Papa lança “ano de São José” em mais uma resposta contra a pandemia

São José. | Imagem: Franciscanos.org

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10 Dezembro 2020

O ano jubilar celebra o 150º aniversário da nomeação do pai adotivo de Jesus como padroeiro da Igreja Universal.

A reportagem é de Xavier Le Normand, publicada por La Croix International, 09-12-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

O papa Francisco oficialmente lançou o “Ano de São José” para marcar o 150º aniversário da nomeação do pai adotivo de Jesus como padroeiro da Igreja Universal.

“Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum santo é mencionado tão frequentemente quanto José, seu esposo”, escreve o Papa em uma nova carta apostólica, publicada em 08 de dezembro, para inaugurar o jubileu.

O texto é intitulado “Patris corde. Com o coração de pai”.

Embora 08 de dezembro esteja mais associado à Festa da Imaculada Conceição, é também a data que, em 1870, Pio IX nomeou São José como padroeiro da Igreja Universal.

O papa Francisco disse que seus próprios planos de escrever a carta apostólica sobre São José “cresceram durante esses meses de pandemia”.

Ele notou que José “tem sido venerado como um pai pelos cristãos” por sua longa-vida “de serviço sacrificial para o mistério da encarnação”.

Enquanto o mundo está sendo atingido pela covid-19, “Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”.

A coragem criativa de São José

Ao longo de Patris corde, Francisco convida seus leitores a aprender com São José, especialmente nesses tempos de dificuldades.

Embora “o desapontamento” e a “rebelião” possam existir, o carpinteiro convida-nos a “deixar de lado nossas próprias ideias para aceitar o curso dos eventos”.

Mesmo em situações duras que parecem “irreversíveis”, a vida revela um “significado profundo”, escreve o Papa.

“Nossas vidas podem ser miraculosamente renascidas se nós encontrarmos coragem para vivê-las de acordo com o Evangelho”, afirmou.

Francisco apresente José como um modelo de “coragem criativa”, uma expressão que o Papa frequentemente usou nos últimos meses diante da impossibilidade de celebrar missas públicas.

Ele disse que apesar “da arrogância e violência dos poderosos do mundo, Deus sempre encontra uma forma de realizar seu plano de salvação”.

O Papa propõe São José como um exemplo de acolhida aos desafios da vida “sem exceção”.

Ele também chama o santo de “especial padroeiro de todos os forçados a deixar suas terras natais por causa da guerra, ódio, perseguição e miséria”.

“Cada pobre, necessitado, pessoa em sofrimento ou morrendo, todo estrangeiro, prisioneiro, pessoa indocumentada é ‘a criança’ que José continua a proteger”, insiste Francisco.

O “ano de São José” culminará em 08 de dezembro de 2021.

Um decreto da Penitenciaria Apostólica disse que o evento quer encorajar à “oração e boas obras”.

E com a ajuda do exemplo de São José e intercessão que procura trazer “conforto e socorro para as sérias tribulações humanas e sociais que cercam o mundo de hoje”.

Indulgência plenária

A Penitenciaria Apostólica reiterou que as condições usuais para os fiéis obterem uma indulgência plenária durante o ano jubilar. Elas incluem confissão, receber comunhão e rezar pelas intenções do Papa.

Os católicos também podem obter uma indulgência recitando o rosário com suas famílias para, para aqueles que estão comprometidos com seus noivos.

O objetivo é que “todas as famílias cristãs sejam estimuladas a recriar o mesmo ambiente de íntima comunhão, amor e oração que existia na Sagrada Família”.

Aqueles que frequentemente recitam uma oração a São José ou aqueles que realizam uma obra de misericórdia também podem obter a indulgência.

A Penitenciaria Apostólica diz que aqueles que não podem se confessar por causa da pandemia ou das restrições de viagem devem rezar a São José, “conforto dos doentes e padroeiro da boa morte, [por] oferecer com confiança a Deus as dores e sofrimentos de suas vidas” .

Os padres são encorajados a estarem “dispostos e generosos” na administração do sacramento da penitência e a levar a comunhão “com frequência” aos doentes.

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