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Argentina. D. Angelelli "beato"

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26 Abril 2019

Enrique Angelelli estava ao lado dos pobres (Foto: http://aportesenlacrisis.blogspot.com)

A partir da década de 1970, as forças armadas argentinas atacaram os setores progressistas da Igreja Católica, considerando-os marxistas subversivos. Os bispos Jaime de Nevares, Enrique Angelelli e Alberto Devoto foram considerados inimigos da pátria e foram alvo de ataques constantes.

A reportagem é de Francesco Strazzari, publicada por Settimana News, 24-04-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

O relato de uma tragédia

Em 1974, começou uma sangrenta perseguição religiosa. Até o golpe de 24 de março de 1976, os crimes pareciam marcados pelo triplo A: Aliança-Anticomunista-Argentina. Entre 1974 e 1983, dezesseis padres católicos foram assassinados ou desapareceram.

Em 4 de agosto de 1976, a emboscada mortal ocorreu contra Enrique Angel Angelelli, bispo de La Rioja. Ele tinha nascido em Córdoba em 1923. Estudou no Colégio Pio Latino-americano, em Roma, e foi ordenado sacerdote em 1949. Assistente ativo da Juventude Operária Cristã (JOC) e da Ação Católica, tornou-se bispo auxiliar em 1960 e tornou-se residente em 1968.

Em sua primeira mensagem dizia: "Eu tenho um ouvido para o evangelho e o outro para o povo". Ele se identificou com as tradições do povo riojano e se envolveu principalmente com as classes mais fracas e oprimidas. Implementou as indicações do Concílio Vaticano II com coragem e obstinação. Foi, sem dúvida, uma figura carismática e deu um novo e corajoso impulso à diocese. Reorganizou as estruturas eclesiais e as cooperativas agrícolas, incomodando os fazendeiros, que fizeram de tudo para que fosse removido e retirado do país.

La Rioja caiu sob o alvo das forças armadas aliadas dos proprietários. Alguns padres foram atacados até a morte. O monsenhor Angelelli escreveu ao núncio dizendo-lhe que sua hora havia chegado.

Em 4 de agosto, ele retornava de Chamical para La Rioja, com provas do desaparecimento, tortura e assassinato dos padres Gabriel Longueville e Carlos de Dios Murias e do leigo Wenceslao Pedernera. Chegando em Punta de Los Llanos, um Peugeot branco forçou-o a uma manobra brusca. O carro derrapou. O sacerdote que viajava com ele perdeu os sentidos. Angelelli foi encontrado morto com os braços em cruz e o crânio esmagado a 25 metros de distância. Muitos anos depois (2012) seria divulgado que o incidente foi provocado e que o bispo foi deliberadamente e barbaramente morto.

Ao seu enterro compareceram o ambíguo e polêmico núncio Pio Laghi e dez bispos. Foi um assassinato como o cardeal Eduardo Pironio teria confirmado em Roma ao teólogo argentino José Miguez Bonino. A Santa Sé estava certa disso, mas a Conferência Episcopal Argentina não disse uma palavra.

Em 2 de agosto de 1986, o bispo de La Rioja, Bernardo Enrique Witte, declarou que havia chegado a hora de investigar a vida, a obra, as virtudes e a "fama da santidade ou do martírio" de seu predecessor Enrique Angelelli. Uma comissão diocesana foi formada por teólogos, juristas, sacerdotes e leigos. "Sem dúvida ele foi um verdadeiro pastor e profeta na tempestade. Foi um sinal de contradição segundo o Evangelho".

Beatos Argentinos (Foto: Acción Católica Argentina)

Igreja e regime

Muito foi discutido e ainda se discute sobre a relação entre a hierarquia católica e a ditadura militar argentina. O episcopado da época pode ser dividido em quatro grupos:

* bispos com voz profética (uma dezena);
* bispos não ligados à ditadura militar, muito empenhados na vida cotidiana em favor dos perseguidos (cerca de sete);
* bispos que acreditavam na honestidade da hierarquia militar e a apoiaram (cerca de cinco);
* bispos que intermediavam com as autoridades militares sem dar sinais proféticos (bispos do silêncio). Entre estes, os cardeais Raul Primatesta e Juan Carlos Aramburu, que chegaram a fechar as portas às famílias das vítimas.

Ildefonso Maria Sansierra, arcebispo de San Juan, foi um dos bispos mais reacionários de todo o episcopado argentino. Afirmava que "os direitos humanos são observados na Argentina" e que, em caso de guerra, "é legítimo torturar, assassinar prisioneiros, roubar, violentar mulheres" (cf. EF Mignone, Iglesia y Dictatura. El papel de la Iglesia a la luz de sus relaciones con el régimen militar).

No dia 8 de abril de 2013, na casa provincial dos Dehonianos em Buenos Aires, o teólogo e escritor, pe. Leonardo Cappelluti, presidente da Conferência dos Religiosos, mostrou-me a carta enviada ao cardeal Primatesta, presidente da Conferência Episcopal, com a qual o convidava a tomar posição contra a junta militar, que, com o golpe de Estado de 24 de março de 1976, tomara o poder. Três dias depois, chegou a resposta. Um lembrete do cardeal Primatesta à simplicidade das pombas e à prudência das serpentes, lembrando aos signatários que há um tempus loquendi e um tempus tacendi: um tempo para falar e um tempo para silenciar.

Em 14 de março de 1978, o cardeal Primatesta, como presidente da Conferência Episcopal, enviou uma carta ao general Videla, chefe da junta, pedindo que ele abrandasse as represálias. Certamente ele não tinha a voz dos profetas.

No poder, a junta, depois de ter demitido Maria Estela Martinez de Perón, apelidada de Isabelita, proibiu os partidos políticos, dissolveu muitos sindicatos e violou as liberdades democráticas.

Trinta mil, mas, segundo algumas fontes, cinquenta mil, foram os desaparecidos; incontáveis detenções, os mortos por um regime, que, segundo o lendário cardeal dom Evaristo Arns, de São Paulo, Brasil, "lutava além do bem e do mal".

Com o bispo Angelelli serão declarados beatos também dois sacerdotes,  Gabriel Longueville e Carlos de Dios Murias, e um leigo, Wenceslao Pedernera. Mártires pela fé.

 Gabriel Longueville (Foto: Pato Gonzalez - Wikimedia Commons)

Carlos de Dios Murias (Foto: Franciscanos.org)

Wenceslao Pedernera (Foto: Vatican News)

 

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