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Maria Madalena poderia fazer parte do atual movimento #MeToo?

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29 Julho 2019

No início da semana passada, a Igreja Católica homenageou Santa Maria Madalena, talvez a mulher mais importante do Novo Testamento, além da Virgem Maria, cuja memória no calendário litúrgico foi elevada a festa pelo Papa Francisco em 2016.

A reportagem é de Elise Harris, publicada por Crux, 27-07-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Como fiel discípula de Jesus que o seguiu durante todo o seu ministério, ela esteve presente aos pés da cruz durante a crucificação de Jesus e foi a primeira dos discípulos a ver Jesus após a sua ressurreição dos mortos.

No entanto, apesar do seu papel proeminente nos Evangelhos, Maria Madalena ainda está envolta em mistério. Sabe-se relativamente pouco sobre a sua vida e história, e as teorias mais públicas se centram em torno de uma questão em particular que agita pelo menos alguns teólogos: o status sexual dela.

Quem foi Maria Madalena?

Quando se trata das Escrituras, realmente há algo sobre Maria. Muitas das mulheres importantes dos Evangelhos compartilham esse nome: Maria, Mãe de Jesus, Maria de Betânia, a irmã de Marta, e Maria Madalena, para citar apenas algumas.

Havia duas Marias ao pé da cruz quando Jesus foi crucificado, e distingui-las é uma façanha até mesmo para os católicos comuns.

A Virgem Maria sustenta a mais alta posição entre os santos católicos, no entanto, Maria Madalena foi apelidada de “apóstola dos apóstolos” por São Tomás de Aquino, pois, além de ter sido a primeira a ver Jesus após a sua ressurreição, ela foi a única a quem Jesus encarregou de contar aos outros discípulos sobre a sua ressurreição dos mortos.

Nos ambientes católicos, Maria Madalena é comumente representada como uma prostituta arrependida que, depois de receber o perdão de seus pecados, abandonou sua vida de pecado e seguiu a Jesus.

Mais recentemente, a cultura popular a descreveu até como amante de Jesus no teatro e em livros como “Jesus Cristo Super Star”, de Andrew Lloyd Webber, que retrata Maria como uma prostituta arrependida e apaixonada por Jesus; como “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, que retrata Maria Madalena como esposa de Jesus; e como o novo filme “Ressurreição”, que também mostra Maria como uma prostituta arrependida.

No entanto, de acordo com a teóloga peruana Rocío Figueroa, nenhuma dessas hipóteses é verdadeira.

Professora de Teologia Sistemática no Good Shepherd College, em Auckland, Nova Zelândia, e pesquisadora externa do Centro de Teologia e Assuntos Públicos da Universidade de Otago, Figueroa estudou o tema da sexualidade na Igreja Católica e publicou recentemente um estudo propondo que o próprio Jesus foi vítima de abuso sexual.

Falando com o Crux, Figueroa disse que o que se sabe sobre Maria Madalena a partir das Escrituras é relativamente pouco, mas isso fala muito sobre a sua importância na comunidade cristã primitiva.

Apontando para a referência a Maria Madalena nos Evangelhos de Lucas, Mateus e João, Figueroa disse que as informações coletadas em cada um revelam vários fatos claros sobre ela: que essa Maria em particular era de Magdala; que ela estava entre um certo número de mulheres que seguiam Jesus, além dos 12 apóstolos; que ela estava com ele desde o início do seu ministério até a sua crucificação; e que ela foi a primeira a contar aos outros discípulos sobre a sua ressurreição.

Figueroa disse que o Evangelho de Mateus também mostra que Maria apoiou os discípulos financeiramente, o que significa que ela provavelmente era uma mulher rica e de um status social mais elevado.

A teoria de que Maria era uma prostituta, segundo a teóloga, surgiu apenas por volta do ano 591, quando o Papa Gregório Magno “confundiu” três mulheres no Evangelho: Maria de Magdala, Maria de Betânia e a pecadora que lava os pés de Jesus com suas lágrimas.

Em uma homilia, o Papa Gregório afirmou que “nós acreditamos que aquela que Lucas chama de mulher pecadora, a quem João chama de Maria, é a Maria da qual sete demônios foram expulsos, de acordo com Marcos. E o que esses sete demônios significavam, senão todos os vícios?”.

“Está claro, irmãos, que a mulher, anteriormente, usava o unguento para perfumar a sua carne em atos proibidos (...) Portanto, aquilo que ela mostrava de modo mais escandaloso, ela agora oferecia a Deus de um modo mais digno”, afirmou ele.

Desde então, a representação de Maria Madalena como uma prostituta arrependida se tornou quase comum. Na Irlanda, por exemplo, as famosas “lavanderias de Madalena” abrigavam as chamadas “mulheres decaídas”, e a palavra “Madalena” às vezes era usada como sinônimo de prostituta.

No entanto, “em nenhuma parte das Escrituras, Maria Madalena é identificada como uma prostituta”, disse Figueroa.

Em um ponto, os Evangelhos mencionam que Maria Madalena foi libertada de sete demônios, mas, na época, as questões físicas ou psicológicas também estavam ligadas a doenças espirituais, o que significa que os “demônios” dos quais ela foi libertada “poderiam ser qualquer tipo de doença”, e não necessariamente algo relacionado a uma vida de promiscuidade.

Foi somente em 1969 que o Papa Paulo VI removeu a identificação de Maria Madalena com Maria de Betânia e com a “mulher pecadora” do Calendário Romano, que lista as datas e as celebrações dos santos católicos romanos. No catolicismo oriental, Maria Madalena nunca foi caracterizada como prostituta.

Figueroa disse que o próprio Papa Francisco procurou reabilitar a imagem dela ao reconhecer o seu importante papel nos Evangelhos, estabelecendo uma grande festa a ser celebrada em sua homenagem todos os anos no dia 22 de julho.

“É uma pena que um modelo de mulher tão importante como seguidora de Jesus tenha sido obscurecido pela sua caracterização como prostituta”, disse ela, apontando para o fato de que essa “imagem distorcida” de Maria de Magdala foi amplamente difundida.

A compreensão católica da sexualidade

Na visão de Figueroa, a incompreensão sobre a identidade de Maria Madalena não é apenas um problema do ponto de vista histórico, mas também aponta para um problema mais profundo no pensamento católico.

Tomar uma mulher importante e reduzir sua identidade a teorias exclusivamente focadas em seu status sexual “mostra como as mulheres eram sexualizadas nas sociedades e também nas narrativas bíblicas”, disse Figueroa, observando que, no Antigo Testamento, os pecados sexuais “sempre eram associados às mulheres, e todos os pecados sexuais eram de responsabilidade das mulheres”.

“No Antigo Testamento, encontramos uma cultura do estupro que é normalizada”, disse ela, citando a história de Tamar, no Gênesis, que, segundo a prática tradicional da época, foi repassada aos irmãos do seu falecido marido para gerar um herdeiro.

“Sexualizar as mulheres é uma maneira de marginalizá-las e de controlá-las”, disse Figueroa, observando que a cultura católica tende a destacar e a elogiar o aspecto da virgindade nas mulheres, mas não nos homens.

“Nossas sociedades patriarcais tentaram manter seu poder, e, de maneira inconsciente, muitos homens, ao tentarem expressar suas inibições, chegaram a dois extremos: ou as mulheres eram depravadas e sedutoras, ou eram puras, castas e angelicais.”

Segundo Figueroa, a tendência a esses extremos é uma reação “contra uma mulher forte”.

As chamadas “garotas más” foram aquelas que levantaram suas vozes e não tiveram medo de se pronunciar, disse ela. De acordo com uma certa mentalidade, é mais fácil falar de uma prostituta arrependida do que de uma mulher que foi uma das principais discípulas que apoiou financeiramente a comunidade cristã primitiva, afirmou.

Sexualizar as mulheres “é uma forma de os homens protegerem seu próprio poder”, disse Figueroa, acrescentando que o papel de liderança de Maria Madalena pode ser “desafiador” para que alguns possam compreendê-lo ou aceitá-lo.

Figueroa disse acreditar que a tendência a sexualizar as mulheres é pelo menos uma prova de que “a mentalidade católica sobre a sexualidade humana absolutamente não é saudável”.

É preciso uma nova “teologia da sexualidade”, afirmou, explicando que qualquer conversa séria sobre isso deve incluir resultados produzidos pela ciência, pela psicologia e pela antropologia, e deve incluir mais contribuições dos leigos que são casados.

Ela observou que Francisco às vezes repreendeu “o erro do modo como nos concentramos na ética moral e sexual, e deixamos de falar sobre o cerne da nossa fé: seguir a Jesus Cristo e amar os outros”.

Citando o filósofo católico Emmanuel Mounier, Figueroa disse que a Igreja Católica é “obcecada demais com a sexualidade”.

De acordo com Mounier, disse ela, “o fato de a doutrina ter sido escrita por padres que tinham que viver o celibato reflete a obsessão de alguns deles com a dificuldade em vivê-lo (...). Entre todos os pecados de que as pessoas estão cientes, muitos insistem em pensar que os pecados sexuais são os piores”.

“Isso não é saudável”, disse Figueroa, destacando que “os pecados ‘de sangue frio’ do orgulho e do preconceito são tão prejudiciais quanto os ‘de sangue quente’”.

Maria Madalena, afirmou, “poderia ser facilmente contada entre os membros do movimento #MeToo e do movimento #NunToo. Assim como os apóstolos não acreditaram no seu testemunho sobre a ressurreição, continuamos duvidando do seu papel de liderança da Igreja ao sexualizá-la”.

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