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Vaticano II: história, teologia e desafios

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01 Outubro 2020

"Os textos aqui oferecidos são um estímulo para continuar aprofundando os desdobramentos do Vaticano II. Serão de grande utilidade para professores e estudantes de Teologia", escreve Eliseu Wisniewski, mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade do Paraná (PUCPR) e professor na Faculdade Vicentina (FAVI), Curitiba, Paraná, sobre o livro Vaticano II: história, teologia e desafios [1] de Ney de Souza.

Eis o artigo.

O organizador da obra Vaticano II: história, teologia e desafios, Ney de Souza, é pós-doutor em Teologia pela PUC-Rio, doutor e mestre em História Eclesiástica pela Universidade Gregoriana de Roma. Professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia pela PUC-SP; coordenador dos Créditos Teológicos PUC-SP; líder do Grupo de Pesquisa Religião e Política no Brasil Contemporâneo (PUC-SP – CNPq).

A obra está estruturada em três partes e tem o Vaticano II (1962-1965) como eixo articulador - apresentando ao leitor o resultado de pesquisas realizadas no interior do projeto do professor Ney de Souza sobre o Concílio Vaticano II sua recepção e desdobramentos na América Latina.

Na primeira parte do estudo, Igreja testemunha da misericórdia, do diálogo e do encontro no mundo contemporâneo – de autoria de Ney de Souza e Hernane Modena –, os autores, apoiando-se em duas áreas do conhecimento, a histórica e a eclesiológica, trazem como temática o perfil e a ação pastoral da Igreja Católica no mundo contemporâneo à luz do Concílio Vaticano II. Este primeiro bloco está estruturado em três capítulos: 1) A Igreja no mundo contemporâneo - os antecedentes histórico-teológicos do Concílio Vaticano II; 2) Concílio Vaticano II - o olhar da Igreja para si mesma; 3) Igreja, testemunha da misericórdia, do diálogo e do encontro no mundo contemporâneo.

O primeiro capítulo reconstitui o panorama do contexto do Concílio Vaticano I, apresentando alguns elementos da sociedade, que configuraram a Igreja da primeira metade do século XX, aborda algumas características dos pontificados sucessores a Pio IX até o pontificado de João XXIII, quando, por meio desse pontífice, o Concílio Vaticano II foi convocado. O segundo capítulo tem por objetivo analisar, do ponto de vista histórico-teológico, o evento conciliar do Vaticano II. Procura responder questões simples, porém necessárias, para bem compreender a missão do Concílio, tais como: quais as motivações do Papa ao empreender algo de tão grande proporção? Como se deu o desenvolvimento da celebração conciliar e o processo de elaboração dos documentos? E, entre outras, a que será a mais pertinente: qual a eclesiologia que emergiu ao final do evento que foi considerado o Concílio da Igreja sobre a Igreja? Desta forma, o terceiro capítulo aborda algumas características que se encontram presentes na eclesiologia do Vaticano II. Algumas delas não são novas e, na verdade, se confundem ao ser da Igreja e da sua razão de existir. Porém, foram trazidas à luz dos Evangelhos e da Tradição para propor e orientar o caminho que a Igreja inserida no mundo contemporâneo deveria seguir. Elencam-se alguns desses aspectos que mais evidenciam a guinada eclesiológica do Concílio: a Igreja testemunha da misericórdia, a Igreja do diálogo e, por fim, a Igreja do encontro.

Na segunda parte do estudo, Jorge Marcos de Oliveira: atuação pastoral e social durante a Ditadura Militar. A recepção do Vaticano II no ABC paulista – de autoria de Ney de Souza e Arnaldo Cesar Rocha –, os autores abordam o tema das relações entre a Igreja e a Ditadura Militar Brasileira, especificamente no contexto do Grande ABC Paulista, isto é, a partir da prática pastoral de Dom Jorge Marcos de Oliveira, primeiro bispo da Diocese de Santo André. O segundo bloco de estudos está estruturado em três capítulos: 1) O Golpe Militar Brasileiro e a Igreja Católica; 2) O Concílio Vaticano II e a Diocese e Santo André; 3) A prática pastoral de Dom Jorge na Diocese de Santo André – busca-se mostrar uma ruptura do modelo do catolicismo tradicional vigente, de até então, presente no região do ABC Paulista, e observa-se verdadeiramente um catolicismo atuante, vivente, concreto à realidade eclesial e social da época.

O primeiro capítulo objetiva apresentar aspectos do contexto da Ditadura Militar Brasileira. Demonstra as relações existentes entre a Igreja Católica e o Estado Brasileiro, as tensões sociais, a instabilidade política e o apelo por reformas. Procura, ainda, contextualizar o período político conflitivo de Jânio Quadros e a sucessão presidencial com João Goulart, porque de fato, é essencial compreender que esses acontecimentos engendraram de alguma maneira, ou colaboraram para que o golpe militar fosse efetivado. E, assim, entender os desdobramentos sociais e políticos consequentes, a crise brasileira da década de 1960, a qual deflagrou o regime militar brasileiro (1964-1985). No segundo capítulo, num primeiro momento, apresenta-se o cenário histórico do Concílio Vaticano II, percebendo os desdobramentos essenciais pertinentes tanto para a Igreja do Brasil, quanto para a jovem Diocese de Santo André. Busca-se investigar as contribuições de Dom José Marcos de Oliveira, primeiro bispo de Santo André, o qual integrava o grupo de bispos brasileiros que participara do Vaticano II. Num segundo momento, procura-se averiguar a importância do Pacto das Catacumbas na vida pessoal de Dom Jorge Marcos de Oliveira, a partir do renovado compromisso com os pobres, configurando-se desse modo, uma Igreja pobre, serva, próxima dos homens e mulheres de seu tempo. No terceiro capítulo, apresenta-se um histórico da Diocese de Santo André, seus desdobramentos eclesiais para a Igreja presente no ABC Paulista, bem como dados bibliográficos de Dom Jorge, as influências mais significativas dos movimentos pré-conciliares, da Ação Católica e do Centro Dom Vital. Busca-se, num segundo momento estudar a prática pastoral de Dom Jorge em dois períodos bem distintos: o primeiro período de 1954 a 1964 (instalação da Diocese de Santo André até as vésperas do Golpe Civil Militar); o segundo período, mais conflitivo e crítico é de 1964 a 1975 (da instauração do regime ditatorial, das duras intervenções de Dom Jorge em relação ao golpe militar, as participações nas greves e, sobretudo as torturas, violências e mortes que aconteceram no Grande ABC).

Na terceira parte do estudo, Conhecer para conviver: notas sobre o desenvolvimento histórico do Islã e as pontes para o diálogo entre católicos e muçulmanos – de autoria de Bruno Redígolo Cardoso –, apresenta um desafio do mundo contemporâneo: a relação com o diferente, o Outro, especificamente com o Islã e os muçulmanos. Compõem-se de três capítulos: 1) Uma breve história do Islã; 2) A deturpação do sentido religioso islâmico; 3) Coexistência e diálogo entre católicos e muçulmanos. A intenção desses três capítulos não é somente revelar um panorama histórico desta riquíssima cultura e religião, mas suas relações com os cristãos católicos de modo particular a partir do Concílio Vaticano II.

No primeiro capítulo, o autor mostra que para compreender a atual presença islâmica no mundo, é necessário fazer uma viagem no tempo e rever o seu processo histórico, apontando alguns dos mais relevantes episódios na construção desta que, hoje, é a segunda maior religião do planeta e em constante expansão. Destacam-se as revelações ao profeta Maomé e o início familiar do princípio islâmico a expansão religiosa após a morte do profeta; a formação do Corão, similitudes com a Bíblia e seu desfecho próprio. O segundo capítulo apresenta alguns dos possíveis pontos que poderiam justificar a acentuação fundamentalista e radical na expressão de fé islâmica. O intento é ir além desses pontos, buscando compreender o porquê de seus surgimentos e como estes provocaram uma nova leitura, por vezes, generalizada, do muçulmano contemporâneo. Esses indícios históricos mostram de onde haveria de surgir conceitos fundamentalistas da mensagem religiosa, dando espaço para que o Sagrado pudesse ser manipulado para interesses outros. Essa manipulação abriu as portas para que males maiores entrassem no mundo moderno e contemporâneo, como a intolerância, a perseguição e o terror. A partir de então, a essência islâmica ficaria manchada pela deturpação de grupos extremistas. No terceiro capítulo, destaca-se que o diálogo é sempre o caminho da paz verdadeira. Sempre que a luta odiosa e as guerras entraram em cena como instrumento para apaziguar conflitos, vimos, teoricamente, apenas um lado que se beneficiou, enquanto o outro não. Em tempos de encontro entre a pluralidade de culturas, é imprescindível constatar que o diferente não é inferior, mas apenas diferente. Tal diálogo não pressupõe o abandono das próprias convicções ou uma abertura ao sincretismo, ao contrário, antes necessita que os envolvidos estejam íntegros em suas certezas de vida e de fé para, depois, desenvolverem uma relação, sobretudo, de respeito e de amor.

A obra organizada por Ney de Souza é um trabalho de qualidade e irá contribuir de modo expressivo para o aprofundamento deste grande evento eclesial do século XX. Conforme a Constituição Apostólica Humanae Salutis de 25/12/1961, este Concílio nasceu de uma decisão do Papa João XXIII (1881-1963), que pensou “estar os tempos maduros para oferecer à Igreja Católica e a toda família humana um novo Concílio ecumênico que continuasse a série dos vinte grandes sínodos que, ao longo dos séculos, tanto contribuíram para o incremento da graça celeste nos espíritos dos fiéis e para o progresso do cristianismo”.

Da sua realização até os dias atuais somam-se mais de 50 anos. Sua recepção está por se fazer em grande parte, por isso, revisitá-lo e debruçar-se sobre sua eclesiologia torna-se uma tarefa sempre recorrente, sobretudo nos dias atuais quando existem “algumas tentativas de voltar a um certo tipo de eclesiologia e espiritualidade contrárias à renovação do Vaticano II” , na constatação dos Bispos da América Latina, reunidos na 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho, em 2007. Recuperar e manter viva a memória do Vaticano II para que sua mensagem seja uma boa notícia para o mundo de hoje, nisto se dá a contribuição deste livro como o resultado de pesquisas realizadas no interior do projeto de Ney de Souza sobre o Concílio Vaticano II (1962-1965), sua recepção e desdobramentos na América Latina.

Cada um dos capítulos desta obra, indo além do que já se disse, confirmam a vivacidade deste Concílio e como este dinamizou a vida da Igreja e, diante disso, precisa continuar sendo interpretado como dinamismo eclesial de grande atualidade e de notável força para orientar o Cristianismo do presente e do futuro.

Os textos aqui oferecidos são um estímulo para continuar aprofundando os desdobramentos do Vaticano II. Serão de grande utilidade para professores e estudantes de Teologia, sobretudo na primeira parte – excelente introdução ao tema. A segunda e terceira partes oferecem oportunas contribuições para estudiosos da recepção do Vaticano II na Igreja do Brasil, especificamente no ABC Paulista e para o diálogo inter-religioso com os muçulmanos. Cada uma das partes que compõem o livro apresenta referências bibliográficas sobre os três temas aí trabalhados, disponíveis em língua portuguesa.

O trabalho organizado por Ney de Souza é bem-vindo. Que o leitor o confira!

Nota

[1]  SOUZA, Ney de (org.). Vaticano II: história, teologia e desafios. Curitiba: CRV, 2019, 230 p., 16 x 23 mm - ISBN 97885434429839

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