• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A postura do clã Bolsonaro no caso Marielle

Mais Lidos

  • Segundo a ministra-presidente do Supremo Tribunal Militar, o país necessita de vigilância constante

    “O Brasil tem uma tradição autoritária, com surtos de liberalidade”. Entrevista especial com Maria Elizabeth Rocha

    LER MAIS
  • Carta aberta ao Papa Leão XIV: “Chegou a hora de derrubar muros”

    LER MAIS
  • A herança crioula do Papa Leão XIV destaca a complexa história do racismo e da Igreja nos Estados Unidos

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

15 Março 2019

Presidente e filhos se dividiram entre silêncio, desprezo e em minimizar importância do crime ao longo de um ano de investigações. Após prisão de suspeitos, família adota tom mais defensivo.

A reportagem é de Jean-Philip Struck, publicado por Deustche Welle, 14-03-2019.

Brasil, 14 de março de 2018. Horas após os assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, praticamente todos os pré-candidatos à Presidência lamentaram as mortes e cobraram investigações rigorosas. "Barbárie" e "crime grotesco" deram o tom de algumas declarações.

Apenas um pré-candidato não quis comentar, seja para cobrar apuração ou lamentar: Jair Bolsonaro. No dia seguinte, um assessor afirmou que o então deputado não pretendia comentar o caso porque sua "opinião seria polêmica demais".

Nos meses que se seguiram, o futuro presidente e seu clã político intercalariam silêncio com declarações e ações para minimizar a gravidade do crime, manifestando ainda, em algumas ocasiões, desprezo pela comoção nacional e internacional com a morte da vereadora, que atuava na cidade que há décadas é a base eleitoral de Jair Bolsonaro.

"Crime comum" e "mais uma morte no Rio de Janeiro", foram algumas das declarações que partiram inicialmente do clã. Menos de um mês depois do crime, à época da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos filhos do presidente também afirmou que "se Marielle estivesse viva, provavelmente defenderia o ladrão Lula".

Enquanto Jair permanecia em silêncio na semana seguinte ao crime, seus filhos - Carlos, Eduardo e Flávio - usaram as redes sociais tanto para reforçar uma narrativa de crime comum e para demonstrar desconfiança com a hipótese de participação de policiais ou ex-policiais ligados à milícia. Flávio, então deputado estadual no Rio, chegou a publicar no Twitter inicialmente uma mensagem em que lamentava a morte de Marielle. "Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela". Apagou o texto pouco depois. No lugar, publicou uma mensagem prestando solidariedade à família de um PM do Rio que morreu em um assalto.

Em outubro, ele também defenderia dois candidatos do PSL que quebraram uma placa em homenagem a Marielle afixada em uma rua do centro do Rio. Segundo ele, os correligionários "nada mais fizeram do que restaurar a ordem” e que a homenagem havia sido "ilegal".

Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que havia sido colega de Marielle na Câmara Municipal do Rio, também não lamentou a morte e sugeriu que as Nações Unidas eram hipócritas por se manifestarem sobre o caso.  Dois dias depois da morte de Marielle, publicou no Twitter o link de uma reportagem sobre a morte de um empresário em um assalto e escreveu: "Ninguém verá a ONU se manifestar por isso". No final de março de 2018, voltou a usar o mesmo tom ao comentar a morte de um PM  catarinense. "Essa realidade a Globo, a ONU, o PSOL, as feministas e toda esquerda continuarão ignorando."

É surreal! Mais um pai assassinado se torna mais um em meio a mais de 60 mil assassinados por ano (índices maiores que de guerra), mas ninguém verá a ONU se manifestar por isso. Deus nos proteja!. https://t.co/ZbXKMBK3YQ

— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 16 de março de 2018

No Carnaval de 2019, quase um ano após o crime, Carlos também criticou a escola samba Mangueira, que homenageou Marielle em seu desfile. "Dizem que a Mangueira, escola de samba campeã do carnaval e que homenageou Marielle, tem o presidente preso, envolvimento com tráfico, bicheiros e milícias. Esse país está de cabeça pra baixo mesmo."

Já as primeiras manifestações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o caso atacaram a hipótese de que Marielle e Anderson teriam sido mortos por policiais. "Vão falar, refalar, bater, repetir tanto que a vereadora foi executada por um PM mesmo sem uma prova concreta disso. Daí quando surgir uma possibilidade qualquer de se ligar o crime a Policial em particular, pronto, ele já estará condenado”, escreveu no dia 15 de março. No mesmo dia, ele também reproduziu uma mensagem que dizia: "O assassino da vereadora Mirielle Franco (sic)...se for um PM guilhotina, se for um traficante é vítima da sociedade. Assim é a esquerda."

Vão falar, refalar, bater, repetir tanto que a vereadora foi executada por um PM mesmo sem uma prova concreta disso. Daí qnd surgir uma possibilidade qualquer de se ligar o crime a Policial em particular, pronto, ele já estará condenado. pic.twitter.com/vNjKHeaR5d

— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 15 de março de 2018

No início de abril de 2018, Eduardo também reclamou no Twitter da cobertura de manifestações em homenagem a Marielle. "Jornal Nacional: 'manifestantes no Brasil e no exterior homenageiam Mariele'. Só vi imagens fechadas para não mostrar os vazios e poucas pessoas acendendo velas". Eduardo também citou a vereadora após um ato que precedeu a prisão de Lula, em abril. "Quase todo PSOL, inclusive seu presidenciável, estavam (sic) no ato em apoio ao maior corrupto da Terra, Lula. Se Mariele (sic) estivesse viva provavelmente estaria lá a defender o ladrão Lula. Não desejo a morte de ninguém, mas querer meter goela abaixo que PSOL é exemplo de algo também não dá"

Quase tdo PSOL,inclusive seu presidenciável,estavam no ato em apoio ao maior corrupto da Terra, Lula. Se Mariele estivesse viva provavelmente estaria lá a defender o ladrão Lula. Não desejo a morte de ninguém, mas querer meter goela abaixo que PSOL é exemplo de algo tb n dá.

— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) 8 de abril de 2018

Jair Bolsonaro, por sua vez, enquanto era cobrado para se manifestar nos dias seguintes ao crime, usou o Twitter para saudar a descoberta de uma proteína no "leite do ornitorrinco" que pode combater superbactérias. O futuro presidente só rompeu o silêncio no dia 20 de março, e para reclamar da cobrança da imprensa por uma manifestação. "Nos enterros dos PMs nenhum presidenciável foi e vocês não deram porrada neles como dão em mim", disse a jornalistas.

Nos meses seguintes ao crime, em entrevistas, Bolsonaro também minimizaria o caso. "Para a democracia não significa nada. Mais uma morte no Rio de Janeiro e temos que aguardar a investigação", disse ao jornal O Globo no final de abril.

Em maio, quando as investigações apontaram que a morte de Marielle poderia estar relacionada a denúncias da vereadora contra a grilagem de terras por milícias, Bolsonaro chamou de "demagogia" a possível entrada da Polícia Federal no caso. Disse ainda a um jornalista do Portal O Tempo: "qual é a diferença da minha vida e da sua com a da Marielle?". "Num primeiro momento, falaram absurdos: 'Crime político', que era uma mulher ue 'poderia ser presidente da República'. Confesso que mal conhecia a senhora Marielle. (...) É outro crime comum como outro qualquer", disse. 

No mês seguinte, Bolsonaro afirmou que a possível participação de milicianos suspeitos de grilagem de terras nas mortes demonstrava "que não foi crime político". "É econômico. É briga de milícia", disse ao jornal Correio Braziliense. "A grande mídia deu espaço enorme. [Chamou] de 'heroína', 'futura presidente', 'mulher lésbica'. Peraí... Morre gente da sociedade (...) e ninguém toma uma providência. Grande parte das redações são tomadas por gente de esquerda que faz um estardalhaço terrível."

Bolsonaro não voltaria ao tema Marielle até 12 de março de 2019, quando os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos por suspeita de executarem a vereadora e o motorista. A essa altura, uma série de elos já havia associado o clã Bolsonaro ao crime. Em janeiro, uma operação contra milicianos revelou que Flávio havia empregado em seu gabinete a mulher e a mãe de outro ex-PM que chegou a ser apontado como suspeito pelos assassinatos em outra linha de investigação. O ex-PM em questão já havia sido homenageado por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio em 2005 e havia sido defendido por Jair Bolsonaro em um discurso na Câmara meses depois, quando foi condenado por homicídio. O caso levou a imprensa a revisitar antigas declarações do clã de apoio à milícia.

A prisões de Lessa e Queiroz revelaram mais elos. Lessa foi preso em sua casa, que fica no mesmo condomínio fechado em que Jair e Carlos têm suas residências. O delegado do caso também confirmou que um dos filhos do presidente namorou a filha de Lessa. No entanto, a polícia e o Ministério Público apontaram que encaram esses episódios como coincidências. Pouco depois, a Polícia Civil revelou que encontrou 117 fuzis na casa de um comparsa de Lessa, reforçando a suspeita de que ele também era um traficante de armas. Por fim, a imprensa brasileira divulgou uma fotografia de 2011 na qual Élcio Queiroz aparece ao lado de Jair Bolsonaro.  

Quando questionado sobre as prisões, Bolsonaro adotou um tom mais brando, em contraste com a postura de 2018. "Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a esse, se é que foram eles os executores, e o mais importante, quem mandou matar", disse. Com uma postura defensiva, também citou o atentado que sofreu em setembro de 2018, cuja investigação não apontou um mandante. "Também estou interessado em saber quem mandou me matar." Sobre a fotografia ao lado de um dos suspeitos, disse: "Tenho foto com milhares de policiais civis e militares, com milhares no Brasil todo".

No dia seguinte, ainda disse a jornalistas que não mantinha qualquer relação com seu vizinho suspeito pelo crime. "Não lembro desse cara. Meu condomínio tem 150 casas", afirmou. "O que tenho a ver com ele? Não tem vida social no meu condomínio", disse o presidente.

Eduardo, por sua vez, voltou a afirmar que a morte de Marielle e de Anderson não se distingue de outros homicídios e que há "um desespero" para relacionar o crime ao seu pai. "É um desespero para tentar dizer que Bolsonaro tem culpa no cartório. Pelo amor de Deus, tentar fazer essa relação é mais do que absurda, é repugnante", disse ao jornal O Globo. "Esse caso de assassinato é como vários outros casos de assassinato", concluiu.

Seu irmão Flávio também adotou a mesma postura defensiva. "Forçação total de barra. Agora virou fator importante para o crime o cara [Lessa] coincidentemente morar no condomínio dele? Essa narrativa não vai colar, não", disse o senador.

Leia mais

  • O projeto anticrime agiganta o poder persecutório e punitivo do Estado. Entrevista especial com Adriano Pilatti
  • 'Capitalismo gore' e a carnavalização da política. Entrevista especial com Ivana Bentes
  • Segunda fase de investigação sobre crime de Marielle terá novo delegado
  • “Mais importante que prender mercenários é saber quem mandou matar Marielle”, diz viúva da vereadora
  • PM e ex-PM suspeitos de matar Marielle Franco são presos no Rio de Janeiro
  • Suspeito de matar Marielle tinha ódio da esquerda, diz delegado
  • Caso Marielle Franco: enquanto não souber quem mandou matar, o medo não passa, diz ex-chefe de gabinete da vereadora
  • Suspeito de matar Marielle tinha ódio da esquerda, diz delegado
  • Violência contra mulheres quilombolas e assassinato de Marielle Franco são tratados em evento da ONU
  • “A fé no amor!”: o testemunho de Mônica Benício sobre Marielle Franco
  • Marielle assombra Flávio Bolsonaro mais morta do que viva
  • Polícia cumpre mandados relacionados à morte de Marielle Franco
  • Justiça proíbe TV Globo de divulgar inquérito sobre morte de Marielle
  • “Quando dizem que Marielle virou semente, é muito real”
  • Marielle, Bolsonaro e a importância do repúdio à violência na política
  • As ligações dos Bolsonaro com as milícias
  • Plano para assassinar Marcelo Freixo é descoberto por Polícia Civil no Rio
  • "Quem matou Marielle?" Entrevista especial com Bruno Cava, Marcelo Castañeda e Giuseppe Cocco
  • O assassinato de Marielle e o fracasso das políticas de segurança. Entrevista especial com Rachel Barros
  • Marielle e os dois pilares do poder e do capitalismo: o patriarcado e o aparato do Estado penal racista. Entrevista especial com Alana Moraes e José Cláudio Alves
  • Anistia critica "ineficácia" de autoridades no caso Marielle
  • Anistia quer comissão independente para investigar execução de Marielle
  • ‘Efeito Marielle’: mulheres negras entram na política por legado da vereadora
  • Marielle e o futuro dos feminismos
  • Escutas indicam proximidade entre milicianos e vereador investigado por morte de Marielle
  • Marcello Siciliano, de filantropo a vereador acusado de mandar matar Marielle Franco
  • O dia nasce por Marielle e Anderson em vários lugares do país!
  • Um mês e a pergunta continua: quem matou Marielle e Anderson?
  • Repercussão do caso Marielle conseguiu furar bolhas de opinião
  • Como combate a mentiras sobre Marielle superou racha ideológico e pode antecipar guerra eleitoral nas redes

Notícias relacionadas

  • Frases do dia

    Casquinha “O caso do homem nu no Museu de Arte Moderna foi um presente para a bancada dos homens de bem. Desde a semana passada[...]

    LER MAIS
  • Frases do dia

    LER MAIS
  • Após triunfar nas redes, Bolsonaro testa sua influência fora da bolha virtual

    O deputado Jair Bolsonaro quer ser presidente. Ele já se visualiza no segundo turno e, embora nem seja pré-candidato oficial, a[...]

    LER MAIS
  • Frases do dia

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados