Amapá sofre novo apagão. Ministério diz que vai investigar causas

Crise de energia no Amapá, apagão em Macapá. | Foto: Rudja Santos/Amazônia Real

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19 Novembro 2020

Corte foi registrado por volta das 21h desta terça-feira. Empresa afirma não haver problema com transformador.

A reportagem é publicada por Brasil de Fato, 18-11-2020.

O Amapá sofreu um novo apagão na noite desta terça-feira (17). A informação sobre o corte de energia foi divulgada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por volta das 21 horas, pelo Twitter. O parlamentar pressionou para que sejam dadas explicações sobre o desabastecimento.

“Atenção, estamos novamente com apagão total no Amapá. É urgente um esclarecimento das autoridades responsáveis sobre o que aconteceu neste momento”, disse o senador, que tem base no estado e mora na capital, Macapá (AP).

O Ministério de Minas e Energia informou que houve uma instabilidade na rede de fornecimento elétrico, prometeu investigar as causas e disse que o sistema seria restabelecido gradualmente.

Segundo Daniel Lima, um dos organizadores do movimento SOS Amapá, houve instabilidade após o novo apagão total, parte do abastecimento chegou a ser restabelecida, mas a energia continuou instável e voltou a cair.

“Estamos muito apreensivos. Minha mãe já está enchendo a caixa, estocando água, porque a gente está com muito medo.”

O presidente do Conselho Estadual de Saúde do Amapá, Kliger Campos, confirmou, por volta das 22 horas, que a energia havia sido cortada às 21 horas em Macapá (AP). “A princípio, a gente pensava que havia sido só aqui no centro, mas, pelos grupos de whatsapp, soubemos que o apagão foi no estado inteiro”, conta.

O Amapá vive uma crise de fornecimento elétrico desde o ultimo dia 3, quando 13 dos seus 16 municípios tiveram o serviço de energia elétrica interrompido. A pane surgiu após um incêndio atingir a subestação de Macapá. A população ficou no escuro durante quatro dias seguidos, até que medidas paliativas começaram a promover um retorno parcial e gradual da energia, cujo fornecimento ainda não foi 100% normalizado. Os moradores têm vivido sob um esquema de rodízio no abastecimento.

A crise tem gerado protestos nas ruas, nas redes sociais e também no ambiente político e jurídico, onde diferentes medidas foram tomadas, incluindo ações de indenização para comerciantes e população em geral.

Empresas

O Brasil de Fato tentou ouvir a Gemini Energy, companhia que tem 80,4% de participação nas linhas de transmissão envolvidas no problema. Por meio de sua assessoria de imprensa, a organização disse que a pane precisa ser confirmada “com as autoridades”.

“Não há nenhum problema no transformador da subestação LMTE, que segue disponível desde a reenergização, em 7 de novembro, e vem operando com alta performance”, afirma a nota enviada ao Brasil de Fato.

A reportagem também procurou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), mas a assessoria da empresa disse ainda não ter informações oficiais sobre o caso.

 

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