Índia. Jesuíta idoso descreve a “alegria” da vida na prisão

Captura de tela de vídeo-mensagem deStan Swamy dois dias antes da sua prisão

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24 Novembro 2020

O padre Stan Swamy disse que ele vê Deus na dor e nos sorrisos de seus colegas de cela na prisão de Mumbai.

A reportagem é de Saji Thomas, publicada por UCA News, 23-11-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Um padre jesuíta idoso, lutando em uma prisão indiana com a sua saúde debilitada, disse que ainda encontra felicidade em ouvir as histórias de outros presos e credita a sua congregação pelo treinamento que o ajuda a enfrentar situações difíceis.

O padre Stan Swamy, de 84 anos, está na Prisão Central Taloja, em Mumbai, capital de Maharashtra, na região oeste da Índia, desde 09 de outubro, depois de ser preso sob acusações de sedição e ligações com rebeldes maoístas.

O padre tem o Mal de Parkinson, uma hérnia e uma idade relativamente alta e não consegue comer ou beber sem a ajuda de outros presos.

Seus colegas ajudam-no a se banhar, lavar as roupas e fazer outras tarefas diárias devido à sua idade a doença.

“Escutar as narrativas da vida dos pobres prisioneiros é minha alegria na prisão Taloja. Eu vejo Deus em suas dores e sorrisos”, disse padre Swamy a um colega jesuíta por uma chamada de telefone.

O padre também revelou sua batalha para beber chá e água sem a ajuda de um canudo ou garrafa depois que as autoridades do presídio recusaram a aceitar que esses utensílios lhe fossem levados para a prisão.

“Agora, eu estou usando uma caneca de bebê, a qual consegui pelo ambulatório da prisão. Eu comuniquei essa necessidade para nossos advogados. Eu ainda estou esperando para receber uma garrafa com canudo”, disse o padre Swamy.

O padre mantém uma atitude de contentamento mesmo em sua luta e a credita a seu treinamento jesuíta e os 50 anos de trabalho com indígenas e dalits.

“Minhas necessidades são limitadas. Os adivasis (população indígena) e a Companhia de Jesus ensinaram-me a levar uma vida simples”, disse.

“A prisão administrativa provê café da manhã, chá, leite, almoço e jantar. Qualquer alimento adicional precisa ser comprado na cantina da prisão duas vezes ao mês”.

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