Venezuela. Falso Movimento Católico defende padre jesuíta que classificou migrantes retornados de bioterroristas

Foto: Reprodução Twitter

Mais Lidos

  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

20 Julho 2020

Segundo as fontes consultadas com a Conferência dos Bispos, o Movimento é ilegítimo e financiado pelo governo.

A reportagem é de Ángel Alberto Morillo, publicada por Vida Nueva, 18-07-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

O autodenominado Movimento Católico Venezuelano saiu em defesa de Numa Molina, padre da Companhia de Jesus, que recentemente classificou seus compatriotas de bioterroristas por chegarem pelas chamadas trochas (passagens não oficiais) diante da incapacidade das autoridades de atender ao retorno massivo de migrantes que ficaram sem emprego devido ao coronavírus.

Mediante um vídeo anônimo, difundido pela porta-voz chavista Tania Díaz em sua conta no Twitter, um sujeito afirmou que se solidariza com Molina “frente a este ataque da ultradireita eclesial que quer ferir sua imagem a custo de falsos testemunhos”.

Um movimento fantasma

A mensagem em questão é de autoria de Doily Hernández, um operador político do Partido Socialista da Venezuela, que em seu perfil do Instagram descreve-se como motivador da revolução cristã e da “pátria bolivariana”. Não obstante, este movimento que diz liderar, não conta com site, redes sociais, nem seguidores.

Vida Nueva consultou fontes da Conferência dos Bispos para constatar a autenticidade deste movimento e asseguraram que “trata-se de duas pessoas que se denominam movimento católico venezuelano”, mas “não têm nada a ver com a Conferência”, de fato, são “financiados pelo governo”.

Ainda, expressaram que “se trata de uma campanha de desprestígio para dar a sensação de que a Igreja venezuelana está dividida” e “é um estilo próprio usado em meio ao cerco informativo que o regime de Maduro implementou contra a dissidência”.

 

Leia mais