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Na seara da revolução tecnológica, uma sociedade de incluídos, semi-incluídos e excluídos

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Por: Jonas Jorge da Silva | 24 Novembro 2020

O mundo vive uma revolução tecnológica sem precedentes, plasmada no que muitos estudiosos chamam de Quarta Revolução Industrial ou Revolução 4.0, com profundas consequências para o mundo do trabalho. Com isto, configura-se um cenário na divisão social do trabalho conformado por incluídos, semi-incluídos e excluídos.

Para avaliar as consequências dessas mudanças, no último encontro [online] pela série de debates “Ecologia, economia e trabalho no ciclo da vida”, ocorrido no dia 21 de novembro, o professor da área de Sociologia do Trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Cesar Sanson, debateu o tema “Revolução tecnológica e o futuro do trabalho”.

Jonas Jorge da Silva, do Cepat e Cesar Sanson, da UFRN

A atividade contou com a parceria e o apoio de diversas instituições: Instituto Humanitas Unisinos - IHU, Núcleo de Direitos Humanos da PUCPR, Conselho Nacional do Laicato do Brasil - CNLB, Comunidades de Vida Cristã - CVX, Observatório Nacional Luciano Mendes de Almeida - OLMA, Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Maringá, e Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais - CLACSO, por meio do GT “Futuro do Trabalho e Cuidado da Casa Comum”.

Cesar Sanson destacou o caráter revolucionário das mudanças em curso, pois transformam profundamente os processos de produção e distribuição, criam novos produtos, aumentam a produtividade e acarretam uma reorganização social do trabalho, ou seja, mudam a sociedade.

Essa dimensão já estava presente nas três revoluções anteriores: 1ª Revolução Industrial (1760 a 1840), com a máquina a vapor e as ferrovias; 2ª Revolução Industrial (final do séc. XIX e início do séc. XX), possível com a intensificação no uso da eletricidade e da linha de montagem (produção em massa); 3ª Revolução Industrial (anos 1960), possível pela revolução digital, do computador. Contudo, agora, a Quarta Revolução Industrial se caracteriza por suas rápidas, amplas e profundas mudanças por meio do que Klaus Schwab, em seu livro “A Quarta Revolução Industrial”, ressalta como “a fusão de tecnologias e a interação entre os domínios físicos, digitais e biológicos”.

Entre as características dessa revolução, Sanson mencionou o conhecimento como principal motor. Citando Manuel Castells, lembrou que nos processos atuais o conhecimento não se esgota nos próprios inventos, mas sempre é cumulativo, ou seja, conhecimento gera conhecimento, em um processo sem fim. Com isso, quem detém conhecimento é demandado para postos de trabalho centrais, ao passo que o restante da população se vê cada vez mais submetido a condições precárias de trabalho.

As consequências desse processo são visíveis, por exemplo, em um relatório recente do Fórum Econômico Mundial, ao prever que a automação e a recomposição das formas de trabalho acabarão com 85 milhões de empregos até 2025. É claro que surgirão novos postos de trabalho, mas, novamente, surge a questão de quais serão os requisitos para o preenchimento dessas novas vagas. Grande parte desses empregos também estão sendo fortemente deslocados da indústria para o setor de serviços.

Embora esta Quarta Revolução Industrial acarrete um aumento exponencial da produtividade, isto não se traduz em benefícios para toda a sociedade. O chamado capitalismo de plataforma, por exemplo, fruto da chamada sociedade do conhecimento, com o desenvolvimento da inteligência artificial, tem significado uma brutal concentração da riqueza nas mãos de poucas corporações tecnológicas.

Sanson mencionou que a Covid-19 está acelerando ainda mais as consequências desta revolução tecnológica para o mundo do trabalho. E as transformações não vão parar por aí. Com a tecnologia 5G, todas as disrupções em curso serão ainda mais aprofundadas, naquilo que pode ser considerado uma revolução dentro da revolução. Daí todo o jogo de interesses e conflitos entre os Estados Unidos e a China na disputa pela hegemonia dessa nova tecnologia.

Com todas essas mudanças, a riqueza capitaneada pelas grandes corporações nem sequer passa necessariamente pelas relações de trabalho tradicionais. Sanson ressaltou que, hoje, as empresas lucram com uma produção de valor gratuita, quando em seu tempo livre e de lazer as pessoas utilizam redes sociais, visitam sites, compartilham conteúdos e geram as bases da riqueza para terceiros.

Do deslocamento da sociedade assalariada da antiga indústria às novas dinâmicas de trabalho provenientes das disrupções tecnológicas e da flexibilização trabalhista, surge uma ética capitalista centrada no empreendedorismo, na capacidade do indivíduo em se inventar, ser criativo, buscar soluções individuais. Daí o que Sanson destaca como um momento de reforma das legislações, da normatividade trabalho, com as reformas trabalhistas que vão se impondo para obedecer à nova dinâmica do capitalismo.

Igor Sulaiman Said Felicio Borck, do Cepat, Cesar Sanson, da UFRN e Jonas Jorge da Silva, do Cepat

Com a retirada de direitos, exige-se trabalhadores flexíveis e contratos de trabalho cada vez mais controlados pelo capital, sem a mediação dos Estados. E nesta nova configuração, o capital financeiro também passa a comandar o capital produtivo, com profundas implicações para a sociedade.

Fica claro que este novo momento do capitalismo amplia as desigualdades, cria um abismo entre ricos e pobres. Nesse sentido, Sanson reforça que quem não tem acesso a uma educação adequada, em conformidade com as novas demandas dessa revolução tecnológica, fica para trás.

Vive-se um momento em que se forma três níveis de trabalhadores: os incluídos, que são uma minoria bem formada e remunerada, adaptada às dinâmicas do momento, os semi-incluídos, que são trabalhadores mal remunerados ou informais, com sobretrabalho ou com vínculos de emprego intermitente, e os totalmente excluídos, que são descartados pelo sistema vigente, considerados prescindíveis para esses novos centros de poder, vivendo na pobreza extrema.

Nesse sentido, Sanson reforça que essa nova realidade apresenta desafios gigantescos, no momento de se pensar em novas formas de organização dos trabalhadores. Como pensar em novas formas de emancipação? Qual projeto emancipatório é possível vislumbrar a partir da perspectiva de Antonio Negri, com a potência das multidões?

Por fim, ainda fazendo menção ao esfacelamento da sociedade salarial, Sanson ressalta que a questão que se coloca é a de como garantir as condições para que as pessoas possam viver dignamente. A partir daí, menciona a necessidade de se estabelecer uma renda universal. Se o salário da sociedade industrial não dá mais conta, é preciso estabelecer um salário social. E onde está o dinheiro para isso? Está no mercado financeiro. É preciso recuperar o ganho da produtividade em favor de toda a sociedade.

Sanson lamentou o fato de parte da esquerda brasileira ter tanta dificuldade em entender as bases que justificam a renda universal, limitando-se a classificar a proposta como políticas compensatórias, quando na verdade, em função das profundas mudanças em curso, é cada vez mais fundamental.

Eis a íntegra da exposição e debate

Leia mais

  • A Economia de Francisco. ‘Urge uma nova narrativa da economia’. A vídeomensagem do Papa Francisco
  • A ‘uberização’ e as encruzilhadas do mundo do trabalho. Revista IHU On-Line, nº 503 
  • A volta da barbárie? Desemprego, terceirização, precariedade e flexibilidade dos contratos e da jornada de trabalho. Revista IHU On-Line, nº 484
  • A organização do mundo do trabalho e a modelagem de novas subjetividades. Revista IHU On-Line, nº 416
  • As mutações do mundo do trabalho. Desafios e perspectivas. Revista IHU On-Line, nº 390
  • O mundo do trabalho e a crise sistêmica do capitalismo globalizado. Revista IHU On-line, nº 291
  • A sociedade do trabalho pós-coronavírus favorecerá o capital
  • O trabalho tem futuro? Artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo
  • Debate teórico sobre o lugar do trabalho na sociedade contemporânea
  • A Revolução 4.0 e a reedição das lógicas das revoluções burguesas. Entrevista especial com Gaudêncio Frigotto
  • “Uberização” do trabalho: caminhamos para a servidão, e isso ainda será um privilégio. Entrevista com Ricardo Antunes

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