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Manaus é exemplo da precariedade urbana na Amazônia, afirma especialista

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14 Agosto 2020

A periferia da periferia do Brasil. Para Tatiana Schor, secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado do Amazonas, essa é a síntese para descrever a realidade da cidade de Manaus, maior conglomerado humano da Amazônia, com aproximadamente 2 milhões de habitantes. Alto índice de pobreza, falta de planejamento, expansão de áreas insalubres para moradia, mobilidade urbana ineficiente e um sistema público de saúde sucateado formam um contexto urbano marcado por condições precárias e carência de políticas públicas significativas.

A entrevista é de Débora Pinto, publicada por Mongabay, 12-08-2020.

Manaus atingiu o maior índice de mortalidade no Brasil no início da pandemia de covid-19, o que gerou um colapso de seu sistema hospitalar e funerário. Em junho, entre os 20 municípios do país com maior índice de mortalidade pela doença, 12 estavam no estado do Amazonas.

“Podemos encontrar áreas com condições extremas em uma cidade como São Paulo, por exemplo. A diferença é que os estados amazônicos são constantemente considerados como de pouca relevância, nos mais diferentes níveis. Isso dificulta a luta pela melhoria da condição de vida de seus habitantes, 70% deles moradores de cidades”, argumenta Schor.

As particularidades e desafios da Amazônia urbana são os principais objetos de estudo de Tatiana Schor, que é professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde coordena o programa de pesquisa da rede urbana da Calha Solimões-Amazonas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia (Nepecab). Nesta entrevista exclusiva para a Mongabay, ela analisa os equívocos no desenvolvimento do mais importante centro urbano amazônico e destaca como a violência sufoca movimentos de luta por direitos na região.

Tatiana Schor. (Foto: Érico Xavier/Fapeam)

Eis a entrevista.

A cidade de Manaus assumiu um protagonismo dramático durante a epidemia de covid-19, com cenas que chocaram e mobilizaram entidades de defesa da Amazônia no Brasil e no mundo. Como a situação chegou a esse ponto?

Acredito que, primeiro, seja importante ampliar a perspectiva em relação ao território, dispersando algumas percepções que são bastante equivocadas. Uma delas é a de que a malha urbana no Amazonas é formada principalmente por comunidades isoladas, e de que existe um inerente problema de transporte e logística que inviabilizaria um fluxo mais intenso de pessoas e mercadorias. O alastrar da covid-19 vem para mostrar justamente o contrário. Dizem que o coronavírus chegou aos locais pelos rios, como se isso significasse algo muito especial, mas a verdade é que essa é a nossa principal via de transporte — é como dar importância ao fato de em outras realidades a via de propagação serem as estradas.

Não apenas o coronavírus se espalhou velozmente pelo estado do Amazonas como pessoas passaram a buscar na capital diagnóstico e tratamento para a doença, vindas de cidades menores e outros territórios onde a estrutura não contempla atendimento médico qualificado, hospitais com UTI, etc. A cidade não está preparada para essa demanda, o que ficou comprovado pelas terríveis cenas que se espalharam por todo o mundo. Outra delicadeza é o fato de que diferentes etnias podem estar mais vulneráveis ao agravamento da covid-19. Porém, o que observamos é, acredito, resultado principalmente de um projeto de cidade que nunca esteve realmente em diálogo com a floresta e com as necessidades da população. Quando uma situação como a da pandemia acontece, tudo isso fica tragicamente evidente.

O que faz com que essa realidade siga se perpetuando?

Esse é um sistema desigual muito antigo, que foi basicamente se mantendo ao longo do tempo, com alguns poucos sendo favorecidos. Acho importante ressaltar que faltam movimentos fortes da sociedade civil organizada para pressionar o governo apresentando demandas concretas, com cada grupo exigindo o que considera mais importante para a sua melhoria de vida e exigindo os seus direitos.

E por que a luta por direitos é tão frágil em Manaus?

Existe uma espécie de silenciamento que é, creio, uma mistura das opressões históricas e da violência praticada contra lideranças até hoje. Por conta da vastidão do território, foi sendo naturalizada uma narrativa especialmente brutal: as pessoas desaparecem. Em outros lugares você ouve dizer que uma liderança tomou tantos tiros, que foi assassinada. Em Manaus e no Amazonas como um todo, de tempos em tempos você escuta a história de uma liderança que saiu de casa para ir à padaria e simplesmente desapareceu. Eu acredito também que ainda exista a influência da Cabanagem[1]. Penso que temos um mecanismo de opressão que chega pela memória. Não é necessariamente algo consciente mas com certeza atua no imaginário porque foi tudo muito sangrento.

O Polo Industrial de Manaus foi criado exatamente com o intuito de impulsionar o desenvolvimento da cidade. Por que essa estratégia não deu certo?

É inegável a importância do polo industrial, criado em 1967 e até hoje responsável por 90% do PIB do estado. É uma potência que não pode ser descartada. A questão é que nunca existiu uma integração efetiva entre ele e a cidade. Há a geração de recursos mas, na mesma medida, uma consistente concentração de renda, além da grande dificuldade em levar adiante políticas públicas que lidem com as complexidades da cidade, que tem mais de 50% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Como se caracteriza a pobreza em uma cidade onde se misturam culturas ligadas à abundância da floresta?

Para mim o que caracteriza um ribeirinho não é o fato de morar na beira do rio, mas de ter na floresta a sua segurança — não apenas alimentar mas também emocional. Algo similar ocorre com os indígenas. Nesse sentido, a relação com a floresta permite eventualmente acessar recursos que não estariam disponíveis em outras realidades urbanas. Mas aqueles que fixam-se na cidade sofrem de forma direta os impactos de sua condição social vulnerável, que pode levar a situações degradantes, como a aglomeração habitacional em favelas onde há ausência de saneamento básico ou a dificuldade de obter atendimento médico hospitalar quando necessário.

 

Nota:

[1] A Cabanagem foi revolta popular contra o então Império Brasileiro que durou de 1835 a 1840 e que teve seu epicentro na cidade de Belém. Uma intensa insurreição popular ocorrida em Manaus em 1832 é considerada um dos principais antecedentes da revolta. Pelo menos 40% da população da província do Grão Pará — que compreendia os atuais estados do Pará, Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia — foi dizimada.

 

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