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A sinodalidade é a forma e o estilo da Igreja: discurso de Dom Mario Grech em nome dos novos cardeais

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30 Novembro 2020

"A sinodalidade introduz todos os níveis da vida e da missão da Igreja numa dinâmica de circularidade fecunda: as Igrejas particulares, as províncias e regiões eclesiásticas, a Igreja universal, na qual o Colégio dos Cardeais também oferece a sua parte, estão inseridas nesse processo sinodal que manifesta 'um dinamismo de comunhão que inspira todas as decisões eclesiais'", afirmou o cardeal Mario Grech, bispo emérito de Gozo, em Malta, e secretário-geral do Sínodo dos Bispos, por ocasião do Consistório ordinário público para a criação de 13 novos cardeais. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Santidade,

Convocados ao Consistório em tempos tão graves para a humanidade inteira por causa da pandemia, queremos dirigir o nosso pensamento aos “fratelli tutti” [irmãos todos] que estão na provação. As dramáticas circunstâncias que a Igreja e o mundo estão atravessando nos desafiam a oferecer uma leitura da pandemia que ajude a todos e a cada um a também aproveitar nesta tragédia a oportunidade para “repensar os nossos estilos de vida, as nossas relações, a organização das nossas sociedades e sobretudo o sentido da nossa existência” [1].

Posta como “sacramento, isto é, sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade do gênero humano” [2], a Igreja é chamada a abrir caminhos ou, melhor, a se pôr Ela mesma, novamente, a caminho [3]. Essa é a lição do Concílio Vaticano II, no capítulo II da Lumen gentium, que recupera a ideia do Povo de Deus a caminho [4]: para o Novo Testamento a condição dos cristãos é a dos peregrinos, que vivem no mundo como estrangeiros, sabendo bem que só poderemos alcançar a plenitude no Reino de Deus [5]. Mais uma vez, no início de um novo milênio, o Espírito parece nos dizer que devemos voltar a ser “os do Caminho” (cf. At 9,2).

Uma Igreja que caminha é uma Igreja que “caminha junto” [6]. O Povo de Deus não é uma soma de indivíduos; é o “santo povo fiel de Deus” [7]. Se ela caminha “junto”, não erra o caminho, porque, como totalidade dos batizados, exerce aquela capacidade “infalível in credendo”, o sensus fidei que o senhor tanto nos convida a escutar para discernir “aquilo que o Espírito diz à Igreja” [8]. Eram essas as solicitações que o senhor, Santidade, fez a todos por ocasião do 50º aniversário da instituição do Sínodo, quando desenhava o perfil de uma “Igreja constitutivamente sinodal” [9].

Uma Igreja sinodal é “uma Igreja da escuta” [10]. A escuta recíproca como escuta do Espírito talvez seja a forma mais verdadeira de realizar aquele “pensamento aberto, isto é, incompleto, sempre aberto ao maius de Deus e da Verdade, sempre em desenvolvimento” [11] que o senhor, Santidade, enfatiza de bom grado como disposição do bom filósofo, do bom teólogo, evidentemente também do “bom bispo”. Não se trata, de modo algum, de relativismo; pelo contrário, capta-se aqui o próprio dinamismo da Tradição, em virtude da qual “a Igreja tende para a plenitude da verdade divina, até que nela cheguem a cumprimento as palavras de Deus” [12].

Dentro desse dinamismo, esclarece-se o perfil da Igreja sinodal e da sinodalidade como forma e estilo da Igreja. Essa é a visão que o senhor, Santo Padre, nos propõe com força. A constituição Episcopalis communio [13] tenta implementá-lo, interpretando o Sínodo dos Bispos não mais como evento, mas como processo, no qual estão envolvidos em sinergia o Povo de Deus, o Colégio dos Bispos e o bispo de Roma, cada um segundo a sua função. Gosto de sublinhar o papel irrenunciável que o Povo de Deus desempenha nesse processo. Desse modo, o sensus fidei recupere a sua função ativa, que permite praticar a escuta como princípio de uma Igreja verdadeira e totalmente sinodal.

A sinodalidade introduz todos os níveis da vida e da missão da Igreja numa dinâmica de circularidade fecunda: as Igrejas particulares, as províncias e regiões eclesiásticas, a Igreja universal, na qual o Colégio dos Cardeais também oferece a sua parte, estão inseridas nesse processo sinodal que manifesta “um dinamismo de comunhão que inspira todas as decisões eclesiais” [14].

Essa é a base da tarefa que, juntos, somos chamados a desempenhar e a cujo serviço se coloca a Secretaria do Sínodo. Ela pode colaborar para facilitar as passagens entre os níveis de exercício da sinodalidade. A sua primeira contribuição é precisamente a da escuta: eu já escrevi a todos os bispos, oferecendo a nossa disponibilidade, e muitos, de todas as partes da terra, me confirmaram a importância da escuta recíproca. Mas creio e desejo que a Secretaria possa fazer mais, por exemplo, apoiando os bispos e as Conferências Episcopais no amadurecimento de um estilo sinodal, sem interferir, mas acompanhando os processos em curso nos diversos níveis da vida eclesial.

Essa pode ser a modalidade com que a Secretaria do Sínodo participa do dinamismo da “Igreja em saída” [15], em um mundo que, nas circunstâncias dramáticas que estamos atravessando, precisa ainda mais que a Igreja seja verdadeiramente “sacramento universal de salvação” (LG 48).

Quem nos sustenta é a esperança, dom do Espírito Santo para os tempos difíceis. Charles Péguy, em “O pórtico do mistério da segunda virtude”, a imaginava como “uma menina de nada”, a menor das irmãs, entre a fé, comparada a uma esposa, e a caridade, vista como uma mãe. E concluía: “O povo cristão só presta atenção nas duas irmãs mais velhas, a primeira e a última (…). Cegos que são, não conseguem ver que, em vez disso, é a do meio que arrasta as duas irmãs mais velhas” [16].

“Não deixemos que nos roubem a esperança!” [17]. Que Maria, a Stella maris, que nós, malteses, veneramos sob o título de Nossa Senhora de Ta ‘Pinu, nos infunda essa esperança.

Ao senhor, Santo Padre, que quis nos escolher para um serviço mais direto à Igreja, pedimos que nos abençoe.

 

Notas:

[1] Francisco, encíclica Fratelii tutti, n. 33

[2] Concílio Vaticano II, constituição dogmática Lumen Gentium, n. 1

[3] Antonio Machado, em um poema famoso, escreve: “Caminante, son tus huellas/ el camino, y nada más;/caminante, no hay camino:/ se hace camino al andar./ Al andar se hace el camino/y al volver la vista atrás/se ve la senda que nunca/ se ha de volver a pisar./ Caminante, no hay camino/ sino estelas en el mar” (coleção Campos de Castilla, in “Proverbios y cantares”, XXIX, 1912). O Salmo 77, fazendo memória do relato do Êxodo, diz: “[Ó Deus] Abriste um caminho entre as águas, uma senda nas águas torrenciais, sem deixar rastro dos teus passos. Guiaste o teu povo como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Aarão” (Sl 77,20-21).

[4] O apóstolo Pedro, dirigindo-se aos cristãos das primeiras comunidades como “peregrinos da diáspora” (1Pd 1,1), que residem por um curto período de tempo em terra estrangeira, convidava-os a “se comportar com temor durante este tempo da sua peregrinação” (1Pd 1,17).

[5] Em uma releitura da condição do homem contemporâneo, Duccio Demetrio diz que hoje é preciso “saber existir na mutabilidade, na imprevisibilidade do percurso, até mesmo na perda da meta no meio do caminho. Em uma exaustiva transformação dos caminhos, do solo em que confiamos, dos guias aos quais havíamos nos entregado. Caminhar sem descanso é uma disposição contínua para aprender”: D. Demetrio, “Metafore del cammino”, in “Filosofia del camminare”, Milão, 2005.

[6] O convite do Papa Francisco, no discurso por ocasião do 50º aniversário da constituição do Sínodo dos Bispos, foi o de “caminhar juntos”: “O mundo em que vivemos e ao qual somos chamados a amar e a servir também nas suas contradições exige da Igreja a potencialização das sinergias em todos os âmbitos da sua missão. Precisamente o caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”.

[7] Cf. especialmente a carta do Papa Francisco ao cardeal Ouellet, presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (19 de março de 2016).

[8] Para aquilo que o Papa Francisco entende por sensus fidei, cf. especialmente EG 119.

[9] Francisco, discurso por ocasião do 50º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos (17 de outubro de 2015).

[10] Francisco, discurso no 50º aniversário da instituição do Sínodo.

[11] “O jesuíta deve ser uma pessoa de pensamento incompleto, de pensamento aberto. Houve épocas na Companhia nas quais se viveu um pensamento fechado, rígido, mais instrutivo-ascético do que místico. Não, o jesuíta pensa sempre, constantemente olhando para o horizonte ao qual deve ir tendo Cristo no centro. Essa é a sua verdadeira força. E isso leva a Companhia a estar em busca, a ser criativa, generosa”: entrevista em La Civiltà Cattolica, 164 [2013] vol. 3, 3918, 455. “O bom teólogo e filósofo tem um pensamento aberto, isto é, incompleto, sempre aberto ao maius de Deus e da verdade, sempre em desenvolvimento” [constituição apostólica Veritatis gaudium, 3]

[12] Concílio Vaticano II, constituição dogmática Dei Verbum, n. 8

[13] Francisco, constituição Episcopalis communio sobre o Sínodo dos Bispos (15 de setembro de 2028).

[14] Francisco, discurso no 50º aniversário da instituição do Sínodo.

[15] Cf. Francisco, exortação apostólica Evangelii gaudium, n. 24.

[16] Charles Péguy, “Os mistérios”. “O pórtico da segunda virtude”, Milão, 1978, p. 168.

[17] Francisco, exortação apostólica Evangelii gaudium, n. 86

 

Leia mais

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