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Moradores de prédio que desabou recusam albergues e cobram prefeito

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03 Mai 2018

Famílias não aceitaram a proposta de Bruno Covas (PSDB) de ir para abrigos municipais. Prédio desabou após um incêndio ocorrido na madrugada de terça-feira 1 de maio.

A reportagem é de Tatiana Merlino, publicada por CartaCapital, 03-05-2018 .

Ela era uma das moradoras do antigo prédio da Polícia Federal, que funcionava como ocupação, e desabou após um incêndio ocorrido na madrugada de terça-feira 1º de maio, e desde então, é uma desabrigada. “Albergue não é moradia, é um lugar para dormir. De dia, não podemos ficar lá. A prefeitura está querendo encobrir o problema, jogar para debaixo do pano”, diz, sobre o encaminhamento de pessoas para abrigos municipais após o desabamento do imóvel.

Cícera passou a noite na praça junto com outras famílias que não aceitaram a proposta do prefeito Bruno Covas (PSDB) de ir para abrigos municipais, em geral destinados a pessoas em situação de rua, e montaram um acampamento improvisado na praça. “A gente vai ficar aqui até que tenha alguma proposta real de moradia”, diz.

“Estou em choque”, afirma a mulher de 43 anos, que há seis meses morava no terceiro andar do imóvel, junto com seu marido, José Gildo de Andrade, e a filha, uma bebê de cinco meses.

Era por volta de uma e meia da manhã quando o casal assistia televisão e sentiu cheiro de fumaça. “Meu marido foi ver o que estava acontecendo”. Ouviram gritos e viram fogo. Só deu tempo de avisar uma vizinha de andar, pegar a bebê e descer as escadas correndo. A cama, a televisão, a geladeira, o berço da criança e até o RG ficaram para trás, em chamas.

“Nunca tinha passado por nada parecido. Fiquei desesperado, pensando que ia morrer, sabia que aquilo ia desabar. Só pensava em salvar minha mulher e minha filha”, conta Andrade. As janelas do prédio começaram a estalar. Depois, a quebrar. Nas escadarias, tudo escuro, correria, pessoas se atropelando e um deficiente físico que tentava descer caiu da cadeira de rodas.

O casal que trabalha como ambulante, vendendo água e milho na Rua José Paulino, no centro de São Paulo, deixou a bebê na casa de uma amiga, que mora na Favela do Moinho para que ela não passasse a noite no relento. “O que vamos fazer agora?”, questiona José Gildo, chorando.

Ele afirma que vários conhecidos e vizinhos estão desaparecidos. “Por que eles não estão aqui? Tenho certeza que estão mortos”. Ele lamenta não ter conseguido subir as escadas para tentar salvar crianças e vizinhos que moravam em outros andares, como fez Ricardo, morador que já estava fora do edifício quando decidiu voltar e ajudar famílias que estavam nos andares mais altos e morreu, após cair do prédio, em chamas. “Eu o conhecia bem, ele vendia bolo na rua”, conta.

De acordo com Ricardo Luciano Lima, o Careca, um dos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), que administrava a ocupação do prédio, cerca de 120 pessoas passaram a noite na praça, de terça para quarta-feira 2.

Segundo ele, as famílias vão aguardar lá uma proposta de moradia, que não seja albergue. “Algumas pessoas aceitaram ir, mas as que ficaram não querem. Muitas delas saíram de albergues para morar na ocupação e não querem voltar”, afirma ele, que desde 2012 milita no movimento de moradia.

Um dia depois do desabamento do prédio, na frente da igreja, desabrigados amontoaram-se em barracas, colchões, carregando crianças, sentados em meio a sacolas cheias de roupas, um forte cheiro de fumaça e pessoas em situação de rua. Ao lado da igreja, numa tenda improvisada, integrantes do movimento distribuem comidas e roupas às famílias e à moradores de rua.

Quem também está acampada na praça e se recusa a ir para os albergues oferecidos é Tatiana de Souza, de 35 anos. Ela morava na ocupação há três meses, com seus cinco filhos, de idades de um, dois, quatro, seis e 10 anos. Os três mais novos, Tatiana deixou provisoriamente na casa da ex-sogra, e os mais velhos dormiram com ela na praça. “Meu pé está doendo”, conta o menino de 10 anos, mostrando o pé direito, inchado.

Sentada num colchão, com um filho de cada lado, ela conta que não conseguiu dormir durante a noite, tamanha a preocupação com o futuro e o destino dos filhos. “Estou muito triste, sem saber para onde vamos”, diz. “Para albergue que não iremos. Eu já estive em um, já morei na rua, quero é uma moradia”.

Sem ter para onde ir, o que consola as famílias acampadas é a solidariedade de pessoas que estão indo ao local oferecer ajuda. “Ainda bem que tem gente boa no mundo”, afirma Tatiana, ao receber uma sacola de roupas infantis, oferecida por um homem que pede licença ao interromper nossa conversa e diz: “Vim do Itaim Paulista para trazer solidariedade”.

Como ele, dezenas de pessoas circulam pela praça, oferecendo roupas, comida, ajuda. Uma delas é Mariana Almeida, que foi ao local depois de assistir à tragédia pela televisão. “Vi que estavam pedindo doações de vários itens, e vim para cá ontem mesmo. E hoje de manhã também. Não sou ligada a nenhuma entidade, queria mesmo é prestar solidariedade”, afirma a jovem, que é estudante de turismo.

De acordo com Alderon Costa, Ouvidor Geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que estava no local, albergue não é proposta decente para essas pessoas. Além disso, critica a ausência de oferta de alimentação às famílias por parte da Prefeitura, assim como banheiros. “É um momento muito delicado, as crianças estão expostas, em situação degradante. É preciso garantir a integridade dessas pessoas”, afirma.

A vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) também demonstrou preocupação com o futuro dos desabrigados. “Meu receio é com a tentativa de ‘esvaziamento’ da luta por moradia dessas pessoas. Porque por mais precária que fossem as condições na ocupação, era uma moradia. E se as pessoas são mandadas para albergues elas voltam a ser população em situação de rua. Elas já passaram por isso”, afirma.

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