13 Setembro 2019
"Mesmo dando destaque ao dia 7 de setembro, o Grito dos/as Excluídos/as não quer se limitar a esta data. Vai muito além. Envolve o antes, o durante e o depois. Em preparação ao evento são promovidas rodas de conversa, seminários, fóruns temáticos envolvendo entidades, instituições, movimentos e organizações da sociedade civil fortalecendo as legítimas reivindicações sociais e reforçando a presença solidária da Igreja junto aos mais vulneráveis", escreve Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia da UFG.
A CNBB, em Carta de 5 de julho deste ano - dirigida aos bispos, agentes de pastorais e lideranças - faz uma breve memória do Grito dos/as Excluídos/as, apresenta o sentido do Grito de 7 de setembro de 2019 e pede “efetivo apoio”.
A Carta começa dizendo: “O Grito dos/as Excluídos/as do Brasil caminha para o seu 25º ano. Convém ressaltar que ele é fruto da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema era ‘Fraternidade e os Excluídos’ e o lema: ‘Eras tu, Senhor?’”.
E continua: “Ao contemplar as faces da exclusão na sociedade brasileira, setores ligados às Pastorais Sociais da Igreja optaram por estabelecer canais de diálogo permanente com a sociedade promovendo, a cada ano, na semana da Pátria, o Grito dos/as Excluídos/as”.
Lembra-nos também: “Mesmo dando destaque ao dia 7 de setembro, o Grito dos/as Excluídos/as não quer se limitar a esta data. Vai muito além. Envolve o antes, o durante e o depois. Em preparação ao evento são promovidas rodas de conversa, seminários, fóruns temáticos envolvendo entidades, instituições, movimentos e organizações da sociedade civil fortalecendo as legítimas reivindicações sociais e reforçando a presença solidária da Igreja junto aos mais vulneráveis, sintonizando-a aos seus anseios e possibilitando a construção de uma sociedade mais justa e solidária”.
Trata, pois, do lema do 25º Grito dos/as Excluídos/as 2019: “Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade!”.
E constata: “Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O Ajuste Fiscal, a Reforma Trabalhista aprovada e, agora, o projeto de Reforma da Previdência, estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população”.
Declara ainda: “O Grito precisa colaborar para gerar processos de conscientização e de mobilização social e de profecia da Igreja em defesa dos mais vulneráveis”.
Termina agradecendo “pelo apoio recebido ao longo destes anos” (25 anos) e afirmando que “precisamos continuar a gritar pela vida em primeiro lugar”.
Enfim - por reconhecer que o Grito é uma iniciativa “que desperta para a solidariedade e para a organização, que renova a esperança dos pobres e que os torna sujeitos de uma nova sociedade, sinal do Reino de Deus” - solicita, mais uma vez, o “efetivo apoio” ao Grito dos/as Excluídos/as 2019.
(A Carta é assinada por Dom José Valdeci Santos Mendes. Bispo de Brejo - MA e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sócio Transformadora - CEPAST, da CNBB).
Pessoalmente e como Igrejas (comunidades, paróquias e dioceses) ouçamos a fraterna solicitação da CNBB! Participemos! Sejamos - como Jesus de Nazaré - profetas e profetisas da Vida! “Eu vim para que todos/as tenham Vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Na situação social (sócio-econômico-político-ecológico-cultural) do Brasil de hoje - de perversa e descarada violação dos Direitos Humanos dos/as trabalhadores/as, sobretudo dos/as mais pobres, e dos direitos da nossa Irmã Mãe Terra (violação praticada, muitas vezes, farisaicamente em nome de Deus e do Evangelho) - a omissão é conivência com a injustiça! Meditemos!
Apoiam o 25º Grito dos/as Excluídos/as 2019 e garantem sua participação: Comunidades Eclesiais de Base - CEBs, Pastorais Sociais Ambientais, Centrais Sindicais, Movimentos Populares, Movimento Estudantil de Jovens, Partidos Políticos Populares, Fóruns ou Comitês de Defesa dos Direitos Humanos e outras Organizações.
Em Goiânia, o Movimento Estudantil - com o apoio e participação da UNE - realiza o 4º Tsunami da Educação junto com o Grito dos/as Excluídos/as. Parabéns Jovens Universitários e do Ensino Médio pelo testemunho que vocês estão nos dando de garra e perseverança na luta por outro Brasil possível e necessário!
Como foi comunicado no artigo anterior, em Goiânia, a concentração para o Grito dos/as Excluídos/as 2019 será na Praça da Catedral, dia 7 de setembro, a partir das 8:30 horas, com vasta e diversificada programação de atividades.
Card 25º Grito dos Excluídos. (Divulgação)
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Grito dos/as Excluídos/as 2019: CNBB pede “efetivo apoio” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU