos da caminhada ecumênica no Brasil. Por isso, nesta nota reiteramos que: 1) O gesto de espalhar a injúria, desrespeitar pessoas e fazer afirmações infundadas dissemina a mentira e o ódio dentro da Igreja católica e entre as igrejas envolvidas no movimento ecumênico; 2) A CNBB é uma entidade que representa não somente os bispos mas também a igreja do Brasil e testemunha historicamente o compromisso social dos cristãos; 3) O empenho ecumênico é intrínseco ao ser cristão; 4) A rejeição ao ecumenismo é um desserviço à causa do Reino de Deus; 5) A Campanha da Fraternidade Ecumênica é, no Brasil, um dos melhores sinais de convivência fraterna de igrejas que procuram superar a divisão. São Paulo, 10 de fevereiro de 2021.
Observatório Eclesial Brasil
Grato
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Né?
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Foi para tal fim que se fez o golpe, "com STf com tudo". Foi para tal fim que se destituiu Dilma. Foi para tal fim que Luis Inácio da Silva foi preso. O projeto retorno a 1500 segue em ritmo célere. Mas, como disse Miriam Leitão, "accountability" é prestar contas "ao investidor estrangeiro". Sou dos que não deixaram passar o crime de lesa soberania popular cometido pela suposta jornalista. Ah, e por favor, não venham dizer que ela sofreu na ditadura. No mínimo adquiriu a síndrome de Estocolmo, tal sua identificação com torturadores, golpistas e meliantes de todos os tipos e para todos os gostos. Além de tudo, trata-se de analfabetismo político e histórico.
Accountability, imperante na Revolução republicana inglesa do século 17 (leia-se o livro The Tenure of Kings and Magistrates do imortal Milton) era o dever do encarregado por qualquer cargo de prestar contas ao povo de seus atos, das finanças, da vida dos governados. A iletrada Miriam, no desespero de servir seus mestres do "mercado" sequer conhece a semântica do termo accountability. É de enojar. Roberto Romano
Disponível aqui.
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Padre Paulo Ricardo é o nome da gralha satânica que mesmo sendo padre resolveu espalhar ódio, mentira e discórdia no interior da sua própria Igreja contra a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, ele é o mesmo que posa com arma na mão ao lado do sectário criminoso Olavo de Carvalho...
Tempos sombrios, onde alguns "católicos" apoiam um genocida e são contra a Campanha da Fraternidade!
Grato
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BBB21: O que é lugar de fala?
Nos últimos dias nós assistimos pessoas negras falaram várias coisas absurdas no #BBB21, como se o fato de serem negras desse elas autoridade de dizer quem é negro e quem sofre racismo.
Só que o fato é: Ter lugar de fala não é ter autoridade, e sim ponto de vista. Mais do que isso: ter lugar de fala não significa saber o que tá falando.
Assista no YouTube:
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O expressionismo e a condição humana: o valor mercantil da arte em tempos de crueldade.
Refletindo sobre as razões pelas quais em tempos de banalização da crueldade as telas que alcançam valor mais alto nos leilões de obras de arte tem relação com o expressionismo. Através dos pincéis dos expressionista a dor, o sofrimento e figuras distorcidas buscam sempre nos forçar a pensar nas perguntas sobre a condição humana sempre velada pela razão cínica.
Houve época que precisamos do distanciamento pictórico para ver o sorriso espontâneo, para ver o corpo ordenado pela geometria da busca da beleza. O que na história que conhecemos das artes plásticas, em especial da pintura, nunca deixou de ser acompanhado pela alegoria do sofrimento, pelas figuras da realidade ou pelo retrato das guerras e flagelos como em Goya ou mesmo em Picasso. Para não falar do corpo na leitura do pecado e do martírio. Mas é finalmente com Edvard Munch (1863-1944) e Francis Bacon (1909-1992) que temos uma estranha mistura do extremo do que nos fala como uma escrita do corpo.
Partindo do grito em seus extremos poéticos, em seu desafiante modo técnico, em sua expressividade que acompanha as escritas que falam de desamparo, de certa forma se aproximando das condições que nos permitem entender o sentido da crueldade, como no teatro de Antonin Artaud. O fato é que obras distintas na chave dos "expressionismus" articulam uma chave diferente da beleza quando trazem a inquietude pelo que dizem do que somos ou do que tememos.
O interessante é que o mercado mede o valor das obras destes artistas, situadas entre as que obtém os preços mais altos. Curiosa percepção paradoxal do mercado para definir o que pode ter um valor para a cultura humana. Já através das obras de Munch a Bacon podemos ser convidados a compreender a complexidade dos nossos desamparos, desejos e mesmo aquilo que nos instiga ou atrai como caminho para entendermos o quanto a corpo sofre ou se metamorfoseia. Vemos as formas impensáveis do acesso e do extremo para falar da condição humana sem nenhum revestimento de beleza do tipo "renascentista" mas com a extraordinária expressividade da estranha beleza que permite falar em arte.
Ensaios sobre a cegueira ou personagens da guerra híbrida?
Leiam o artigo do Professor Piero Leiner para quem tenta entender os valores e trágica contribuição de um tipo de formação e visão de mundo, que sustenta nossa combinação de formas de dominação, desde de uma fonte autêntica. Uma espécie de retrato do porque chegamos ao maior desgoverno de nossa história. Quem sustenta esta imensa "plantation" e a acumulação, saque e colonialidade que nos torna um país tão desigual, cruel e destrutivo? Como é possível liberar a brutalidade miliciana e armar as hordas milicianas sob a batuta da tutela militar?
Como dito no artigo precisaríamos ter, como tivemos a construção elaborada de uma distância, um nexo corporativo, sem o qual não seria possível a cegueira antipopular, anti-republicana e a defesa lamentável da identificação com valores que levam a conspirar para enaltecer a injustiça social e ambiental.
O antropólogo Piero Leiner (UFSCAR):
Algumas considerações sobre o livro que acaba de sair com entrevistas do Gen. Villas Bôas. Mais detalhes vou falar no DE de 6a, por isso vou passar apenas um "sobrevoo" aqui.
Se eu fosse dizer em uma palavra o que o resume, diria que é um "memorial", em que ele coloca o nome de todos e todas que passaram pela vida dele. As entrevistas foram revisadas por 7 meses e alteradas o suficiente para perder qualquer traço de espontaneidade. Nos agradecimentos já é possível ver que houve um controle do resultado final, feito especialmente por um de seus revisores, Sergio Etchegoyen. São amigos desde os 6 anos, e a parte que ele relata o papel deste no GSI é particularmente interessante. Ou, "como virou homem forte do governo Temer". Tudo em tom laudatório, salta aos olhos como todo mundo no EB é sensacional (em comparação com os paisanos, a começar dos políticos; VB trabalhou no Congresso, e conta como políticos era sujeitos de lobbies e pediam coisas idiotas, como livrar um parente de serviço militar; daí se vê como foi fácil montar dossiês...).
É um livro que talvez tenha sido pensado mais como homenagem aos amigos (e se vê como isso é um "ponto de referência na leitura de mundo militar), do que para ser um documento com grande valor histórico para os analistas paisanos; mas talvez acabe o sendo, pelas coisas que diz nas entrelinhas. Vai dar um certo trabalho de análise... Sendo assim, em resumo, é uma peça laudatória. Há muita coisa ali, embora a parte que qualquer 1 mais espera, que foram os anos de comando e especialmente 2016-2019, esteja bem contida, calculada. Das coisas que mais me sobressaíram, diria que são:
a) é impressionante o desprezo (no sentido de quem ignora) que ele tem pelos civis; tudo no mundo militar é melhor, incrível e sem falhas. Quando há falhas, elas dizem respeito tão e somente ao próprio "mundo militar" e "lá dentro" são corrigidas. Toda aquela coisa "cosmológica" que parte do grande divisor "militares x paisanos", isso estrutura toda vida militar. Daí se vê em um trecho algo como "tínhamos uma convivência normal com o MUNDO EXTERIOR". Típica frase que sai da boca de oficiais, realmente essa ideia de que a sociedade, enfim, o Brasil, é um "mundo exterior" é talvez o protoplasma de todos os outros problemas. Na página 79 ele fala que a AMAN propicia criar o que eles chamam de "imitação da realidade". Nada mais claro que isso. Eles convertem o "real" em um simulacro e a partir daí ficam rodando o próprio software para interpretar o mundo. É um "phantasma" mesmo, imagem que se dissocia de sua fonte e perambula por aí; por isso mesmo botei a palavra "espectro" naquele livro... Como tudo diz respeito a esse mundo que gira em modo de repetição e cria profecias autorrealizáveis, eles estabelecem "parâmetros" para o software rodar gerenciando I/O (inputs e outputs, digamos assim...). Neles estão os "princípios de lealdade" que são como instruções primárias, que estão em 3 níveis (na página 79): 1) lealdade com os camaradas; 2) lealdade com a Instituição EB; 3) lealdade com os valores da profissão militar (que segundo ele é apta a resolver tudo e a qualquer hora). Alguma palavra sobre lealdade com a Sociedade, o Povo, a Constituição, o País? Acho que ele se esqueceu desses pontos... Seja como for, é por aí que vocês vão perceber como vai ser difícil criar uma brecha entre os camaradas. Quem "sai" acaba levando o carimbo de "comunista" (ver abaixo, item "d"). Parece Matrix, e quase é.
b) Ele sempre teve uma carreira muito privilegiada, não diz isso mas me pareceu claro que o pai ajudou. Pode ser a impressão que fica para um paisano que vê como essas estruturas fechadinhas funcionam (me parece que os sociólogos que curtem um Luhman iam pirar nesse "ecossistema"). Toda vez que ele ia para uma OM aqui e ali, poucos meses depois aparecia um convite para voltar para o Rio, Brasília, etc, etc. Lugares bacanas, se é que me entendem. Diz que o pai o ajudou uma única vez, e isso resultou num dos poucos atritos que teve com um comandante. Para não parecer um privilegiado (talvez não seja, podem por na conta da minha leitura), ele permeia toda narrativa de sua trajetória com um discurso de que todas as tentativas dele de comandar na Amazônia foram frustradas, só acontecendo quando comandou o 1o BIS, lá para frente na carreira (Coronel). A importância disso é que ressalta que ele sempre esteve em posições privilegiadas.
c) Ele mostra um certo bairrismo, particularmente quando se refere à camaradas que vêm do NE e N. Isso para mim foi muito interessante, pois vai na direção de algo que tenho colocado em vários lugares, de que a coisa sulista está emaranhada na conspiração do grupo. A vida dele é cercada pela turma do RS; em outras ocasiões bati o martelo que esse é um ponto MUITO problemático no EB. O enrosco que estamos passando hoje passa por Cruz Alta, o que inclui os civis de lá e das redondezas gaúchas.
d) anti-comunismo pesado (desde criancinha viveu a "ameaça do Brizola" de mandá-los para o paredão, etc. Mais um gauchismo), que obviamente se transformou em antipetismo, usando basicamente dois pretextos: o PT introduziu o "politicamente correto" no Brasil (aparece isso, acho, umas 7 vezes ao longo do livro) e isso é o que está levando o País ao caos; e que o PT sempre teve como "plano" mexer nas promoções e currículos das escolas. Notem que isso se plasma totalmente à utilidade de um Bolsonaro para fazer o papel de "arrasa-quarteirão" ("Bolsonaro nos livrará do politicamente correto", disse ele no seu discurso de despedida). Junto com isso, o que foi uma certa surpresa para mim apenas pela intensidade, vem o "problema indígena". A questão da Raposa Serra do Sol e TI Yanomami teve no mínimo tanto impacto como a CNV. Meu faro de que a coisa começou com a rebelião do Heleno em 2008 estava certo, acho. Foi a partir daí que eles elaboraram um plano de longo prazo. Lembrem-se que para eles o "ambientalismo" é um disfarce do "Movimento Comunista Internacional", então todas essas coisas estão plasmadas. Então isso tem ligações vitais para o imbróglio nascente dessa roubada que acadêmicos americanos acabaram de nos criar com o tal "dossiê" para o Biden, algo que vou comentar depois. Fiquem atentos à Amazônia, 21 e 22 deverão colocar ela no centro de muita coisa. Apenas um dado curioso: no livro ele narra que o fator que o levou a ser nomeado Comandante do EB foi a resolução de um conflito entre os Tenharim, "coisa que só militar sabe resolver" (conflito indígena). Detalhe: segundo ele, isso saiu da boca de José Eduardo Cardoso, então Ministro da Justiça. Sempre ele.
e) Para mim uma das partes mais importantes é a que ele fala do "processo de Transformação do EB". Como já escrevi no livro ("O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida"), contando com depoimentos de militares (e) amigos, esse "processo" é a escritura do "software" que rodou em sua versão 3.1 (tipo "windows", sacam?) em 2018. Nesse ponto, VB incluiu, nessa história de transformação do EB, 7a subchefia e depois "Escritório de Projetos do EB", uma coisa que ele colocou lá que sei não... aparentemente eles colocaram gente para "olhar para a estrutura" da Vale, Petrobras, Odebrecht e Banco Central. Isso diz algo a vocês? Essa para mim foi uma digital, tipo aquela do Rego Barros confessando que em 2018 o "EB entrou no submundo das redes sociais" para ser o principal agente de influência nas redes (alô pessoal do zazap, tá aqui o mapa da mina...).
f) finalmente, o tuíte. Ele confessa que foi escrito pelo alto-comando, não foi saído da própria mão. Todo mundo alterou a redação e ele despachou com Rêgo Barros. Ou seja, foi uma posição do EB, não só do comandante. Isso já está mapeado por um camarada aí no twitter, daqui a pouco todo mundo vai estar reproduzindo...
Enfim, tem muito mais coisas, isso é mais ou menos o que lembrei de cabeça junto coisas que coloquei a um colega esses dias. Os trechos deixo para, como disse, falar no próximo DE...
Ah, antes que me venham com um "como é que se dá voz a esse sujeito?", é bom os/as canceladores/as de plantão se ligarem que aqui a gente tira material para saber "onde foi que se errou", e "onde podemos melhorar", para se utilizar linguagem de telemarketing. E não vão ser eles que vão fazer isso por adesão voluntária.
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É estarrecedor mas periga passar desapercebido: em entrevista hoje ao Estadão, o general Ramos, um dos articuladores políticos do governo, afirma, segundo o jornal, que os generais da ativa “compreendem” a aliança com o Centrão.
Sim, você leu “da ativa”. Está na matéria, para quem quiser conferir.
Então ficamos assim. O Alto Comando do Exército, ou pelo menos parte dele, uma instituição do Estado, sustentada pela sociedade para cumprir missão constitucional específica, é parte ativa da coalizão do atual governo, a quem Ramos presta contas e se justifica publicamente.
Não tenho dúvidas do que isso demonstra a respeito do funcionamento das instituições. Elas estão aí. Operando escancaradamente à luz do dia. Ocorrem apenas que já são outras, distintas das que seguem no papel da carta de 88.
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Grato
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