O Papa nomeia D. Giordana, núncio apostólico, comissário da Fábrica de São Pedro

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01 Julho 2020

Francisco confiou ao Núncio Apostólico a tarefa de reorganizar os escritórios técnico e administrativo: documentos e computadores apreendidos nos escritórios.

A reportagem é de Ester Palma, publicada por Corriere della Sera, 30-06-2020. A tradição é de Luisa Rabolini.

“Seguindo a recente promulgação do Motu Proprio “Sobre a transparência, o controle e a concorrência nos procedimentos de adjudicação de contratos públicos da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”, em 29 de junho, o Santo Padre nomeou Comissário Extraordinário para a Fábrica de São Pedro o Núncio Apostólico, S. Exma. D. Mario Giordana, encarregando-o de atualizar os Estatutos, esclarecer a administração e reorganizar os escritórios administrativo e técnico da Fábrica. Nessa delicada tarefa, o Comissário será assistido por uma comissão”. Esse é o conteúdo de uma nota divulgada hoje pelo Vaticano.

Mas mesmo que siga na direção indicada pelo Motu proprio, a decisão do Papa Francisco de confiar ao ex-núncio de 78 anos da Eslováquia está ligada a uma sinalização encaminhada "pelos escritórios do Auditor Geral, sobre ineficiências administrativas da Fábrica". A nota acrescenta "Nesta delicada tarefa, o Comissário será assistido por uma comissão". No âmbito das investigações soram apreendidos documentos e dispositivos eletrônicos pela manhã nos escritórios técnico e administrativo da instituição. A operação foi autorizada por decreto do Promotor de Justiça do Tribunal, Gian Piero Milano, e do Adjunto, Alessandro Diddi, mediante previa informação à Secretaria de Estado.

A Fábrica de São Pedro nasceu com o projeto da maior, mais conhecida e importante basílica do mundo, o coração do cristianismo no mundo. Com 193 metros de comprimento e 44,5 metros de altura, ocupa uma área de 2,3 hectares, equivalente a dois campos de futebol, possui 11 capelas e 45 altares.

Foi o papa Júlio II, em 1506, que iniciou sua construção, enquanto em 1523 o papa Clemente VII nomeou uma comissão de 60 especialistas ligados diretamente à Santa Sé para supervisionar a construção e administração da Basílica nascida sobre o túmulo de São Pedro.

É presidida desde fevereiro de 2005 pelo cardeal Angelo Comastri, nomeado por João Paulo II e muito apreciado pelo povo cristão da Internet e da TV pelos rosários recitados diariamente ao vivo (com uma média de 4/5 mil ouvintes diários só nas páginas do Facebook da diocese e Roma e do Vatican News), transmitidos justamente de São Pedro durante toda a quarentena e até o final de maio.

Em tempos modernos, foi o papa João Paulo II quem emanou a constituição apostólica Pastor Bonus para reorganizar a administração da "Reverenda Fabrica Sancti Petri": hoje a Fábrica cuida das restaurações contínuas e necessárias das milhares de obras de arte famosas em todo o mundo mantida na Basílica (a principal, a Pietà de Michelangelo) de sua decoração, manutenção e disciplina interna dos guardiões e das visitas dos peregrinos, de acordo com o Capítulo da Basílica do Vaticano.

Entre seus tesouros, há certamente o arquivo histórico, recentemente aberto a estudiosos de todo o mundo, após o trabalho de catalogação e reorganização realizado entre 1960 e 1982 pelo abade Cipriano Cipriani. Entre outras coisas, há a correspondência entre Michelangelo e outros artistas famosíssimos e a Cúria.

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