06 Agosto 2019
Nesta segunda-feira, a agência católica estadunidense EWTN, com uma operação coordenada do alto, publicou contemporaneamente em três sites (Aci prensa, Aci stampa e CNA) um serviço dedicado ao encontro no Vaticano, no dia 1º de agosto, entre o Papa Bento XVI e mons. Livio Melina, até poucos dias atrás um dos professores mais conhecidos do "Pontifício Instituto João Paulo II para os estudos sobre o casamento e sobre a família", que desde a publicação dos novos Estatutos do Instituto, esses mesmos setores estadunidenses anti-Bergoglio tomaram como uma bandeira, quase a proclamar o "fim do catolicismo" e, obviamente, para atacar o Papa inclusive com mentiras. Nada de novo. Agora o estilo já é conhecido.
O comentário é de Luis Badilla, jornalista, publicado por Il Sismografo, 05-08- 2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Agora, depois de outras matérias e entrevistas dos últimos dias, a EWTN retorna ao ataque, e acrescenta à fotografia em que vemos o bispo emérito de Roma junto com mons. Melina, a seguinte legenda: "Em 1º de agosto de 2019, o papa emérito Bento XVI quis receber em audiência privada o professor Mons. Livio Melina. Depois de uma longa conversa sobre os recentes acontecimentos no Pontifício Instituto João Paulo II, concedeu sua bênção, manifestando sua pessoal solidariedade e assegurando-lhe sua proximidade em oração."
Em outras palavras, o texto quer nos levar a acreditar que foi Bento XVI que quis se encontrar como prof. Melina para transmitir-lhe a sua solidariedade (obviamente diante do que teria feito o Papa Francisco "contra" Melina e o Instituto).
Esta operação midiática contra o Papa Bergoglio tem um organizador ou cúmplice em alta posição e é isso que nos faz pensar sobre o que está realmente por trás dessa "notícia" que, naturalmente, neste momento está sendo veiculada na rede com grande entusiasmo pelos costumeiros sites e comentaristas.
Há anos se sabe que para se chegar a encontrar o papa emérito, é necessário um específico Nihil obstat e outros ainda para divulgar a notícia do encontro e para distribuir as fotografias. Trata-se de um mecanismo provado e testado que foi usado mais de uma vez justamente para contrapor Joseph Ratzinger e Jorge Mario Bergoglio.
Cabe dizer: críticas e oposições ao Santo Padre são algo legítimo e saudável. Não é legítimo nem saudável que na operação tome parte um colaborador do Pontífice.
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Os “mesmos de sempre” mais uma vez tentam contrapor Bento XVI e o Papa Francisco. Será mais um de seus fracassos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU