05 Fevereiro 2021
Valor é superior aos R$ 293 bilhões que foram destinados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para pagamento do auxílio emergencial em todo o ano de 2020. "Dinheiro não falta. Falta vergonha na cara", diz João Pedro Stédile.
A reportagem é de Plinio Teodoro, publicada por Revista Fórum, 04-02-2021.
Alegando que a continuidade do pagamento de auxílio emergencial “quebraria” o Brasil, Jair Bolsonaro esconde de milhões de brasileiros que estão sendo empurrados para a linha da pobreza que renunciou a R$ 348,4 em impostos pago por empresas somente em 2019.
O porcentual representa 25,9% sobre a receita primária líquida e 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Foram R$ 308,4 bilhões de benefícios tributários e R$ 40 bilhões de benefícios financeiros e creditícios, segundo o site do Tribunal de Contas da União.
O valor é maior do que os R$ 293 bilhões que foram destinados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para pagamento do auxílio emergencial em todo o ano de 2020. Os dados são da Câmara Federal.
Desse total, R$ 32,3 bilhões são de isenções aos setores de Agricultura e Agroindústria. A maior fatia, de R$ 75,9 bilhões, foi para o Simples Nacional. Entidades sem fins lucrativos, como igrejas e organizações não governamentais, foram responsáveis por R$ 28,5 bi do total.
“Dinheiro não falta para termos o auxílio emergencial. Falta vergonha na cara”, afirmou João Pedro Stédile, do Movimento Sem Terra (MST), nas redes sociais.
Agora até o TCU reconhece o absurdo, os dados oficiais de 2019 revelam as isenções fiscais de Bolsonaro aos empresários custaram R$348 bilhões ou 25% de toda receita. Dinheiro não falta para termos o auxílio emergencial. Falta vergonha na cara!https://t.co/75BaveFHS9.
— João Pedro Stédile (@stedile_mst) February 4, 2021
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Sem dinheiro para auxílio emergencial, Bolsonaro renunciou a R$ 348 bilhões em impostos a empresários - Instituto Humanitas Unisinos - IHU