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No mistério da cruz, a superação do sofrimento. Como repensar a teologia após o trauma coletivo da pandemia

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24 Julho 2020

"No que diz respeito à teologia fundamental, parece-me que eu posso indicar algumas tarefas imprescindíveis para sua nova normalidade pós-pandêmica: um primeiro apela diz respeito à relação entre experiência religiosa e fé; a segunda tarefa é de se encarregar da teodiceia; e finalmente encontrar na Palavra a nossa história, vicissitudes, angústias e esperanças", escreve Giuseppe Lorizio, padre e teólogo italiano, em artigo publicado por L'Osservatore Romano, 21-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

A pergunta de Theodor Adorno retorna após cada catástrofe: ainda podemos filosofar ou devemos nos resignar ao silêncio? E para o teólogo isso comporta assumir o silêncio de Deus. O terremoto de Lisboa (1755), seguido pelo escárnio de Voltaire em relação a Leibniz, o holocausto, e agora a pandemia, como qualquer outra catástrofe, impõem a renúncia ao pensamento (logos que também é a linguagem) ou um "novo pensamento" (F. Rosenzweig)? E a comunidade de fé pode renunciar à reflexão? Diante da tragédia atual, os fiéis se envolveram sobretudo em duas frentes: aquela que Antonio Rosmini chamaria de "caridade temporal", isto é, a vizinhança e a ajuda das pessoas atingidas pelo vírus em diferentes níveis e aquela da devoção e da invocação. Diante dessas escolhas fundamentais, a opção do silêncio teológico havia me parecido a mais oportuna, até que chegou o grito de um amigo/colega já aposentado: "Vocês nos consolaram, mas não nos iluminaram!".

Disso decorre o empenho assumido de acompanhar os momentos do drama com reflexões teológicas publicadas na mídia. Braços (os meus) retirados do cuidado de corpos e almas, com a pungente pergunta feita por Lázaro ao bom Emanuel: “Pouca teologia, hein? Pouca teologia; religião, religião”, enquanto a irmã Ângela se perguntava se isso também não era teologia (Miguel de Unamuno). E agora? Se é verdade que tudo não será mais como antes, não podemos nos eximir da pergunta: o que acontecerá com a teologia em geral e, em particular, daquela região teológica que sou chamado a habitar na didática e na pesquisa, denominada de teologia fundamental? A menos que tenhamos sido infectados pelo vírus da cegueira, tão bem descrito por José Saramago, não poderemos continuar ensinando e desempenhando as nossas pesquisas como se nada tivesse acontecido. Em particular, a teologia fundamental pede para ser repensada e terá que passar por uma profunda metamorfose, uma vez que a sua vocação é mostrar a credibilidade da revelação cristã no hoje da história.

"Nenhuma palavra altissonante, nem mesmo teológica, tem um imutado direito após Auschwitz" (novamente Adorno). Então uma teologia humilde, bem como uma metafísica humilde - em sentido etimológico não espiritualista - mas não renunciatória, serão capazes de iluminar o consolo e o conforto da piedade. De fato, se somos chamados a vigiar contra toda manifestação idólatra e supersticiosa na relação com o sagrado, não podemos, por nossa vez, recair na idolatria do conceito, das nossas ideias, de nossos filosofismos e de nossas soberbas teologias. E dessa tentação sempre iminente, o papa Francisco nos adverte continuamente, por exemplo, quando avisa em seu twitter de 14 de julho (data histórica e simbólica, muitas vezes evocada ideologicamente): "No dia do juízo, não seremos julgados por nossas ideias, mas pela compaixão que tivemos”.

No que diz respeito à teologia fundamental, parece-me que eu posso indicar algumas tarefas imprescindíveis para sua nova normalidade pós-pandêmica. Um primeiro apelo / tarefa, sobre o qual frequentemente nos interrogamos, independentemente da tragédia, mas que agora adquire outra qualidade especulativa, diz respeito à relação entre experiência religiosa e fé, horizontes que não devemos identificar apressadamente. A epidemia se entrelaçou com a experiência religiosa dos gregos, como mostra Laurent de Sutter em seu livro Cambiare il mondo. L’epidemia e gli dei (Roma, Tlon Editions, 2020, € 3,99), onde emerge com força o tema do "sacrifício", caro a Andrej Tarkovsky. Quando lemos que no período de maior crise se redescobre a oração, nem sempre se trata da vivência de fé. “A maior sacralidade de um templo é dada pelo fato de que nele se chora em comum” (de Unamuno), mas se trata do "choro inútil" de Sólon pela morte de seu filho. Difundir a ideia de que a oração muda apenas a nós mesmos e não a realidade resultará enganosa e distante e nada cristã, pois nossa oração é uma invocação destinada a mudar a realidade, mesmo quando não é imediatamente atendida, na lógica dominante do tudo e agora.

De fato, nossa oração eucarística obtém de Deus que pão e vinho transmutam sua substância no corpo e no sangue de Cristo: não é apenas a nossa maneira de nos colocar diante das espécies eucarísticas que se modifica, mas a própria realidade nelas contida. e que somos convidados a comer e beber. E quando a oração não é atendida, não devemos esquecer o que Dietrich Bonhoeffer escrevia a seu amigo Eberhard Bethge da prisão de Tegel em 14 de agosto de 1944: "Deus não realiza todos os nossos desejos, mas todas as suas promessas, ou seja, ele permanece o senhor do terra [...]". Em Jó e Jesus de Nazaré, Deus realmente atendeu as suas invocações, mantendo todas as suas promessas: ao "paciente" de ‘Uz Ele devolve o que perdeu, como a Jesus a vida que lhe fora tirada. Mas não se trata de retorno puro e simples à vida anterior, mas de uma real e profunda novidade (new normal), doada através do sofrimento e da cruz, porque "o amor é simultaneamente irmão, filho e pai da morte" (de Unamuno).

Jó e o crucifixo impõem uma segunda tarefa ao teólogo fundamental: a de se encarregar da teodiceia, ou seja, da reflexão sobre a relação entre a existência de Deus e o mal do mundo, especialmente na forma de dor inocente. Acontece que os teólogos param, na leitura de Jó na teofania do capítulo 38 do texto sapiencial e na história de Jesus na Sexta-feira Santa, considerando que suas invocações não foram atendidas, adotando assim uma teodiceia apofática e, não sei até que ponto conscientemente, obedecendo à proibição kantiana de colocar em ato toda tentativa de reflexão filosófico-racional sobre o tema da dor inocente. Por seu lado Rosmini rompeu, com sua monumental e brilhante Teodiceia (1845), a proibição kantiana ao trazer a questão de volta à "ordem sobrenatural", isto é, ao oferecer uma teodiceia estaurológica e cristocêntrica, centrada no mistério da cruz e sua realização no mistério pascal. Tal horizonte vai além de uma concepção que vê todo mal (até a pandemia) como punição (teodiceia hamartiocêntrica) e também supera o silêncio absoluto diante do mistério (teodiceia apofática). No século breve, graças ao trabalho de Johann Baptist Metz, aprendemos a explicitar teologicamente a teodiceia. Hoje, o ícone do crucifixo coberto pelos pingos da chuva na oração da Praça de São Pedro, em 27 de março, parece-me apta a expressar essa perspectiva, que o teólogo é chamado a elaborar e articular com o exercício do pensamento de fé.

As duas primeiras perspectivas habitam, respectivamente, os dois sermões do padre Paneloux em A Peste, de Albert Camus, cujo protagonista permanece um não crente. O ícone que excita e comove deve nos fazer pensar e poderá nos converter a um cristianismo autêntico e não convencional. Nesse contexto, trata-se de repensar o "princípio da causalidade", prestando atenção à dinâmica da "causalidade errante" evocada por Platão em Timeu (literalmente uma causa que "desliza", guiada não por um "motor imóvel", mas pelo vento que sopra e transmite também vírus). Mas também superando a fórmula de "permissão do mal" para orientar a reflexão para o fato de que Deus não permite o mal, mas "o sofre". E é essa "compaixão de Deus" que se expressa em nossa compaixão (expressa no twitter do papa). Um paradoxo, porque se Deus não sofresse, não poderia ser compassivo; portanto, se nós não sofrêssemos, não poderíamos ter compaixão por ninguém, nem mesmo por Deus e por seu Filho.

Em terceiro lugar e finalmente, se o trauma se torna um local de invocação e de experiência religiosa, coloca-nos, acima de tudo, diante da Palavra, da qual se gera a fé que salva, como mostrou brilhantemente o teólogo quaker David M. Carr em seu ensaio Santa resilienza. Le origini traumatiche della Bibbia (Brescia, Queriniana, 2020, páginas 272, euro 27). O texto, em nível pessoal, muitas vezes nasce da dor e do trauma de uma doença, da perda de um ente querido, de uma decepção amorosa, mas aqui estamos diante do trauma coletivo, que Israel conta e cristaliza no texto sagrado, enquanto por exemplo, na ocasião do retorno do exílio, encontra o pergaminho do que podemos indicar como proto-Deuteronômio, e os escribas "leram no livro" e comentam o texto, interpretando seu significado.

Portanto, somos chamados, no trauma e no seu pós, não a ler o Livro, mas nele a nossa história, as nossas vicissitudes, as nossas angústias e esperanças. E se a revelação excede às Escrituras, devemos saber como encontrar nas devoções e práticas autênticas e não supersticiosas da piedade popular a mensagem que a Palavra de Deus pretende transmitir às nossas pessoais e comuns existências. Assim, por exemplo, sempre será necessário reconduzir aos mistérios de Jesus, que meditamos no rosário, a nossa oração. É o evangelho que deve ser anunciado, mesmo que não apenas através da leitura, e a história nos ensina que, nas expressões pictóricas, esculturais e arquitetônicas da fé, uma biblia pauperum é dada principalmente àqueles que não têm acesso aos textos bíblicos ou porque não sabem lê-los e interpretá-los ou porque eles se perderiam em sua complexidade.

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